domingo, 10 de fevereiro de 2013

OS DESTAQUES DO CARNAVAL EM SÃO PAULO

Fantasias e carros alegóricos bem produzidos, luxuosos e tecnológicos marcaram o segundo dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo.

As agremiações que mais se destacaram foram a Gaviões da Fiel, a Mocidade Alegre e a Acadêmicos do Tucuruvi. Todas abusaram de cores fortes, de fantasias e alegorias detalhadas, cheias de efeitos e tecnologias.

A apuração das notas das escolas dos grupos Especial e de Acesso de São Paulo será feita na tarde de terça-feira (12).

A Nenê de Vila Matilde foi a primeira escola a desfilar. A agremiação animou o público do Anhembi com o enredo "Da revolta dos búzios a atualidade, Nenê canta a igualdade". A águia e a cor azul apareceram em diversas fantasias, alas e alegorias da agremiação.

A Nenê levou para a avenida 3.000 componentes distribuídos em 22 alas. Os integrantes da escola entraram na avenida com o samba afiado, todos cantando com bastante animação. A Nenê também foi aplaudida com empolgação pelo público na arquibancada do Anhembi, que vibrou com o retorno da escola para o Grupo Especial.


A Gaviões da Fiel foi a segunda agremiação a entrar na avenida, no início da madrugada. A escola mostrou a história e a importância da propaganda na vida dos brasileiros. Com o enredo "Ser fiel é a alma do negócio", a Gaviões parou a avenida com um carro abre-alas de 60 metros de comprimento.

A escola também foi recebida por uma torcida eufórica na avenida, que usou sinalizadores, fogos de artifício, bandeiras e muitas faixas. A festa foi tão grande que a fumaça dificultou a visão de alguns setores das arquibancadas.

Candidata ao bicampeonato, a Mocidade Alegre foi a terceira escola a desfilar no sambódromo. Ao todo, ela levou 3.200 pessoas à avenida, divididos em cinco carros alegóricos e 25 alas.

Com o enredo "A Sedução Me Fez Provar, Me Entregar à Tentação... Da Versão Original, Qual Será o Final?" a primeira parte do desfile quer mostrar que os pecados podem levar ao céu, e não ao inferno. A comissão de frente, "o poder da sedução", veio acompanhada pelo abre-alas, com 30 metros de comprimento e 10 metros de largura.

A Tom Maior, quarta escola a desfilar, aguçou os sentidos de quem assistiu ao desfile, com o enredo "Parque dos Desejos - O Seu Passaporte Para o Prazer". A escola aproveitou o tema e abusou da sexualidade na avenida.

O enredo foi escolhido em parceria com uma das patrocinadoras da escola, uma empresa de camisinhas, fez menção a um dos métodos contraceptivos mais populares do mundo. A intenção da escola era fazer um alerta para a prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Carros tecnológicos, coloridos e grandes foram os destaques do desfile da Unidos de Vila Maria. O desfile foi encerrado exatamente com 65 minutos, tempo máximo de duração permitido. O enredo "Made in Korea" homenageou os 50 anos da imigração coreana no Brasil.

Ao todo, 210 leques foram importados da Coreia para complementar as fantasias da agremiação. A Vila Maria também levou para a avenida arranjos de cabeça, perucas e quimonos de alguns destaques do país homenageado.

A Acadêmicos do Tucuruvi, sexta escola a desfilar, se destacou pelo colorido, uma boa surpresa para quem esperou o desfile da escola. Com o enredo "Mazzaropi: o adorável caipira. 100 anos de alegria", a escola contou a história do ator e cineasta brasileiro com carros luxuosos.

O desfile da escola retratou os setores artísticos que Mazzaropi trabalhou ao longo de sua vida, como o circo, teatro, rádio, televisão e o cinema.

A Império de Casa Verde foi a última escola do Grupo Especial a passar pelo sambódromo de São Paulo na temporada 2013. Com um desfile tradicional, a escola agradou o público mesmo após quase oito horas de festas no Anhembi.

Com o enredo "Pra todo mal a cura, quem canta seus males espanta", a festa da agremiação começou com a cura dos xamãs. A comissão de frente, fantasiada com trajes tribais africanos, fazia rituais ao redor de uma grande árvore baobá. O carro abre-alas recriou os jardins suspensos de Nabucodonosor, da antiga Babilônia, e a busca pela cura na natureza.

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