O
escritor, romancista, ensaísta e roteirista de cinema norte-americano Gore
Vidal, morreu aos 86 anos no dia 31/7 na casa onde residia, em Los Angeles, nos
Estados Unidos, em razão de complicações geradas por uma pneumonia.
Autor de
25 romances, dois livros de memórias, oito peças de teatro e centenas de
ensaios, Vidal alimentou com gosto a persona do intelectual público, midiático
e controversista. É autor de "Juliano, Apóstata" e
"Hollywood", entre outras obras e se consagrou como roteirista de
cinema, com textos de "Calígula" (1979) e "Paris Está em
Chamas?" (1966), e também teve muito sucesso como autor de peças de
teatro.
Candidato
eterno ao Nobel da Literatura, Vidal era primo de Al Gore e meio-irmão de
Jacqueline Kennedy
O
norte-americano era considerado um dos intelectuais mais críticos à política
oficial de seu país, junto a Susan Sontag, Noam Chomsky e Norman Mailer. Ao
lado de Mailer e Truman Capote, também era tido como um dos melhores escritores
e pensadores dos Estados Unidos. Vidal foi um ávido escritor e frustrado
político cuja produção literária girou em torno do romance histórico, da sátira
sobre o estilo de vida dos americanos e da ficção científica.
Em 1993,
obteve o Prêmio Nacional do Livro dos Estados Unidos por seu ensaio
"United States Essays, 1952-1992". No campo da política, Vidal não
conseguiu o mesmo sucesso. Nos anos 60, teve um papel muito ativo dentro das
fileiras mais liberais do Partido Democrata e se apresentou sem sucesso para o
posto de congressista pelo Estado de Nova York. Entre 1970 e 1972, presidiu o
People's Party (de tendência liberal), e em 1982 se apresentou como senador
pela Califórnia e ficou perto de conquistar uma cadeira no Congresso ao obter
mais de 500 mil votos.
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