O músico
José Roberto Bertrami, do Azymuth, morreu neste domingo (8), aos 66 anos, após
semanas internado em um hospital. A notícia foi publicada na página da banda no
Facebook.
José
Roberto Bertrami (teclado), Alex Malheiros (baixo) e Ivan Conti Mamão (bateria)
começaram a carreira tocando no Canecão, no Rio, no início dos anos 70. Na
época, o trio formou o Grupo Seleção, e se apresentava em diversas casas
noturnas cariocas.
Da trilha
sonora composta para o filme "O Fabuloso Fittipaldi" (1973), o trio
tirou o nome Azymuth. Dois anos depois, colocou nas ruas seu primeiro disco de
sucesso, "Linha do Horizonte.
No ano em
que lançou "Águia Não Come Mosca", 1977, o Azymuth foi convidado para
o Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e tornou-se o primeiro grupo
brasileiro a participar do prestigiado evento.
No ano
seguinte o trio fez uma turnê pelos EUA e, em 1979, gravou seu primeiro álbum
internacional, "Light as a Feather", pela Milestone Records.
A música
"Jazz Carnival" foi responsável pelo sucesso da banda lá fora --ela
manteve o disco no topo das paradas britânicas por um ano e, com isso, fez o
Azymuth entrar para o livro Guinness dos Recordes.
Em 1995,
o Azymuth assinou com a Far Out Recordings, pela qual lançou cerca de dez
discos, incluindo o trabalho mais recente, "Aurora", de 2011.
Em seu
site oficial, a gravadora publicou uma nota sobre a morte do músico: "Ze
Bertrami ficou conhecido por criar o fascinante 'samba doido', uma mistura de
samba, jazz, funk e rock com um contagiante suingue que teve uma grande
influência na música brasileira por meio de seus projetos solo e
colaborações", diz o comunicado. "Joe Davis e Far Out Recordings
perderam um de seus amigos mais queridos e o músico mais talentoso que lapidou
a sonoridade do selo e a música brasileira por cinco décadas. Sentiremos muito
a falta dele."
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