A VOZ SE VAI...
Amy Winehouse, com sua voz e talento criativo (autora de muitas de suas canções) mudou o então incipiente cenário do pop, no início dos anos 2.000 através de uma música orgânica que contemplava elementos do blues e jazz. Um som onde pode facilmente se ouvir a dedicação ao trabalho de background, arranjos de base e solos.
A cantora conseguiu atrair público e crítica ao superar outros nomes que soavam pasteurizados e artificiais. E com apenas dois discos lançados. E cinco prêmios Grammy.
A voz poderosa e entregue a melhor herança do soul, do blues e do jazz que remetem à Billie Holliday, Sarah Vaughan e Janis Joplin era tudo o que faltava naquele momento no cenário mundial. E ainda com o mérito de levar este som ao público jovem.
Mas a mesma mídia que a incensara, se dedicou e se interessou muito mais pelos escândalos, bebedeiras e a forma física decadente da cantora.
Morre, agora, aos 27 anos como Jim Morrison, Hendrix e Janis Joplin e não lançava nada há cinco anos.
Infelizmente a artista que quebrou paradigmas e conceitos musicais para mudar o pop, não conseguiu mudar o próprio destino trágico que se anunciava a cada dia. E fica agora como grande voz e legado artístico para as gerações futuras.
Aldo Moraes (músico)
composermoraes@hotmail.com
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