Nosso blog, hoje, faz uma entrevista com Nina Cardoso: a produtora cultural que está por trás dos impressionantes números da Ciranda de Poesias de Londrina, este ano em sua sexta edição. São milhares de crianças, jovens, adultos e terceira idade que tiram das gavetas seus sonhos mais secretos e ao se inscreverem, os transformam em poesia e tornam melhor nossa cidade. Um dos mais interessantes incentivos à literatura em toda a região, conheça a história do projeto e de sua organizadora, Nina Cardoso.


1 - ( Aldo Moraes pergunta): Nina Cardoso, por favor nos conte como surgiu a Ciranda de Poesias ?


( Nina responde): A Ciranda de Poesias surgiu no Rio de Janeiro, a 30 anos atrás, 1979, na Biblioteca Popular Municipal Cecília Meireles, em Jacarepaguá. D. Alaíde Bernardo, diretora da Biblioteca, à época, resolveu fazer um concurso de poesias com as crianças das duas escolas públicas que ficam perto da biblioteca. Deu tão certo que este ano está sendo realizada a XXX Ciranda de Poesias, com apresentação dos seus vencedores no dia 24 de outubro, as 14 horas.




2) E sua história com a literatura ?

Minha história com a literatura é muito antiga. Aprendi a ler antes de ingressar na escola, aos 7 anos e, desde então nunca mais parei de ler. Com o hábito da leitura acaba surgindo a vontade de também fazer alguma coisa. Se os outros podem, porque não eu? Oficialmente considero que comecei a produzir textos e poesias interessantes a partir dos 11 anos. E também não parei mais. Poesias, contos, um romance... Escrever é a minha vida, somente queria ter mais tempo disponível para poder me dedicar mais ao que mais amo: ler e escrever.




3 ) E como você teve a idéia de realizar a Ciranda em Londrina ?



Em 2002, resolvi dar forma a um livro de contos, o meu primeiro. Com a ajuda de um grande amigo, Denis McClay, o irlandês mais maravilhoso que Deus pos na terra, esse livro ficou pronto. E aí eu quis fazer uma noite de autógrafos. E fui fazê-la na Biblioteca Pública de Londrina. Conversando com a diretoria da época, para acertar os detalhes, descobri que não havia um evento literário de porte na cidade. Havia um Festival de Teatro, um de Música, um de Dança. Mas nada que envolvesse livros. Então tive a idéia de trazer a Ciranda para Londrina. Conversei com D. Alaíde, no Rio de Janeiro e consegui sua autorização para abrir a I Ciranda de Poesias de Londrina, seguindo os mesmos moldes do concurso de lá. Acho que vem dando certo, estamos na VI Ciranda!