Que bom para nós, né ?
E deve ser assim mesmo, apesar de minha impressão ser pessoal e claro, subjetiva: mas ao encarnar Emília, só podia mesmo ser uma senhora-menina, por que eu ainda menino ( lá pelos idos dos 70 ou 80 ) jurava que Monteiro Lobato tinha criado a boneca de pano só para ser encarnada pela grande atriz brasileira Dirce Migliaccio (1932-2009). Que de tão boa atriz e tão teimosa, eternizou dois grandes personagens de dois grandes autores: a Emília de Lobato e a irmã Cajazeira de Dias Gomes ( em O Bem Amado).
Seu jeito característico de andar, as estripulias pelo Sítio do Pica Pau Amarelo, a voz convincente e os olhinhos acesos, como a mostrar que a menina de pano já ia aprontar das suas.
E posso revelar agora, ainda que pareça nostálgico: nenhuma outra Emília foi igual ! E sua imagem é viva quando leio as aventuras da turma do Sítio nos velhos livros que ainda guardo.
E hoje, penso, como vão ficar Dona Benta, Tia Anastácia, Tio Barnabé e Visconde de Sabugosa sem a nossa Emília ?
Penso um pouco ...
Penso mais ...
E me lembro ...
É mesmo ! É triste mesmo, mas ela foi ao encontro deles e agora nós, é que ficamos por aqui a lamentar ...
Ei, ei Emília !!!
Por que é que você foi aprontar esta última estripulia com a gente ?
( Aldo Moraes
composermoraes@hotmail.com )
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