Morreu o baterista Jack DeJohnette, um dos mais celebrados da história do jazz. Tinha 83 anos. Nascido em Chicago em 1942, Jack DeJohnette começou a tocar bateria na adolescência, começando por acompanhar os discos de jazz do seu tio, Roy Wood, que foi o primeiro locutor negro numa rádio de Chicago para brancos, ainda no tempo da segregação. Mais tarde, enamorou-se pela música de Sun Ra, tocando algumas vezes com a Arkestra.
O primeiro grande pico da sua carreira deu-se no início dos anos 60 quando, num espetáculo em Chicago, substituiu o baterista Elvin Jones - do conjunto de John Coltrane - durante três canções. “Foi uma experiência física e espiritual imensa”, contou, em 2011, ao Museu Smithsonian. Ao longo da sua carreira, trabalhou com Sonny Rollins, Pat Metheny ou Ravi Coltrane, e venceu dois prémios Grammy: um para Melhor Álbum New Age, por “Peace Time”, em 2008, e outro por Melhor Álbum Jazz Instrumental, em 2022, por “Skyline”, num trio com Gonzalo Rubalcaba e Larry Grenadier.
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