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sábado, 23 de agosto de 2025
PIANISTA E EDUCADOR: MORRE MIGUEL PROENÇA
Pianista brasileiro de reconhecimento internacional no campo da música erudita, Miguel Proença costumava dizer que sentiu paixão à primeira vista pelo piano, ainda criança, ao ouvir o som do instrumento vindo de um casarão na interiorana cidade gaúcha de Quaraí (RS), onde nasceu e onde começou a ter aulas de piano, ainda na infância.
Se assim foi, pode-se dizer que, no campo musical, essa paixão repentina foi tão sólida e duradoura que norteou a vida e a obra do pianista ao longo de 86 anos. Vítima de falência múltipla dos órgãos, Miguel Proença (27 de março de 1939 – 22 de agosto de 2025) morreu na noite de ontem, no Hospital São Vicente, no Rio de Janeiro (RJ), cidade onde se radicou enquanto rodou o mundo como pianista de fraseado próprio.
A morte do pianista foi noticiada em rede social e confirmada ao colunista do g1 pelo cantor Márcio Gomes, amigo próximo de Miguel Proença. “Miguel respirava Arte”, sintetizou Gomes no post em que comunicou a morte do pianista.
Ao sair de cena, após mais de 60 anos de atividade profissional, Proença deixa também expressivo legado como educador musical e difusor de obras de artistas brasileiros.
Antes de chegar às salas de concerto mais prestigiadas do Brasil e do mundo, Miguel Proença pôs os pés na profissão de músico tocando em bares, clubes e festas do sul do Brasil. O pianista depurou o estilo na adolescência e juventude em estudos em Hamburgo e Hannover, cidades da Alemanha, país onde fez concertos antes de voltar ao Brasil e se fixar no Rio de Janeiro (RJ).
Como pianista, Proença deixa expressiva discografia pautada por abordagens de obras de compositores brasileiros como Alberto Nepomuceno (1864 – 1920), César Guerra-Peixe (1914 – 1993), Edino Krieger (1928 – 2022), Ernesto Nazareth (1863 – 1934), Oscar Lorenzo Fernández (1897 – 1948) e Radamés Gnattali (1906 – 1988), além, claro, do compositor e maestro carioca Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959), de cuja obra o pianista registrou cirandas e serestas, entre outros temas.
Há 20 anos, a discografia do músico foi sintetizada na coletânea Piano brasileiro, editada em 2005 com dez CDs que ofereceram bela amostra da técnica e da sensibilidade do pianista.
FONTE: G1
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