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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
MORRE VIOLONCELISTA ALDO PARISOT
O ano de 2018 terminou com uma despedida na música erudita. Morreu no dia 29 de dezembro, aos cem anos, o violoncelista potiguar naturalizado norte-americano Aldo Parisot. Ele vivia nos Estados Unidos, e morreu em sua casa em Guilford, em Connecticut.
Parisot foi membro do corpo docente da Juilliard School de Nova York, e durante 60 anos foi professor da Escola de Música de Yale.
O violoncelista nasceu em 30 de setembro de 1918, em Natal, no Rio Grande do Norte. Ele e o irmão Italo Babini aprenderam violoncelo com o padrasto Tomazzo Babini. Seu primeiro recital foi aos 6 anos de idade, e aos 12, já solou com a Orquestra Sinfônica Brasileira, no Rio de Janeiro.
O talento de Parisot chamou atenção de um funcionário da Embaixada dos Estados Unidos, que conseguiu uma bolsa para o jovem músico em Yale. Lá, ele estudou com Paul Hindemith e tocou com a Orquestra de Pittsburgh. Em 1950, Parisot estreou no Town Hall em Nova York e se consolidou internacionalmente tocando ao lado do maestro e violoncelista inglês John Barbirolli e da Filarmônica de Nova York.
Mesmo vivendo nos Estados Unidos, Aldo Parisot sempre visitava o Brasil para apresentações e masterclasses. Ele comandou um concurso internacional de violoncelo em Campos do Jordão, participou do festival no interior de São Paulo, e gravou em 1988 um disco com o amigo Eleazar de Carvalho e a Orquestra da Paraíba.
Aldo Parisot deixou a esposa Ellen Lewis Parisot, 3 filhos e 6 netos.
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