Um dos maiores nomes da arte circense brasileira, Roger Avanzi, o
Palhaço Picolino, morreu na noite de segunda-feira (10). Ele tinha 96
anos e sofreu uma falência múltipla dos órgãos.
Avanzi nasceu em São José do Rio Preto (SP) e cresceu sob a lona do
Circo Nerino, fundado por seu pai, Nerino Avanzi. No picadeiro, fez de
tudo: foi acrobata, equilibrista, jóquei, músico, cantor e ator. Depois,
transformou-se no segundo Palhaço Picolino, substituindo seu pai.
A partir de 1964 Avanzi dedicou-se ao Circo Garcia, com o qual
percorreu o Brasil até os anos 1970. No fim dessa década, passou a
ensinar a arte circense na Academia Piolin, em São Paulo. Ainda foi
professor do projeto Enturmando e da Escola Picadeiro, além de ter
inspirado a criação da Escola Picolino de Artes do Circo, em Salvador.
Foi mentor de grupos como LaMínima, fundado por Fernando Sampaio e Domingos Montagner.
Seu Palhaço Picolino participou do programa “Circo do Bambalalão”, da
TV Cultura, na década de 1980, e nos anos seguintes trabalhou como ator
na montagem de “O Jardim das Cerejeiras”, de Tchélhov, com direção de
Élcio Nogueira e Tonia Carrero e Renato Borghi no elenco; e também no
filme “Narradores de Javé”, de Eliana Café.
Em 2004, parte para o memorialismo e lança com Veronica Tamaoki um
livro sobre o Circo Nerino. Os dois também ajudaram a fundar o Centro de
Memória do Circo, no Centro Cultural Olido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário