Com um gesto simples mas de grande significado, no dia 1 de dezembro de 1955 em Montgomery, estado do Alabama (EUA), Rosa Parks,
uma costureira negra de 42 anos, entrou para a história ao se recusar a
ceder seu lugar num ônibus para um homem branco que exigia que ela se
retirasse para ele poder se acomodar.
Naquela época a segregação racial era permitida pelas leis
norte-americanas e, principalmente nos estados do sul, havia leis que
proibiam os negros de freqüentar alguns locais ou restringiam o acesso a
transportes e acomodações em locais públicos e restaurantes.
Rosa Parks foi presa e recebeu uma multa por se recusar a levantar, mas seu ato foi o pontapé inicial para que o reverendo Martin Luther King Jr.
organizasse um boicote em massa de 381 dias contra as companhias de
ônibus locais iniciando uma grande reviravolta na história dos EUA e do
mundo todo.
Rosa precisou enfrentar ameaças de morte, humilhações e teve até de
se mudar de estado por não conseguir arranjar emprego, mas seu papel já
havia sido feito e por seu ato de coragem ela é ate hoje considerada a
mãe do movimento moderno pelos direitos civis.
Ao sair do Alabama, em 1957, Rosa Parks já era símbolo do movimento
liderado por Martin Luther King Jr. e fazia parte da NAACP, uma das mais
respeitadas e antigas organizações na luta pela igualdade racial nos
EUA.
Em 1999 Rosa recebeu das mãos do então presidente Bill Clinton a mais
alta honraria oficial concedida pelo governo a um civil
norte-americano, a Medalha de Ouro do Congresso. Além desta e de outras
honrarias, Rosa também foi premiada com a Medalha Presidencial pela
Liberdade em 1996 e em 2000 foi inaugurado um museu com seu nome em
Montgomery.
Rosa Parks nasceu em 4 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama e morreu em 24 de outubro de 2005 em Detroit.
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