Adylson Godoy
O maestro, pianista, compositor e cantor Adylson Godoy nasceu em Bauru,
São Paulo. Ao longo da carreira, obteve 17 prêmios e, de 1998 a 2003,
apresentou e dirigiu o Programa Adylson Godoy – Vida e Arte, em
que apresentou músicos brasileiros e levou mais de 200 artistas em rede
nacional. Godoy conta com mais de 250 músicas gravadas por intérpretes
como Elizete Cardoso e Elis Regina.
Jornalista, escritor e ativista ambiental, Ailton Krenak é uma das maiores lideranças indígenas do País. Seu sobrenome vem dos povos Krenak, que habitam a região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Participou da fundação da União das Nações Indígenas (UNI), fórum intertribal de representação nacional, e do movimento Aliança dos Povos da Floresta.
Aldyr Schlee
O
professor Aldyr Schlee atuou na Universidade Católica de Pelotas, onde
fundou o curso de Jornalismo. Também foi pró-reitor e professor emérito
na Universidade Federal de Pelotas, entre 1989 e 1992. Como escritor,
acumulou diversos prêmios. Foi vencedor da I Bienal de Literatura
Brasileira, em 1982, com Contos de Sempre, e da II Bienal, em 1984, com Uma Terra Só.
Antônio Araújo
Antônio
Araújo é fundador e diretor artístico do Teatro da Vertigem, professor
do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de São Paulo e diretor
artístico da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp). Além
disso, dirigiu vários espetáculos em espaços não convencionais. Sua
última encenação, Dire ce qu'on ne pense pas dans des langues qu'on ne parle pas (2014), representou o Brasil no Festival de Avignon.
Arnaldo Antunes
A
carreira sólida de Antunes levou a revista Rolling Stone a incluí-lo na
lista dos cem maiores artistas da música brasileira, em 2008. Em
carreira solo desde 1992, já lançou 13 discos. Entre eles, Nome, Ninguém e O Silêncio. O artista também publicou 19 livros no Brasil, América Latina e Espanha. Venceu o Prêmio Jabuti em 1992, com As Coisas, livro de poesia. Além disso, já participou de mostras de artes e de poesia visual dentro e fora do Brasil.
Augusto de Campos
Augusto de Campos foi um dos principais responsáveis pelo surgimento do
movimento da poesia concreta no Brasil. Em 1952, participou do
lançamento da revista literária Noigandres, que deu início ao
movimento. Rompeu barreiras ao ir além do impresso e aliar, em sua obra,
vídeo, computação gráfica, hologramas e outras técnicas. Neste ano, é o
homenageado da Ordem do Mérito Cultural.
Cesare de Florio La Rocca
Cesare de Florio La Rocca, formado em Teologia, Filosofia e Direito,
tem ampla experiência nas áreas da cultura e da educação, com foco na
infância e juventude em situação de vulnerabilidade social. Em 1990,
fundou o Centro Projeto Axé de Defesa e Proteção à Criança e ao
Adolescente para estimular esse público a sair das ruas, ingressar nas
unidades educativas e praticar atividades artísticas.
Daniela Mercury
Em 30 anos de carreira, a cantora Daniela Mercury, também conhecida
como a rainha do Axé, lançou 16 CDs e cinco DVDs em mais de 23 turnês
internacionais. Além das realizações no campo artístico, abraçou a luta
pelos direitos humanos. Desde 1995, é embaixadora do Unicef para o
Brasil, do Instituto Ayrton Senna e fundadora do Instituto Sol da
Liberdade, projeto de educação com arte para crianças e professores.
Davi Kopenawa Yanomami
O xamã (sacerdote) amazonense nasceu na comunidade Yanomami, na
fronteira entre Amazonas e Roraima com a Venezuela. Nas décadas de 1990 e
2000, defendeu a criação do primeiro distrito de saúde indígena. Sua
biografia A Queda do Céu foi publicada originalmente em francês
e tornou-se best seller na Europa. Foi ameaçado de morte por causa da
sua luta pelos direitos dos indígenas e pela proteção da terra Yanomami
contra a invasão garimpeira.
Eva Schul
Foi
a precursora da dança contemporânea gaúcha com a Academia e Grupo
Mudança, nos anos 70. Possui um repertório de mais de 100 coreografias,
além de várias atividades com teatro. Foi premiada em todos os festivais
de que participou, nacionais e internacionais. Desenvolve diversos
projetos de dança na área de pesquisa e de formação. Hoje é coreógrafa e
maître da Cia. Municipal de Dança de Porto Alegre.
As irmãs Indaiá, Maroca e Poroca, as Ceguinhas de Campina Grande, começaram a cantar antes dos sete anos nas ruas dessa cidade paraibana. O reconhecimento do trio formado por Francisca Conceição Barbosa (Indaiá), Maria das Neves Barbosa (Maroca) e Regina Barbosa (Poroca) veio em 1999, com lançamento do documentário A pessoa é para o que nasce, que conta a vida delas.
Humberto Teixeira (in memoriam)
Nascido em 1915 no Ceará, Humberto Teixeira é considerado um dos mais
representativos e produtivos compositores da música popular brasileira.
Músico e poeta, foi o criador, com Luiz Gonzaga, de clássicos como Asa Branca.
Como deputado federal, criou a Lei Humberto Teixeira, que divulgou a
arte e a cultura brasileira pelo mundo por meio das Caravanas de Música
Popular Brasileira. É conhecido como "O Doutor do Baião" e como o grande
"Poeta da Seca". Faleceu em 1979.
Nascido em Paris em 1933, o arquiteto Italo Campofiorito trabalhou no
Escritório Oscar Niemeyer e chefiou a 1ª Prefeitura do Distrito Federal
entre 1961 e 1963, período em que trabalhou com Lúcio Costa. Foi
professor da Universidade de Brasília, tendo sido afastado pelo governo
militar. Nos anos de 1989 e 1990, foi presidente dos Serviços Nacionais
de Patrimônio Cultural e assinou o tombamento de Brasília. Atualmente, é
membro do Conselho de Patrimônio Cultural do Iphan.
João Oliveira dos Santos, mais conhecido como Mestre João Grande,
nasceu em Itagi (BA). Começou na capoeira pelos ensinamentos de Vicente
Joaquim Ferreira Pastinha (Mestre Pastinha). Com mais de 60 anos de
dedicação à capoeira angola, Mestre João Grande percorreu vários países
da Europa, África e América do Norte com o Grupo Viva Bahia.
O arquiteto e fotojornalista carioca Luís Humberto Miranda Martins é
conhecido pela ousadia e a inovação. Durante a ditadura militar, foi
responsável por várias imagens desconstruindo a liturgia do poder. Foi
um dos fundadores da Universidade de Brasília, onde lecionou até se
aposentar. Tem cerca de 20 exposições individuais realizadas e sete
prêmios de fotografia no Brasil e no exterior. Tem seis livros como
autor e também participou de 16 outras coletivas, com textos e ensaios.
É ialorixá do Terreiro Ilê Axé Oxum Karê, em Olinda. Coordena diversos
projetos na cidade, como o Núcleo de Formação de Agentes de Cultura da
Juventude Negra, que trabalha na formação da juventude negra, e o Ponto
de Cultura Coco de Umbiagada. Integra a Comissão Nacional dos Pontos de
Cultura – GT Matriz Africana e é conselheira do Colegiado de Cultura
Afro-Brasileira do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).
Marcelo Yuka, hoje integrante da banda F.Ur.T.O, foi baterista,
letrista e um dos fundadores da banda O Rappa. Yuka também tem longo
caminho de ativismo. Atuou junto ao AfroReggae na criação e promoção da
Federação de Órgãos para Assistência e Educação do Rio de Janeiro (Fase)
e é fundador da Brigada Organizada de Cultura Ativista (Boca), uma ONG
voltada para levar atividades culturais para entidades carcerárias.
Referência internacional em arqueologia, a paulista Niéde Guidon estuda
há mais de 40 anos a pré-história no Brasil. É dela a teoria de que o
homem ocupou o continente americano há cerca de 50 mil anos, e não há 15
mil, como afirmavam a maioria dos pesquisadores até então. Guidon foi
conselheira da Fundação Bunge, consultora da Unesco e chefiou a Missão
Franco-Brasileira no Piauí.
O crítico de arte Paulo Herkenhoff acumula ampla experiência em
curadorias. Foi curador adjunto do MoMA, em Nova York, entre 1999 e
2002, curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de 1985 a
1990, e diretor do Museu Nacional de Belas-Artes no Rio de Janeiro,
entre 2003 e 2006. Desde a fundação do Museu de Arte do Rio, em 2012,
ocupa o cargo de diretor cultural da instituição.
Nascido em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, o ator Rolando
Boldrin iniciou a carreira profissional aos 22 anos como figurante de
teleteatros na TV Tupi. Fez centenas de atuações em rádios, teleteatros,
novelas, teatros e cinemas. Como ator, nunca se separou do seu violão.
Compôs músicas, gravou discos, fez shows e participou de grandes
festivais. Atualmente, faz musicais com o programa Sr. Brasil, no ar
desde 2005 na TV Cultura.
Mineiro de Bambuí, Rui Mourão é romancista, ensaísta e professor.
Lecionou Literatura Brasileira na Universidade de Brasília e em diversas
universidades do mundo. É membro da Academia Mineira de Letras e, além
de romances, escreve ensaios. Pela contribuição à Literatura e à
Museologia foi considerado, em 2009, Homem do Ano no Brasil pelo
American Biographical Institute. Já recebeu diversas premiações no
Brasil e na Colômbia.
Diretor teatral, dramaturgo, ator, figurinista e cenógrafo, Ruy Cezar
Silva participou de montagens teatrais entre os anos 1980 e 2010,
principalmente em Salvador e em São Paulo. Atuou também nos movimentos
estudantil e sindical. Foi o primeiro presidente da União Nacional dos
Estudantes (UNE) eleito por voto direto, em 1979. Além de ter
contribuído para a cultura brasileira, também realizou diversas ações
culturais na América Latina, África e Europa. Morreu aos 57 anos, em
junho de 2013.
Uma das principais lideranças indígenas do Brasil, nasceu na aldeia do
povo Guajajara, no Maranhão. A indígena milita pelo respeito à
diversidade apresentada pelos povos indígenas em palestras e seminários
no Brasil e no exterior. Coordenadora executiva da Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (Apib), Sônia também é formada em Letras e em
Enfermagem, tendo trabalhado nas duas áreas.
Artesão nascido no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, Uruhu
Mehinako se dedica desde garoto à produção de artesanato. Com 41 anos,
reside na aldeia Kaupüna e especializou-se em fazer bancos em formas de
animais. As peças estão em residências, coleções e museus em todo o
Brasil. Este ano, suas obras estiveram expostas na Itália, na mostra
Made, paralela à Feira do Móvel de Milão.
Formada em Direito e em Relações internacionais, Vanisa Santiago atuou
durante 29 anos como advogada, assessoria jurídica, diretora e executiva
de associações brasileiras de direitos autorais. Representou o Brasil
por 12 anos na Sociedad General de Autores y Editores (SGAE), na
Espanha. A advogada é conferencista e palestrante em seminários sobre
direitos autorais. Atualmente é vice-presidente do Instituto
Interamericano de Direito de Autor.
À frente do Museu Histórico Nacional (MHN) por 20 anos, entre 1994 e
2014, Vera Tostes foi responsável por implementar diversas melhorias,
inovações e reformas que modernizaram a instituição. Além do MHN, Vera
coordenou o arquivo fonográfico do Museu da Imagem e do Som (MIS) e
dirigiu o Museu Fundação Casa de Rui Barbosa. É formada em museologia e
mestre em história social.
No Brasil, Walter Carvalho é referência no audiovisual, seja no cinema
ou na televisão, ficção ou documentário. O fotógrafo e cineasta
paraibano começou a trabalhar no cinema com seu irmão, o também cineasta
Vladimir Carvalho. Tem mais de 70 prêmios nacionais e internacionais,
entre eles o Golden Frog (Câmera de Ouro) no VI International Film
Festival of the Art of Cinematography e o Camerimage'98, na Polônia, com
o filme Central do Brasil.
Instituições
A Casa de Cinema de Porto Alegre foi criada em dezembro de 1987, por um
grupo de cineastas gaúchos que já trabalhavam juntos desde o início dos
anos 80. Ao longo dos anos, produziu dezenas de filmes e vídeos, além
de programas de televisão (especiais e séries), cursos de roteiro e de
introdução à realização cinematográfica, fóruns de debates e programas
eleitorais para a TV. É tida como referência do cinema brasileiro
contemporâneo.
Foi da reunião do acervo dos circos Garcia e Nerino que foi criado, em
2009, o primeiro centro de memória do Brasil consagrado exclusivamente
ao circo e suas artes. O Centro de Memória do Circo nasceu da
necessidade de reconstituir, preservar e difundir a história do circo no
Brasil. Além do acervo, o centro é constituído de outros três núcleos
distintos (exposição, pedagogia e pesquisa), que atuam de maneira
integrada.
É uma organização de todo o povo guarani do sul e sudeste do Brasil.
Consolidada desde 2006, a Comissão Guarani Yvyrupa tem como principal
função a luta pela demarcação de terras e o fortalecimento da cultura
guarani. Atua em diversas frentes na busca por uma interlocução maior
com a sociedade civil para conscientizar sobre a importância da
preservação da cultura indígena.
Fundada em 8 de setembro de 1848 por José Conrado de Souza Nunes, a
Sociedade Musical Curica, mantenedora da Banda Musical Curica, forma
crianças e jovens músicos. Destaca-se como a mais antiga banda
filarmônica de música da América Latina e é considerada Patrimônio Vivo
de Goiana, Pernambuco. A Banda Curica é composta por 51 músicos e mantém
estreita relação com escolas regulares.
A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve pesquisa de
linguagem em teatro de rua e na vertente intitulada teatro de vivência.
Além disso, realiza debates sobre teatro e os projetos Escola de Teatro
Popular, com oficinas gratuitas, e do Caminho para um Teatro Popula,
circuito de apresentações de teatro de rua em praças, bairros e vilas
populares da cidade, entre outros.
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