Em homenagem ao jornal francês Charlie Hebdo e em defesa da liberdade
de expressão, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) promove mostra
gratuita com desenhos do cartunista Georges Wolinski. Considerado um dos
mais geniais colaboradores do Charlie Hebdo, Wolinski foi vítima, aos
80 anos, do atentado terrorista à sede do periódico em Paris no último
dia 7 de janeiro.
Na exposição, há quatro
vitrines com cerca de 20 revistas do próprio acervo da FBN. Nelas,
constam diversos trabalhos de Wolinski para a revista Grilo, que
circulou durante a ditadura militar, entre 1971 e 1973, e Bicho, também
da década de 1970. Pela Grilo, passaram também os cartunistas Smythe ,
Jules Feifer, Guido Crepax e Robert Crumb. As tiras e desenhos,
localizadas no saguão da FBN, remetem a conteúdos políticos, anárquicos e
eróticos.
Em texto divulgado pela FBN,
Roberto Lessa, presidente da FBN, explica que o atentado vitimou o
princípio da liberdade de pensamento, de criação e atingiu o humor, "um
operador fundamental para o exercício da crítica e do próprio
pensamento". Segundo ele," esta pequena mostra homenageia o semanário
francês, por meio de uma menção a seu mais genial colaborador, o
cartunista Georges Wolinski. Ele foi um tipo sem o qual não se pode
dizer que vivemos em sociedades livres e civilizadas".
O atentado
Na manhã de 7 janeiro, os irmãos Kouachi invadiram a sede do jornal
Charlie Hebdo, encapuzados e armados, e mataram, a tiros, jornalistas,
cartunistas e funcionários do jornal. Wolinski foi um deles. O atentado
terrorista foi reivindicado pela Al Qaeda do Iêmen e gerou
manisfestações pelo direto à liberdade de expressão por todo o mundo.
Wolinski, carinhosamente apelidado de Wolin pelos amigos íntimos, era
considerado um dos maiores cartunistas da atualidade. Na França,
colaborou com outros jornais, como Libération, Paris Match e L´humanité.
O cartunista judeu nasceu em 1934, na Tunísia.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
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