quarta-feira, 5 de novembro de 2014

LITERATURA PERDE MARIA HELOÍSA PENTEADO


Maria Heloísa Penteado nasceu em 1919 na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. Quando era criança, gostava muito de ler Monteiro Lobato e já inventava aventuras fantásticas, que seus irmãos mais novos e amigos adoravam ouvir.
 
Estudou para ser professora e lecionou para crianças por um tempo, mas logo sua vocação como escritora falou mais alto. No início da década de 1950, resolveu encaminhar as histórias que criava ao jornal O Estado de S.Paulo. Elas foram tão bem recebidas que começaram a ser publicadas na Seção Feminina.
 
Em 1953, Maria Heloísa concebeu e passou a dirigir a Página Infantil do jornal. Nela, além de fazer adaptações de contos folclóricos e criar brincadeiras, publicava suas histórias. A autora sempre foi íntima das artes: autodidata, ela mesma ilustrava seus escritos na Página Infantil. Nos anos 1950, Maria Heloísa estudou pintura e gravura e participou de salões oficiais de Artes Plásticas, recebendo a Medalha de Prata (1957) e, por duas vezes, o Prêmio Aquisição (1955 e 1957). Em 1951, foram publicados seus primeiros livros: Pedacinho do céu, O anãozinho barbudo e A lagartinha chorona.
 
A partir de 1968, com a extinção da Página Infantil, Maria Heloísa começou a traduzir artigos científicos para o Suplemento Literário do jornal. Ela também traduziu e adaptou histórias para crianças, como os contos dos irmãos Grimm. A autora fez parte do grupo de autores que revolucionou a literatura infantojuvenil brasileira na década de 1970.
 
Em suas mais de 40 obras, trata de temas que nunca perdem a atualidade e, sempre com muito bom-humor, mostra aos pequenos leitores que é possível superar medos que às vezes lhes são impostos. Sempre valorizando a inteligência das crianças, suas histórias nunca deixam de conquistar leitores.
 
Maria Heloísa Penteado faleceu aos 95 anos, no dia 2 de novembro de 2014.
 
 

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