Vinícius de Moraes é
como um velho amigo da família e de mim, praticamente desde que nasci (1970).
Veja bem: nosso
sobrenome é Moraes.
E ainda criança, tive
intenso contato com a obra infantil de Vinicius pelos livros e pelas canções.
Arca de Noé I e II e Casa de brinquedos.
Depois, a descoberta
da bossa nova e as canções com Jobim, Carlos Lira e Baden Powell, embora fazia
muito sucesso suas criações com Toquinho.
E a canção
"aquarela" inundava rádios naquele início dos anos 80.
Mergulhei em sua obra
poética em empréstimos na Biblioteca Pública de Londrina e conheci: o poeta
místico dos primeiros livros; o poeta lírico e da crítica social e enfim; o
poeta da paixão, como denominou o biográfo José Castello.
Viajei muito nos anos
90 e morei fora de Londrina por alguns anos, mas nunca abandonei o poetinha.
Aliás, descobria suas canções e ligação com vários parceiros e com a cultura
brasileira: os afro-sambas com Badinho; A Sinfonia do Alvorada (com Tom); as
letras para o mestre Pixinguinha. Meu Deus, quanta magia, quanta beleza.
E o poeta foi além do
lirismo e da lenda, quando ganhei pelas mãos do pesquisador Nelson Bravo, a
biografia "Vinícius de Moraes, o poeta da paixão".
Cada vez mais, fui
penetrando canções e poemas e histórias menos conhecidos do poeta diplomata,
que foi expulso do Itamaraty porque se envolveu com música popular.
Vina está no
imaginário popular com alguns dos versos mais familiares do nosso povo. Mas é
poeta essencial em nossa lírica literária e na música brasileira.
E precisa ser
conhecido pelas novas gerações que andam por aí tão carentes de versos de quem
preferiu sofrer a viver sem amor...
Aldo Moraes
(Músico e Escritor)
composermoraes@hotmail.com
Mais sobre Vinicius
de Moraes:
pt.wikipedia.org/wiki/Vinicius_de_Moraes
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