Em seu discurso de abertura da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff rebateu as críticas de que os países em desenvolvimento estejam praticando protecionismo comercial. Dilma também criticou a possibilidade de uma intervenção militar na Síria, país às voltas com uma sangrenta guerra civil há 18 meses.
"Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam consideradas [como] protecionismo", disse a presidente.
A fala é uma referência a iniciativas, como a brasileira, de elevar recentemente as alíquotas de importação de uma centena de produtos.
A presidente defendeu o "diálogo" e a "cooperação" para enfrentar a crise humanitária da Síria, mergulhada em uma guerra civil que já provocou a morte de pelo menos 20 mil pessoas. "Não há solução militar para a crise síria. A diplomacia e o diálogo não são apenas a melhor, mas, eu creio também, a única opção", disse a presidente. "O Brasil condena nos mais fortes a violência que continua a ceifar vida nesse país", afirmou Dilma, acrescentando que "a maior responsabilidade" recai sobre Damasco (o governo sírio).
"Mas sabemos também da responsabilidade das opções armadas, especialmente daquelas que contam com apoio militar e logístico de fora", acrescentou, numa provável referência aos grupos rebeldes, que têm recebido financiamento e armas de países ocidentais. "Sírios, deponham as armas e juntem-se aos esforços de mediação."
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