José Mojica Marins esteve em Londrina para a Mostra de Cinema. Vamos ao retrato do artista:
Ele nasceu em São Paulo, no dia 13 de março de 1936). É cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão brasileiro. Mojica também é conhecido como Zé do Caixão, seu personagem mais famoso. Embora Mojica seja conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variavam entre faroestes, dramas, filmes de aventura, dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada, filmes de comédia-sexo soft-core populares, no Brasil, durante aquela época. Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. Mojica é considerado como um dos inspiradores do movimento marginal no Brasil.
Em todos seus filmes, com exceção de Encarnação do Demônio, José Mojica Marins foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. Algumas vezes o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho. Na Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um dublador. Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotemito: a voz de Laercio Laurelli. Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em À Meia-Noite Levarei Sua Alma, Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver e O Estranho Mundo de Zé do Caixão; enquanto O Ritual dos Sádicos, Finis Hominis, Quando os Deuses Adormecem foram dublados por Araken Saldanha, na AIC; já Exorcismo Negro e Delírios de um Anormal tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na AIC.
Principais Prêmios e Indicações
À Meia-Noite Levarei Sua Alma
· Prêmio Especial no Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror Sitges (Espanha), em 1973;
· Prêmio L’Ecran Fantastique para originalidade, em 1974;
· Prêmio Tiers Monde da imprensa mundial, na III Convention du Cinéma Fantastique (França), em 1974.
Ritual dos Sádicos (O Despertar da Besta)
· Melhor ator (José Mojica Marins) e Melhor Roteiro (Rubens Lucchetti), no Rio-Cine Festival, em 1986.
Encarnação do Demônio
· Troféu Menina de Ouro de Melhor filme de ficção por júri oficial e crítica, Melhor fotografia (José Roberto Eliezer), Melhor montagem (Paulo Sacramento), Melhor edição de som (Ricardo Reis), Melhor direção de arte (Cássio Amarante) e Melhor trilha sonora (André Abujamra e Marcio Nigro) no 1º Festival Paulínia de Cinema, em 2008;
· Melhor Diretor de Cinema (José Mojica Marins), no 2º Prêmio Quem de Cinema, 2008;
· Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Prêmio Especial de Atuação pelo Conjunto da Obra, no Prêmio de Cinema do Paraná, 2008;
· Indicação a Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Efeitos Especiais (Kapel Furman, Rogério Marinho, Robson Sartori), no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, 2008;
· Melhor Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante), tendo sido indicado a Melhor Direção (José Mojica Marins), Melhor Roteiro (Dennison Ramalho e José Moijica Marins), Melhor Atriz (Cléo de Paris), Melhor Ator Coadjuvante (Jece Valadão), Melhor Atriz Coadjuvante (Helena Ignez) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro), no V Prêmio FIESP/SESI-SP de Cinema Paulista, em 2009;
· Prêmio de Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer) e indicado a Melhor Filme, no Prêmio Contigo de Cinema;
· Segundo lugar no Fant-Asia Film Festival, na categoria de Melhor Filme Internacional, em 2009;
· Prêmio do Júri Carnet Jove do Sitges - Catalonian International Film Festival, em 2008.
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