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segunda-feira, 26 de julho de 2010
DIMITRI CERVO - Entrevista para o blog Arte Brasil
Nesta postagem, temos a honra de entrevistar um jovem e brilhante compositor brasileiro, que tem se destacado no Brasil e exterior com suas obras, que tivemos a satisfação de ouvir quando esteve em Londrina e através de sua pagina na internet. Dimitri Cervo é seu nome e tenho certeza de que todos vão gostar de conhecer sua história, idéias e projetos artísticos. ( por Aldo Moraes )
1) Dimitri Cervo, é um prazer ter você falando com o público que acompanha nosso blog. Poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória ?
Comecei a estudar música, e já quase imediatamente a compor, aos 11 anos. Aos 14 anos tive a certeza que meu caminho era música, em específico a composição. Desde então tudo tem se desenrolado.
2) Você é pianista. Como você começou escrever para o seu instrumento ? E como é o seu processo de criação ?
Comecei com o piano, mas sempre vi no piano um meio para a composição, e também um meio para conhecer em profundidade o repertório que os grandes compositores do passado criaram. Por ser o meu instrumento principal, junto com o violão, que sempre “arranhei”, minhas primeiras peças saíram naturalmente para o piano. Meu processo criativo parte, em grande medida, da improvisação.
3 ) Você tem idéia de quantas obras musicais já escreveu ? E os recitais e concertos que foram memoráveis para você ?
Cerca de 20 obras realmente boas ou excelentes, e mais algumas que não me parecem tão felizes, no total devem somar umas 50 peças. Dos concertos que foram marcantes para mim destaco a primeira vez que me apresentei em público, aos 14 anos, com uma composição própria. Posso também citar os diversos concertos nos quais toquei, com grupos ou orquestras, obras como Passacaglia Fantasia, Toronubá, Toccata Amazônica, Aiamguabê e Uguabê.
4 ) Li sobre sua passagem pela Bahia. De que forma o contato com os cultos afro-brasileiros acrescentaram em sua música?
A música desses cultos, assim como a música percussiva africana e afro-brasileira em geral, são de uma força e vitalidade impressionantes. Tenho incorporado elementos dessa rítmica, tão criativa e vital, no que tenho feito.
5 ) Como músico, você acompanha a música contemporânea ? E caso acompanhe, como a situa em seu repertório e em relação à sua estética musical ?
Sim, já escutei e estudei muita música do século XX. Conheço “tudo” o que foi feito no século XX com relativa profundidade, um conhecimento não apenas auditivo, mas também técnico, com a compreensão dos processos composicionais envolvidos. Sempre procuro estar atento para a produção dos compositores vivos. Dentro desse rico universo, ainda sinto a necessidade de ouvir uma música que não existe, que intuo e “escuto”. Assim tenho criado aquela música que gostaria de ouvir.
6 ) Em sua formação, quais músicos e compositores você considera uma influência em sua carreira ?
Música brasileira em geral, música indiana e africana, minimalismo, de nomes individuais poderia citar Beethoven, Steve Reich, Villa-Lobos e Scriabin.
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