terça-feira, 11 de dezembro de 2018

PALHAÇO PICOLINO MORRE EM SÃO PAULO

Um dos maiores nomes da arte circense brasileira, Roger Avanzi, o Palhaço Picolino, morreu na noite de segunda-feira (10). Ele tinha 96 anos e sofreu uma falência múltipla dos órgãos.

Avanzi nasceu em São José do Rio Preto (SP) e cresceu sob a lona do Circo Nerino, fundado por seu pai, Nerino Avanzi. No picadeiro, fez de tudo: foi acrobata, equilibrista, jóquei, músico, cantor e ator. Depois, transformou-se no segundo Palhaço Picolino, substituindo seu pai.

A partir de 1964 Avanzi dedicou-se ao Circo Garcia, com o qual percorreu o Brasil até os anos 1970. No fim dessa década, passou a ensinar a arte circense na Academia Piolin, em São Paulo. Ainda foi professor do projeto Enturmando e da Escola Picadeiro, além de ter inspirado a criação da Escola Picolino de Artes do Circo, em Salvador.

Foi mentor de grupos como LaMínima, fundado por Fernando Sampaio e Domingos Montagner.
Seu Palhaço Picolino participou do programa “Circo do Bambalalão”, da TV Cultura, na década de 1980, e nos anos seguintes trabalhou como ator na montagem de “O Jardim das Cerejeiras”, de Tchélhov, com direção de Élcio Nogueira e Tonia Carrero e Renato Borghi no elenco; e também no filme “Narradores de Javé”, de Eliana Café.

Em 2004, parte para o memorialismo e lança com Veronica Tamaoki um livro sobre o Circo Nerino. Os dois também ajudaram a fundar o Centro de Memória do Circo, no Centro Cultural Olido.

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