A
morte do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela será marcada por
um dos maiores e mais vistos funerais já organizados no mundo. De
acordo com documento acessado pelo jornal britânico The Guardian,
o funeral deverá durar 12 dias, e ter as mesmas proporções do de papa
João Paulo II em 2005, que atraiu cinco reis, seis rainhas e 70
presidentes e primeiros-ministros, bem como de dois milhões de fiéis.
Um
funeral de Estado deverá ser realizado em 14 de dezembro, segundo a BBC.
Tudo
isso será acompanhado por um planejamento de segurança sem precedentes
para a África do Sul no momento em que o país mergulha no luto pela
perda de sua figura paterna.
Centenas de pessoas passaram a noite de
quinta-feira (5) e a madrugada de sexta-feira (6) cantando e dançando
diante da casa de Nelson Mandela, em Joanesburgo, embora o corpo do
ex-presidente tenha sido transferido para um hospital militar em
Pretória.
Livros de condolências foram abertos em prédios públicos na África do
Sul e nas embaixadas do país em todo o mundo. O luto oficial deverá
começar na segunda-feira (9), com uma cerimônia no estádio Soccer City,
Joanesburgo, o mesmo que recebeu a final da Copa do Mundo de 2010.
O maior símbolo da luta contra o apartheid na África do Sul e Prêmio
Nobel da Paz por seus esforços contra o racismo morreu na ontem
em sua casa em Johannesburgo.
Nelson Mandela tinha 95 anos, sofria de
uma grave infecção respiratória e estava sendo mantido sob cuidados
médicos. Ele esteve hospitalizado de 8 de junho a 1º de setembro com um
quadro de infecção pulmonar e outras complicações.
Dois dias antes, a
filha mais velha, Makaziwe, afirmou que o ex-presidente da África do Sul
permanecia "muito forte e valente", mesmo estando em seu leito de
morte.
Mandela, primeiro presidente negro do país e um ícone antiapartheid,
emergiu após 27 anos das prisões do regime para ajudar a guiar o país a
superar o derramamento de sangue e alcançar a democracia.
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