O pesquisador musical José Ramos Tinhorão morreu aos 93 anos, em São Paulo, nesta terça-feira (3). A informação foi confirmada pela Editora 34, responsável pela publicação da maioria dos livros do historiador.
Segundo comunicado, Tinhorão estava internado com pneumonia há dois meses e tinha a saúde afetada pela idade e por um AVC que sofreu há 3 anos. O enterro acontece na quarta (4), em São Paulo.
Ele é considerado um dos maiores historiadores da música brasileira e tem mais de 25 livros publicados, como "Música popular – Um tema em debate" e "O samba agora vai – A farsa da música popular no exterior".
Exigente e polêmico, Tinhorão teve atritos com a turma da Bossa Nova e do Tropicalismo ao menosprezar os movimentos com o argumento de que aquilo não era realmente brasileiro, segundo ele.
Natural de Santos (SP), José Ramos foi morar no Rio ainda criança e se formou em Direito e Jornalismo. Ele começou a atuar em veículos de comunicação no começo dos anos 50.
Tinhorão, nome de um planta venenosa, era um apelido entre os colegas de redação no Diário Carioca e passou a ser usado quando o chefe de redação, Pompeu de Souza, acrescentou na assinatura da sua primeira matéria publicada.
A imersão na pesquisa da música popular brasileira começou em 1960, quando foi convidado para escrever sobre samba em uma série do Caderno B, suplemento do Jornal do Brasil.
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