sábado, 21 de julho de 2018

CENÓGRAFO HÉLIO EICHBAUER MORRE NO RIO

Helio Eichbauer, um dos maiores cenógrafos do Brasil, morreu nesta sexta-feira, aos 76 anos, em sua casa, no Rio, vítima de um enfarte fulminante.

Nome importante no teatro, cinema e na música popular brasileira, era professor de cenografia da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O velório será neste domingo, na Capela 8 do Memorial do Carmo, das 10h às 16h.

Eichbauer foi responsável pela cenografia de "O Rei da Vela", na histórica montagem do Teatro Oficina, em 1967 (Entenda por que 'O Rei da Vela' é um marco no teatro). Seguia trabalhando com alguns de seus antigos parceiros, como Caetano Veloso e Chico Buarque. São dele as cenografias dos shows "Ofertório", de Caetano com os filhos, e "Caravanas", de Chico.

Ao longo de sua carreira teatral, Eichbauer venceu diversas vezes o Prêmio Molière, pelos cenários de “Antígona”, do Grupo Opinião (1969); “A viagem”, adaptação de Carlos Queiroz Telles para “Os Lusíadas” (1972); “O percevejo”, de Vladímir Maiakóvski (1981); e “Grande e Pequeno”, de Botho Straus (1985).

Mas foi “O Rei da Vela” que levou o levou a outro extremo de sua carreira, a cenografia para os shows de música brasileira, que tomou corpo após a colaboração com Chico Buarque e Ruy Guerra na peça “Calabar”, em 1980 (o espetáculo foi proibido pela censura). Após o trabalho, Chico o convidou para criar os cenários do show “Tempo e contratempo”.
 

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