Estão abertas as inscrições da 3ª edição da Mostra de Cinema Tela Indígena,
festival de filmes realizados por indígenas ou que abordem essa
temática. O evento, que reunirá cineastas indígenas e colaboradores
não-indígenas, é um dos festivais selecionados no edital Apoio a
Festivais e Mostras Audiovisuais, lançado em 2017, dentro do Programa
Nacional de Fomento ao Audiovisual (Proav), da Secretaria do Audiovisual
(SAv) do Ministério da Cultura. Os realizadores interessados em
participar da Tela Indígena têm até o dia 10 de junho para inscreverem
seus filmes. Serão aceitas produções do Brasil e da América do Sul.
A 3ª edição da Mostra Tela Indígena será realizada em setembro deste
ano na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, e, pela primeira vez, em
cinco dias consecutivos. Nas edições anteriores, foram promovidas
sessões mensais distribuídas ao longo de cinco meses. De acordo com o
curador e um dos idealizadores da mostra, Marcus Wittmann, a Tela
Indígena deste ano deverá imprimir uma nova dinâmica ao festival. "O
público da mostra é bem fiel. Nos cinco dias de festival, será possível
fazer uma imersão em temas cotidianos e de direitos dos povos
originários. É uma proposta mais interessante tanto para nós
(organizadores), quanto para o público e para os cineastas", destacou.
A mostra terá duas sessões diárias, sendo uma vespertina – com filmes
voltados para o público infantojuvenil – e outra noturna – com a
exibição de longas-metragens e documentários seguidos de debates. A Tela
ainda vai contar com sessões comentadas pelos realizadores dos filmes e
conferências com pensadores e artistas indígenas de todo o Brasil. Será
uma oportunidade para o público conhecer diferentes olhares de vários
povos do Brasil e das Américas.
Sobre o festival
A
Tela Indígena surgiu em 2016 a partir de um projeto desenvolvido por
estudantes de Antropologia e de Ciências Sociais da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFGRS) para divulgar produções e coproduções
audiovisuais de cineastas indígenas e também aquelas produzidas por
colaboradores não-indígenas.
Para Marcus
Wittmann, a mostra pôde dar vazão à produção cinematográfica de temática
indígena que havia em todo o País. "Na época em que desenvolvemos o
festival, percebemos que havia muitos filmes sobre a temática indígena,
muitos dos quais feitos por indígenas, mas cujo acesso era difícil. Já
na primeira edição, conseguimos conectar indígenas e seus filmes a um
público amplo, que ia além do ambiente universitário", enfatizou.
A ideia, segundo Wittman, é que a 3ª Edição mostre para um público
ainda maior a diversidade de povos indígenas que estão em todo Brasil.
Em suas edições passadas, a Mostra já exibiu produções como "Martírio",
de Vincent Carelli, "ETE Londres", do cineasta Takumã Kuikuru, e "TAVA",
a casa de pedra, dos cineastas guarani mbyá Patrícia Ferreira e Ariel
Ortega.
Regras
A Mostra recebe curtas e
longas-metragens, em animação ou live action. Os filmes não necessitam
ser inéditos e podem estar disponíveis online. As inscrições podem ser feitas em:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeS4oP2Ipv0Dm_19Y2tBoE9r9X7WM3w8qMWg94Yeh9kqX7mWw/viewform
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