Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, exatamente 300 anos após a morte
de Galileu, e morreu no mesmo dia do nascimento de Albert Einstein (14
de março de 1879).
Estudou na University College, de Oxford, que também foi a faculdade de
seu pai. Stephen queria estudar matemática, enquanto sua família queria
que ele estudasse medicina. Como matemática não estava disponível na
grade da universidade, ele escolheu física e se formou em 1962.
Três anos depois, Stephen Hawking recebeu sua primeira premiação na
classe de licenciatura em Ciências Naturais. Ele saiu de Oxford e foi
para Cambridge fazer uma pesquisa na área de cosmologia, já que não
havia essa área na universidade em que estudava.
Tornou-se doutor em cosmologia e trabalhou como professor de matemática
na Universidade de Cambridge, onde era professor lucasiano emérito –
mesmo cargo ocupado por grandes cientistas como Charles Babbage, Isaac
Newton e Paul Dirac.
Ele também foi diretor do Departamento de Matemática Aplicada e Física
Teórica da mesma universidade. Suas principais áreas de especialidade
foram cosmologia teórica e gravidade quântica.
Hawking escreveu 14 livros, entre eles "O universo em uma casca de noz" e "Uma breve história do tempo".
No final da década de 1960, Stephen Hawking ganhou fama com sua teoria
da singularidade do espaço-tempo, aplicando a lógica dos buracos negros a
todo o universo. Ele detalharia o tema ao público em geral no livro
"Uma breve história do tempo", best-seller lançado em 1988.
Em 2014, sua história de vida foi contada no filme "A teoria de tudo", que rendeu o Oscar de melhor ator a Eddie Redmayner, que interpretou o físico no cinema.
O físico também se destacou por ser portador da Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA) e ter sobrevivido à doença por décadas, seguindo com
sua carreira. Por causa da ELA, em certo ponto, Hawking só conseguia
mover um dedo e os olhos voluntariamente.
A cadeira de rodas e a crescente dificuldade para se comunicar não o
impediram, no entanto, de continuar com suas pesquisas, já que sua
capacidade intelectual permaneceu intacta.
Hawking usava um sintetizador eletrônico para falar. A voz robótica
produzida pelo aparelho para expressar suas ideias acabou se tornando
não só uma de suas marcas registradas como foi constantemente ouvida e
respeitada no mundo todo.
Para produzir sua "fala", o físico formava as palavras em uma tela com o
movimento dos olhos, também usado para movimentar sua cadeira de rodas.
Além de importante divulgador científico, Hawking também será lembrado
como pesquisador por sua descoberta de que os buracos negros – aqueles
pontos do cosmo tão densos que nem a luz lhes escapa – não são realmente
negros quando explodem, falando simplificadamente. Eles podem soltar
partículas e radiação antes de desaparecerem.
Ninguém acreditava, inicialmente, que partículas pudessem sair de
buracos negros. "Não estava procurando por elas [as partículas]. Apenas
tropecei sobre elas", contou Hawking numa entrevista de 1978 ao "The New
York Times".
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