Musicólogo, diplomata, advogado, pesquisador e integrante da Academia
Brasileira de Música (ABM), Vasco Mariz morreu na madrugada desta
sexta-feira (16), no Hospital Samaritano, Zona Sul do Rio, de pneumonia,
aos 95 anos.
Carioca, considerado uma unanimidade na vida cultural brasileira,
Mariz ajudou vários artistas ao longo da carreira, é autor de uma das
mais copiosas e importantes bibliografias do país e trabalhou
intensamente na reorganização da ABM, nos anos 1990.
Mariz ingressou na vida diplomática em 1945, depois de se formar em
Direito na Universidade do Brasil (atual UFRJ), e serviu por 42 anos na
carreira, chefiando divisões como a de Difusão Cultural e de Política,
como embaixador no Equador em Israel, no Chipre, no Peru e na Alemanha
Oriental e representante do Brasil na Organização dos Estados
Americanos.
Em todo lugar, tratava de promover a música e os músicos
brasileiros. Em Berlim, seu último posto diplomático como embaixador,
convenceu o maestro Kurt Masur a fazer em Leipzig, cidade de Bach, uma
homenagem a Villa-Lobos, autor das Bachianas Brasileiras, no ano do seu
centenário, 1987.
A obra e os estudos de Mariz foram fundamentais para a criação do Instituto Cultural Arte Brasil, no Paraná e inspiração para que o batuque na caixa fosse implantado. Por isso, a instituição lamenta profundamente a perda desse intelectual cuja obra é seminal para se entender a história da música brasileira.
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