Peço licença ao tempo de plantar e de colher
Ao tempo de sorrir e de chorar, com licença
Peço licença ao tempo de nascer e de morrer
Preciso desse tempo para quietar-me...
Aquietar a alma, acalmar o coração
Elevar uma prece e serenar estes dias tão tristes
Dias incompreensíveis ao meu pensamento
E à minha fé, que inquieta e perplexa, se pergunta.
A brutalidade e a essência da vida diante do inesperado
A tristeza e o luto
Os olhos meditam pesados sob a lágrima que cai
E que mancha o verde da camisa em minha pele.
Compreendam porque peço licença
Compreendam que não há poesia
Compreendam o barulho desse silêncio
E a madrugada fria e triste se distancia da esperança.
A vida é distante e a palavra não consola...
E o dia nasceu sem sol...
Aldo
Moraes/ (homenagem as vítimas do acidente com a Chapecoense)
Nenhum comentário:
Postar um comentário