Bob Dylan é o Prêmio Nobel de Literatura de 2016. O anúncio foi feito na
sede da Academia Sueca, em Estocolmo, na manhã desta quinta-feira (13).
O prêmio lhe foi entregue por "ter criado novas expressões poéticas na
grande tradição da canção Americana".
O compositor é o primeiro norte-americano a levar o Nobel desde Toni Morrison, em 1993.
A opção por um músico – e não por um escritor de ofício – soa incomum,
mas o nome do Dylan vinha sendo cotado havia muitos anos. Também poeta e
com diversos livros lançados, o artista é
aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. Desta vez, no entanto,
ele não estava entre os favoritos nas casas de apostas.
Reconhecendo que o Nobel de literatura de 2016 pode parecer
surpreendente, a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius,
declarou que Dylan foi escolhido "por criar novas expressões poéticas na
tradição da grande canção americana". A academia citou ainda que
"Dylan tem o status de um ícone" e que "sua influência na música
contemporânea é profunda". "Ele é provavelmente o maior poeta vivo",
declarou Per Wastberg, membro da instituição.
BOB
Nascido Robert Allen Zimmerman em 24 de maio de 1941, em Duluth,
Minnesota, nos Estados Unidos, Bob Dylan cresceu em uma família judaica
de classe média em uma cidade mineradora. Na adolescência, tocou em
diversas bandas, dedicando-se à tradição da música americana,
especialmente ao folk e ao blues. Um de seus ídolos era o Woody Guthrie,
um dos maiores nomes do folk.
Mais tarde, Dylan largou a faculdade e se mudou para Nova York onde se
tornou famoso no início dos anos 1960. Lá, passou a tocar em casas de
shows e cafés no famoso bairro Greewich Village.
Seu primeiro disco, "Bob Dylan", é de 1962. Entre trabalhos de
inéditas, coletâneas e registros de shows, foram registrados
oficialmente 69 álbuns (veja lista abaixo). O mais recente é "Fallen angles", de 2016, no qual interpreta clássicos americanos populariados por Frank Sinatra.
Foi somente em seu segundo disco, "The freewheelin' Bob Bylan", de
1963, que Dylan revelou seu talento como compositor – o álbum de estreia
tinha somente duas canções originais. "The freewheelin'" tem a faixa
que talvez seja o maior clássico de Dylan, "Blowin' in the wind".
Outros trabalhos marcantes foram "The times they are a-changin'", de
1964, "Bringing It all back home", de 1965, "Highway 61 revisited",
também de 1965, e "Blonde on Blonde", de 1966, todos lançados em
sequência. "Blood on the tracks", de 1975, é outro dos destaques
daquelas primeiras décadas.
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