Nascido em Niterói (RJ) em 1931, Cauby Peixoto Barros iniciou a 
carreira no início da década de 1950 se apresentando em programas de 
calouros como a "Hora dos comerciários", na Rádio Tupi. Gravou o 
primeiro disco pelo selo Carnaval em 1951, com o samba "Saia branca", de
 Geraldo Medeiros e a marcha "Ai, que carestia!", de Victor Simon e Liz 
Monteiro.
Em 1952, transferiu-se para São Paulo onde cantou nas boates Oásis e Arpége, além de apresentar-se na Rádio Excelsior.
 Sua capacidade de interpretar canções em inglês impressionou o futuro 
empresário Di Veras, que lhe criou aos poucos uma estratégia de 
marketing que incluía a maneira de se trajar, o repertório e atitudes 
nos palcos.
 Em 1953, gravou dois discos pelo selo Todamérica, com os sambas-canção 
"Tudo lembra você", de Marvel, Strachey, Link e Mário Donato; "O teu 
beijo", de Sílvio Donato, e "Ando sozinho", de R. G. de Melo Pinto e 
Hélio Ramos, além da toada-baião "Aula de amor", de Poly e José 
Caravaggi, com acompanhamento de Poly e seu conjunto.
 Ainda naquele ano, assinou contrato com a gravadora Columbia, na qual 
estreou no ano seguinte com o samba "Palácio de pobre", de Alfredo Borba
 e José Saccomani, e a marcha "Criado mudo", de Alfredo Borba. Em 
seguida, fez sucesso com o slow-fox "Blue gardênia", de B. Russel e L. 
Lee, com versão de Antônio Carlos, música tema do filme de Hollywood de 
igual título, que lhe abriu as portas para o estrelato.
 Não demorou muito para o cantor se transformar em ídolo do rádio. 
Entrou para o elenco da Rádio Nacional e dois anos depois, já era o 
cantor mais famoso do rádio, substituindo o fenômeno Orlando Silva de 20
 anos antes e passando a ser perseguido pelas fãs em qualquer lugar onde
 estivesse.
 Muitas vezes, chegava a ter suas roupas rasgadas pelas admiradoras mais
 veementes. Ainda em 1954, gravou também os sambas-canção "Só desejo 
você", de Di Veras e Osmar Campos Filho, e "Triste melodia", de 
Chocolate e Di Veras, e a marcha "Daqui para a eternidade", de R. Wells,
 F. Karger e Lourival Faissal.
 Em 1955, lançou "Blue gardênia", seu primeiro LP no qual interpretou 
entre outras, a música título; "Triste melodia", de Di Veras e 
Chocolate; "Um sorriso e um olhar", de Di Veras e Carlos Lima; "Sem 
porém nem porque", de Renato César e Nazareno de Brito e "Final de 
amor", de Cidinho e Haroldo Barbosa.
 Ainda em 1955, foi escolhido pelo crítico Silvio Túlio Cardoso, da 
coluna "Discos populares" no jornal "O Globo", como o "melhor cantor do 
ano" recebendo como prêmio um "disco de ouro", que foi entregue em 
cerimônia no Golden Room do Copacabana Palace.
Em meados dos anos 1950, fez excursões aos Estados Unidos, onde gravou 
várias faixas com o nome Ron Coby, tentando uma carreira internacional 
que acabou não acontecendo, apesar de ter gravado com um dos grandes 
maestros da época, Percy Faith.
Dono de uma voz marcante – famosa em sucessos como “Conceição” e 
“Bastidores” –, e conhecido ainda pelo figurino extravagante, Cauby 
Peixoto foi um dos cantores mais populares da música brasileira. Ao 
longo de uma carreira de seis décadas, gravou mais de 40 discos.
Neste ano, o cantor estava em turnê pelo Brasil com a cantora Angela 
Maria e se apresentou ao lado dela no dia 3 de maio, no Theatro 
Municipal do Rio de Janeiro.


Nenhum comentário:
Postar um comentário