Falar do potencial vocal de Cauby Peixoto é abordar o que
todos já sabem há mais de 60 anos: a voz desse cantor carioca era privilegiada!
Mas no amplo repertório que cantou ao longo da carreira é
também passear por boa parte da história da música brasileira e por grande
parte das canções escritas no século XX.
Cauby foi o gigante que cantou as grandes paixões dos
boleros e samba-canções nos anos 50...
Cauby buscou os Standards americanos quando a bossa nova
tirou de moda os cantores do rádio...
O
talento e a grandeza de Cauby mereceram críticas elogiosas de músicos e jornais
norte-americanos.
Mas Cauby um dia visitaria o repertório dos novos
compositores e seria gigante com eles também: Caetano Veloso, Chico Buarque e
Gonzaguinha que o digam... Sua versão para Wave (Tom Jobim) tem algo de inédito
em uma canção tantas vezes gravada.
Revisitou a parceria com os grandes de sua época como a diva
Ângela Maria...
E décadas depois volta aos clássicos do jazz num disco que
revisita brilhantemente Sinatra e flerta com a bossa nova em dueto com João
Bosco... E que desbunde seu incrível dueto com Elza Soares em The lady is a
tramp.
A grande voz atravessou décadas e chegou a 2016 sem se
adequar a modismos e sem negar a raça.
O professor se apresentava em programas de TV e lançou
discos ousados e belíssimos nos últimos anos como um novo legado que deixaria
às novas gerações, tão carente de referências.
Como Nana Caymmi, Ângela Maria, os Agnaldos Rayol e Timóteo,
ele deixa uma escola de versatilidade, entrega ao canto e sobretudo ousadia em
uma carreira marcada pela coerência e talento!
Salve o Brasil de Cauby!!!
Salve Cauby!!!
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