segunda-feira, 16 de maio de 2016

CAUBY PEIXOTO: A VOZ




Falar do potencial vocal de Cauby Peixoto é abordar o que todos já sabem há mais de 60 anos: a voz desse cantor carioca era privilegiada!

Mas no amplo repertório que cantou ao longo da carreira é também passear por boa parte da história da música brasileira e por grande parte das canções escritas no século XX.

Cauby foi o gigante que cantou as grandes paixões dos boleros e samba-canções nos anos 50...

Cauby buscou os Standards americanos quando a bossa nova tirou de moda os cantores do rádio...  

 O talento e a grandeza de Cauby mereceram críticas elogiosas de músicos e jornais norte-americanos.

Mas Cauby um dia visitaria o repertório dos novos compositores e seria gigante com eles também: Caetano Veloso, Chico Buarque e Gonzaguinha que o digam... Sua versão para Wave (Tom Jobim) tem algo de inédito em uma canção tantas vezes gravada.

Revisitou a parceria com os grandes de sua época como a diva Ângela Maria...

E décadas depois volta aos clássicos do jazz num disco que revisita brilhantemente Sinatra e flerta com a bossa nova em dueto com João Bosco... E que desbunde seu incrível dueto com Elza Soares em The lady is a tramp.

A grande voz atravessou décadas e chegou a 2016 sem se adequar a modismos e sem negar a raça.

O professor se apresentava em programas de TV e lançou discos ousados e belíssimos nos últimos anos como um novo legado que deixaria às novas gerações, tão carente de referências.

Como Nana Caymmi, Ângela Maria, os Agnaldos Rayol e Timóteo, ele deixa uma escola de versatilidade, entrega ao canto e sobretudo ousadia em uma carreira marcada pela coerência e talento!

Salve o Brasil de Cauby!!!

Salve Cauby!!!


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