segunda-feira, 4 de abril de 2016

PERDA: MORRE ATRIZ TEREZA RACHEL

04/04/2016 12h50 - Atualizado em 04/04/2016 13h34

Atriz Tereza Rachel morre no Rio

Ela estava internada desde ano passado com obstrução intestinal.
A atriz faleceu no último sábado (2).

Do G1 Rio
A atriz Tereza Rachel interpreta a personagem Rebeca na novela Caras & Bocas, de 2009 (Foto: João Miguel Júnior/Globo)A atriz Tereza Rachel interpreta a personagem Rebeca na novela Caras & Bocas, de 2009 (Foto: João Miguel Júnior/Globo)
Morreu no último sábado (2) a atriz Tereza Rachel. Ela estava internada no centro de tratamento intensivo em decorrência de complicações de um quadro agudo de obstrução intestinal. Nascida Terezinha Malka Brandwin Taiba de la Sierra, ela estava com 82 anos e permanecia internada desde o dia 30 de dezembro no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Natural de Nilópolis, na Baixada Fluminense, a atriz começou a carreira em 1955, atuando no teatro, sendo dirigida por Henriette Morineau em Os Elegantes, de Aurimar Rocha. No ano seguinte recebeu o prêmio de atriz revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, por sua atuação em Prima Donna.

Na televisão, interpretou personagens que são lembrados pelo público, como a Débora, da novela O Grito (1975), a Clô Hayalla, da novela O Astro (1978), a Martha Gama, de Baila Comigo (1981), a Renata Dumont de Louco Amor (1983) e a Rainha Valentine de Que Rei Sou Eu? (1989). Em 1995, ela interpretou Francesca Ferreto na novela A Próxima Vítima. O último papel de Tereza Rachel na TV Globo foi na novela Babilônia (2015).

Atriz, produtora e intérprete inquieta, ela fundou o Teatro Tereza Raquel nos anos 70, onde produziu peças inéditas e trouxe diretores europeus ligados à vanguarda, fazendo de sua casa de espetáculos um dos polos de destaque do teatro carioca.

Tereza Rachel an novela Que Rei Sou Eu (Foto: Reprodução / TV Globo)Tereza Rachel na novela Que Rei Sou Eu (Foto: Reprodução / TV Globo)
 
Nas décadas de 50 e 60, foi atriz e produtora de peças como "Bonitinha, mas ordinária", de Nelson Gonçalves, com direção de Martim Gonçalves. Em 1965, esteve em "Berço do Herói", de Dias Gomes, dirigida por Antônio Abujamra. A peça foi interditada pela censura antes da estreia. Neste mesmo ano, fez parte do elenco de "Liberdade, Liberdade", de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, produção do Grupo Opinião. Dois anos depois, atuou no sucesso de público "Édipo Rei".

Além de se destacar no teatro, Tereza Raquel atuou também em filmes. Trabalhou com cineastas como Carlos Diegues, Jece Valadão, Miguel Borges, Denoy de Oliveira e Ipojuca Pontes, com quem foi casada.

Prêmio de Melhor Atriz
 
Em 1974, ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Gramado, pelo filme "Amanda Muito Louca". Com sua atuação em "A Volta do Filho Pródigo", foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor atriz coadjuvante em 1981.

A Rainha Valente, da novela Que Rei Sou Eu?, foi um dos personagens mais emblemáticos e populares de Tereza. Ela interpretou uma mulher de forte personalidade, fria e calculista, mas dominada por Ravengar (Antônio Abujamra), conselheiro mor do reino.

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