Nascido em 1927, em Brieg, cidade que hoje pertence à Polônia, Kurt
Masur não vinha de uma família com tradição artística (seu pai era
engenheiro), mas cedo se apaixonou pela música. Aprendeu piano,
violoncelo e percussão, e estava decidido a seguir carreira em uma
orquestra. Estudou na Escola Nacional de Música de Breslau. aos 16 anos,
porém, teve uma lesão grave em um tendão da mão direita, o que o
impediu de tocar instrumentos. Foi quando decidiu se tornar maestro
(devido à lesão, nunca regeu com a batuta).
Masur lutou com o exército alemão na II Guerra. Encerrado o conflito,
voltou aos estudos, no conservatório de Leipzig. Dirigiu várias
orquestras na Alemanha Oriental - em Berlim, Dresden e, sobretudo,
Leipzig, onde dirigiu, por 26 anos, a reputada Gewandhaus. Não era
membro do Partido Comunista, mas a reputação que construiu com
impecáveis gravações das sinfonais de Beethoven lhe granjearam algumas
regalias - entre elas, a de viajar para reger orquestras do bloco
ocidental, inclusive nos Estados Unidos.
Em Leipzig, seu prestígio era tal que ele conseguiu debelar tensões
em 1989, quando as manifestações pró-democracia corriam o risco de serem
violentamente reprimidas.Em 1991, ele assumiu a direção da Filarmônica
de Nova York, cujo prestígio andava em baixa, e, com pulso forte,
revitalizou-a. Ficou efetivamente à frente da orquestra até 2002, e
manteve o título de Diretor Emérito da Filarmônica.
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