O músico João Gilberto ganhou, nesta quinta-feira (3), o processo histórico que movia contra a gravadora EMI. A decisão do STJ, em Brasília, proíbe que o selo comercialize as obras do cantor, além de condenar a EMI a pagar direitos autorais sobre a venda dos discos do músico desde 1964. O valor pode chegar à casa dos R$200 milhões.
A briga de João Gilberto com a EMI durou praticamente duas décadas. Começou quando a gravadora lançou o álbum O mito, em CD e LP duplos, reunindo 38 faixas. A questão é que o artista, além de não ter sido comunicado sobre a coletânea, ainda viu sua obra ser modificada sem sua autorização. A remasterização, entre outros problemas, alterou o volume dos violões, acrescentou ecos e até cortou faixas para que o disco ficasse de um tamanho aceitável.
Em decisão unânime, a gravadora foi condenada a pagar 24% de tudo que faturou com as vendas de obras do artista desde o lançamento. A EMI não pode mais recorrer.
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