O
imortal Josaphat Marinho será homenageado no próximo dia 15 de outubro
(quinta-feira) pela Academia de Letras da Bahia. Ele ocupou a Cadeira nº
30 da instituição. Na ocasião, a ALB realizará uma sessão especial em
comemoração ao centenário de nascimento (1915-2015) deste que foi um
renomado advogado, professor e político baiano.
O
discurso de homenagem será proferido pelo seu sucessor na Cadeira nº
30, o acadêmico Paulo Furtado. A cerimônia terá início às 18 horas, na
sede da Academia, no Palacete Góes Calmon, no bairro de Nazaré. O evento
é aberto ao público.
Sobre Josaphat Marinho
Josaphat Ramos Marinho nasceu em Areia, hoje Ubaíra (BA), no
dia 28 de outubro de 1915, filho de Sinfrônio de Sales Marinho e de
Adelaide Ramos Marinho. Ingressou, em 1934, na Faculdade de Direito da
Bahia, bacharelando-se por essa instituição.
Ocupou interinamente, em
1942, o cargo de consultor jurídico do Departamento de Serviço Público
da Bahia, passando, em seguida, a dedicar-se ao magistério. Findo o
Estado Novo (1937-1945), foi eleito, em janeiro de 1947, deputado à
Assembleia Constituinte da Bahia na legenda da União Democrática
Nacional (UDN). Deixou a Assembleia em 1951, a ela retornando eleito em
outubro de 1954, pela legenda do Partido Liberal (PL). Após a posse de
Juraci Magalhães no governo da Bahia, em 1959, Josaphat Marinho foi
nomeado, em abril, secretário do Interior e Justiça do Estado.
Ocupou o
cargo até 1960, porque foi designado secretário da Fazenda. Exerceu essa
função até março de 1961, quando foi nomeado pelo Presidente Jânio
Quadros para a presidência do Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Com a
renúncia do presidente, em 25-8-61, pediu demissão do cargo, que não
foi aceita imediatamente. Permaneceu na presidência do CNP até dezembro
de 1961. Retornou, então, à Bahia, assumindo novamente a Secretaria da
Fazenda até dezembro de 1962.
No pleito de outubro de 1962, elegeu-se para o Senado Federal pela Bahia. Concluído seu mandato em 1971, Josaphat afastou-se da vida pública, voltando a se dedicar à advocacia e ao magistério superior como professor de Direito Constitucional da Universidade de Brasília (UnB). Em dezembro de 1979, no contexto da reformulação partidária posterior à extinção do bipartidarismo (29-11-79), assinalou, em entrevista ao Jornal do Brasil, que, após oito anos de afastamento, voltava à vida pública para “dar uma contribuição ao processo de formação dos novos partidos”. Josaphat Marinho tornou-se membro do Instituto dos Advogados da Bahia, do Instituto Baiano de Direito do Trabalho e da Academia de Letras da Bahia.
Exerce seu segundo mandato de senador da República
(1990-98) durante o qual foi relator-geral do novo Código Civil
brasileiro, aprovado no Senado depois de 22 anos de tramitação no
Congresso Nacional. Josaphat Marinho foi casado com Iraci Ramos Marinho,
com quem teve dois filhos.
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