O cineasta carioca Haroldo Marinho Barbosa, diretor do filme "Engraçadinha" (1981) - inspirada na obra de mesmo nome de Nelson Rodrigues - e "Baixo Gávea" (1986), foi cremado neste sábado (21) no Crematório da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro por volta das 14h.
Ele morreu aos 68 anos na última quinta-feira após ter sofrido uma queda brusca em sua casa em Petrópolis, região serrana da cidade, e batido com a cabeça no chão.
Haroldo Marinho Barbosa atuou como diretor em a década de 70 e 80. Seus primeiros curtas-metragens foram "Copacabana" (1965), "Eu Sou Vida, Eu Não Sou Morte" (1970) e "Dom Quixote" (1967).
O cineasta dirigiu seu primeiro longa-metragem, "Vida de Artista", em 1972. No entanto, seu reconhecimento só viria depois de uma década com "Engraçadinha". O filme foi protagonizado por Lucélia Santos, que levou o prêmio de melhor atriz. O longa também recebeu a premiação de melhor roteiro e música no Festival de Brasília.
Seu último filme como diretor foi "Baixo Gávea" e recebeu o prêmio do júri no Festival do Rio, vencendo também as categorias de melhor ator com Carlos Gregório e melhor atriz para Louise Cardoso, no Festival de Brasília.
Já perto dos anos 90, ele passou a escrever roteiros. Já em 2003, ele assinou o roteiro de "O Vestido", de Paulo Thiago, baseado na obra de Carlos Drummond de Andrade. Já seu último e mais recente trabalho em direção foi com "O demoninho de olhos pretos", de 2008 - uma adaptação dos "Contos Fluminenses", de Machado de Assis.
SILNEI SIQUEIRA
Morreu também neste sábado, dia 21, aos 79 anos de idade, o diretor e ator paulistano Silnei Siqueira. A informação foi confirmada em seu perfil pessoal no Facebook.
Silnei nasceu na cidade de São Paulo em 1934 e começou a fazer teatro amador na Escola Mackenzie. Formado em Direito, fez a Escola de Arte Dramática (EAD) quando era dirigida por Alfredo Mesquita.
Suas primeiras experiências nos palcos foram como ator, em montagens do grupo Jovens Independentes, criado por Laerte Morrone sob a direção Maria Cândida Teixeira.
Silnei ainda fez parte do Teatro Paulista do Estudante, fundado por sugestão do diretor Ruggero Jacobbi, e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).
Em 1964, depois de um período na televisão, onde chegou a ser comparado com o ator americano James Dean devido a sua semelhança física, ele resolveu dedicar-se apenas à direção.
No ano seguinte, assinou umas das montagens históricas do teatro brasileiro. "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, com músicas de Chico Buarque. A peça foi premiada no Festival de Teatro em Nancy, na França, como melhor direção. Dirigiu também as algumas óperas como "O Guarani", "Mestre Capela", "O Telefone" e "O Barbeiro de Sevilha", dentre outras
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