O presidente Barack Obama defendeu nesta quinta-feira os direitos dos
homossexuais africanos, no primeiro dia de seu giro pelo continente, e prestou
uma homenagem ao legado de Nelson Mandela, herói antiapartheid hospitalizado em
estado grave.
"Minha opinião é que, independente da raça, religião, gênero e
orientação sexual, no que diz respeito à lei, todos devem ser tratados como
iguais", declarou Obama em Dacar, um dia após a decisão da Suprema Corte
americana de invalidar uma lei federal que definia o casamento como uma união
entre um homem e uma mulher, o que o presidente chamou de
"discriminação".
A decisão, uma conquista para os defensores do casamento gay, é também
"uma vitória para a democracia americana", comemorou Obama, em seu
primeiro dia de visita ao Senegal.
Obama fez essas declarações em um continente onde a homossexualidade é
ilegal em muitos países. A África do Sul é o único que considera o casamento
gay legal.
Em sua primeira coletiva de imprensa, ao lado do presidente senegalês
Macky Sall, Obama também prestou homenagem ao ex-presidente sul-africano Nelson
Mandela e defendeu a continuação de seu legado.
O presidente, que se reuniu nesta quinta-feira com o presidente senegalês,
deve prestar homenagem à democracia do Senegal, uma ex-colônia francesa que
conquistou sua a independência em 1960 e que nunca sofreu um golpe de Estado.
"O Senegal é uma das democracias mais estáveis da África e um dos
parceiros mais fortes que temos na região", ressaltou Obama.
O presidente americano chegou na quarta-feira em Dacar com sua esposa,
Michelle, e suas duas filhas.
À noite, Obama e sua família irão visitar a Casa dos Escravos na Ilha de
Goria, em frente a Dacar, passagem obrigatória para todos os visitantes da
cidade e, especialmente simbólico para o primeiro presidente negro dos Estados
Unidos, porque foi deste local que milhares de africanos foram levado para a
América durante séculos.
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