domingo, 23 de dezembro de 2012

LITERATURA BRASILEIRA PERDE LEDO IVO

O poeta, escritor e jornalista Lêdo Ivo morreu neste domingo, aos 88 anos, em Sevilha, na Espanha, onde estava a passeio. Lêdo Ivo ocupava a cadeira número 10 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e será homenageado pelos acadêmicos em sessão extraordinária marcada para o dia 10 de janeiro. O corpo será cremado na Espanha e as cinzas serão trazidas pela família para o Rio.


Nota divulgada pela ABL informa que "Lêdo Ivo foi vítima de infarto às 2h e morreu nos braços do filho, o artista plástico Gonçalo Ivo, que vive em Paris e o acompanhava na visita a Sevilha".

Nascido em Maceió (AL) em 18 de fevereiro de 1924, Lêdo Ivo estudou na cidade natal até 1940, quando mudou-se para Recife e depois para o Rio, onde cursou a Faculdade Nacional de Direito.



Estreou na literatura com As imaginações, de poesias, em 1944. No ano seguinte, publicou Ode e elegia, que lhe rendeu o prêmio Olavo Bilac, da ABL. O romance de estreia, As alianças, foi publicado em 1947. Escreveu dois livros de memórias, Confissões de um poeta (1979) e O aluno relapso (1991). Com Finisterra, o poeta recebeu quatro prêmios, entre eles o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Lêdo Ivo também foi premiado no México, em Cuba e na Espanha.


"Poeta e ficcionista versátil, de obra variada que abarcava vários gêneros, Lêdo Ivo gozava de uma vitalidade assombrosa para seus quase noventa anos e sua saúde frágil. Falava alto, gostava de comer bem, se esmerava em contar histórias divertidas. Nos últimos tempos, essa disposição estava sendo comprovada o tempo todo, nas sucessivas viagens que se multiplicavam , fossem para participar de festivais internacionais de poesia, fossem para receber homenagens no exterior, sobretudo nos países de língua hispânica", disse a presidente da ABL, Ana Maria Machado, na nota oficial.

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