No final de uma série de imagens de casais em cenas de amor e sexo, uma frase aparece projetada na tela dizendo que só um deles segue junto. Nan Goldin agradece aos amantes por deixar o amor entre eles ser flagrado.
Sua obra, agora em exposição no Museu de Arte Moderna do Rio, tenta estabelecer uma empatia por esses personagens anônimos ao escancarar sua intimidade -sexo explícito, uso de drogas e consequências da violência.
Isso tudo pesou na decisão do Oi Futuro de cancelar a mostra no ano passado, faltando pouco mais de um mês para a sua abertura, prevista para janeiro. Foi então que o MAM ofereceu encaixar a primeira individual da artista norte-americana no Rio na programação deste ano.
Sua trilha sonora --que vai de uma missa entoada por Björk aos berros de James Brown em "It's a Man's Man's World"-- conduz o olhar por cenas de seu cotidiano desregrado. Goldin não glamouriza o submundo de drogas e sexo de Nova York.´
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