Fundado em 1998, o Instituto Cultural Arte Brasil é uma OSC cultural com ações e projetos na cultura, esportes, meio ambiente e cidadania. Tem reconhecimento do Sesc, Minc, Rock In Rio, CESE, Itaú Social, Cenpec, Unicef, Instituto RPCom e Febrafite. Atuante na defesa, pesquisa e difusão da cultura brasileira, realiza ações arte-educativas e de combate ao racismo com adolescentes e jovens em conformidade com a Lei nº 10.639/2003 osc.artebrasil@gmail.com https://www.instagram.com/batuque_nacaixa/
segunda-feira, 10 de maio de 2010
CANDIDATOS À ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
GERALDO HOLANDA CAVALCANTI
Diplomata, poeta, ensaísta e tradutor, Geraldo Egídio da Costa Holanda Cavalcanti nasceu em Recife, Pernambuco, em 6 de fevereiro de 1929. Graduou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife, em 1951.
Estimulado por amigos como João Cabral de Mello Neto, Guimarães Rosa e José Guilherme Merquior, desde cedo se pôs em contato com as letras, publicando em 1964 seu primeiro livro, O mandiocal de verdes mãos, ao qual se seguiram duas plaquetes O elefante de Ludmila e A palavra, ambas reproduzidas posteriormente em números especiais da revista Tempo Brasileiro. Em 1998 foi publicada sua Poesia Reunida, que traz textos inéditos e outros já divulgados em diversas publicações periódicas.
Holanda Cavalcanti começou a traduzir textos poéticos enquanto dava forma à sua poesia. Embora suas primeiras traduções não fossem destinadas à publicação, iniciou vertendo, ao princípio dos anos oitenta, alguns poemas dos poetas e amigos Álvaro Mutis e Octavio Paz. Esse primeiro contato com a tradução, no entanto, o levou a realizar, nos últimos anos, um grande projeto de tradução com o propósito de trazer para o português os maiores nomes da poesia italiana do século XX, tais como Eugenio Montale, Salvatore Quasimodo, Giuseppe Ungaretti e Umberto Saba. É tradutor igualmente do colombiano Álvaro Mutis e do mexicano Carlos Pellicer. Em 2006, a convite da Editora Escritório do Livro, publicou suas Memórias de um tradutor de poesia, depoimento que oferece uma mostra de seus caminhos e escolhas enquanto tradutor.
Pela obra como poeta recebeu, no ano 2000, o Prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores. Por seu trabalho como tradutor recebeu, na Itália, em 1998, o Premio Internazionale Eugenio Montale. No ano seguinte, recebeu o Prêmio Paulo Rónai de Tradução, da Fundação Biblioteca Nacional, pela antologia bilíngüe de Salvatore Quasimodo, e em 2006, o Prêmio de Tradução da Academia Brasileira de Letras pelo ensaio-literário e tradução de O Cântico dos Cânticos.
Atualmente residindo no Rio de Janeiro, Holanda Cavalcanti exerce a presidência do PEN Clube do Brasil e a vice-presidência da Fundação Miguel de Cervantes de apoio à Pesquisa e à Literatura, da Biblioteca Nacional. É membro do Conselho Editorial da Revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional, e do Conselho de Desenvolvimento da Cátedra de Leitura UNESCO/PUC-Rio. Continua trabalhando na tradução de poetas italianos do século XX.
Em 2007 lançou, pela Record, seu primeiro livro de ficção, Encontro em Ouro Preto, finalista do Prêmio Jabuti 2008 na categoria "Melhor Livro de Contos e Crônicas".
MARTINHO DA VILA
Martinho José Ferreira nasceu em Duas Barras, Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, veio para o Rio de Janeiro com apenas 4 anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de “Meu off-Rio”.
O compositor surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com o partido alto Menina Moça e no ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançando o clássico samba Casa de Bamba.
Sua carreira de cantor profissional iniciou-se no início de 1969 quando lançou o LP intitulado Martinho da Vila, que foi o maior sucesso do Brasil em execução e vendagem, com grandes sucessos como Casa de Bamba e O Pequeno Burguês e outras que se tornaram clássicos - Quem é Do Mar Não Enjoa, Iaiá do Cais Dourado e Tom Maior.
Logo tornou-se um dos mais respeitados artistas brasileiros além de um dos maiores vendedores de disco no Brasil, sendo o primeiro sambista a ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD “Tá delícia, Tá gostoso” lançado em 1995.
Hoje, é impossível saber de cor todos os prêmios que ganhou. Toda essa história está no rico acervo em sua cidade natal, Duas Barras. Entre os títulos guardados com carinho estão os de Cidadão Carioca, Cidadão benemérito do Estado do Rio de Janeiro, Comendador da República em grau de oficial, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural e as comendas mineira Tiradentes e JK.
Sua vida de sambista (ritmista, passista, compositor, puxador de samba enredo, presidente de ala e administrador) começou na extinta Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato.
Ingressou e passou a dedicar-se de corpo e alma à Escola do Bairro de Noel em 1965 e a história da Unidos de Vila Isabel se confunde com a de Martinho que passou a seu chamado de o Da Vila. Nunca exerceu a presidência administrativa da escola, mas por vária vezes esteve à frente da agremiação da qual é o Presidente de Honra.
Os sambas de enredo mais consagrados da escola são de sua autoria. Também criou vários enredos para desfiles, dentre os quais Kizomba, a Festa da Raça que está entre os mais memoráveis da história dos carnavais e garantiu para a Vila, em 1988, seu consagrado título de Campeã do Centenário da Abolição da Escravatura e colaborou em outros temas, entre os quais o Soy Loco Por Ti América, elaborado em parceria com os carnavalescos Alexandre Louzada e Alex Varela, que deu a Vila o título máximo do carnaval de 2006.
Embora compositor indutivo e cantor sem formação acadêmica, tem uma grande ligação com a música erudita e idealizou, em parceria como Maestro Leonardo Bruno o Concerto Negro, espetáculo sinfônico que enfoca a participação da cultura negra na música erudita, participou do projeto Clássicos do Samba sob a regência do saudoso Maestro Sílvio Barbato.
Além de compositor e cantor, é escritor autor de 10 livros.
EROS GRAU
Eros Roberto Grau (Santa Maria, 19 de agosto de 1940) é jurista , ministro do Supremo Tribunal Federal.
Formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, turma do ano de 1963. Exerceu a advocacia em São Paulo de 1963 até a sua nomeação para Ministro do Supremo Tribunal Federal em 2004. Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com a defesa da tese Aspectos Jurídicos do Planejamento Metropolitano. Em agosto de 1977 tornou-se Livre Docente pela Universidade de São Paulo, posteriormente obteve o título de Professor Titular do da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo desde 1990.
Por pertencer ao Partido Comunista Brasileiro, foi preso e torturado em 1972, época da Ditadura militar no Brasil (1964-1985).
Foi consultor da Bancada Paulista na Assembléia Nacional Constituinte de 1988 e membro da Comissão Especial de Revisão Constitucional, nomeado pelo Presidente da República em 1993, com a finalidade de identificar propostas de interesse fundamental para a Nação, no processo de revisão constitucional.
Além de ter exercido a docência na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi professor de graduação e pós-graduação em diversas instituições, entre elas a Universidade Estadual de Campinas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade Federal do Ceará, a Fundação Getúlio Vargas.
No exterior, foi professor visitante da Faculdade de Direito da Université de Montpellier durante os anos letivos de 1996-1997 e 1997-1998 e da Faculdade de Direito da Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) durante o ano letivo de 2003-2004.
Eros Grau foi nomeado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal em 15 de junho de 2004 e empossado em 30 de junho de 2004, na vaga deixada pela aposentadoria do ministro Maurício Corrêa.
Empossado ao cargo de Ministro do TSE em 15 de maio de 2008, renuncia um ano depois, em 5 de maio de 2009, alegando cansaço, porém continua ministro do STF.
Publicou, entre outros, os seguintes livros:
Planejamento econômico e regra jurídica, 1978;
Elementos de Direito Econômico, 1981;
Direito urbano, 1983;
A Constituinte e a Constituição que teremos, 1985;
Direito, conceitos e normas Jurídicas, 1988;
Licitação e contrato administrativo, 1995;
La doppia destrutturazione del diritto, Milano, 1996; (em italiano)
La doble desetruturación y la interpretación del derecho, Barcelona, 1998; (em espanhol)
O direito posto e o direito pressuposto, 2005;
O Estado, a Empresa e o Contrato (em co-autoria com Paula Forgioni), 2005;
A ordem econômica na Constituição de 1988, 2006;
Ensaio e discurso sobre a interpretação/aplicação do direito, 2006.
Do ofício de orador, Editora Revan, Rio de Janeiro, 2006, 2ª edição
Triângulo no Ponto, Nova Fronteira, 2007;
Interpretación y aplicación del derecho, Madrid, 2007. (em espanhol)
MUNIZ SODRÉ
Muniz Sodré de Araújo Cabral (São Gonçalo dos Campos, 12 de janeiro de 1942) tem duas filhas, três netas e atualmente é casado com a também professora da UFRJ Raquel Paiva. É jornalista, sociólogo e tradutor brasileiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola de Comunicação. Atualmente exerce o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. É um pesquisador brasileiro e latino-americano no campo da Comunicação e do Jornalismo. Dirigiu a TV Educativa. Publicou quase uma centena de livros e artigos, na área da comunicação (jornalismo em especial) mas também livros de ficção e um romance (O bicho que chegou a feira) alguns livros o tornaram mais conhecidos na área, como Monopólio da Fala (sobre o discurso da televisão) e Comunicação do Grotesco (sobre programas de TV que exploram escândalos e aberrações). Um dos poucos teóricos brasileiros que tem circulação e respeitabilidade no exterior, por isso é professor e palestrante de diversas instituições em paises como Suécia, França, EUA, Espanha, Portugal, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Peru dentre outros.
Escreveu o livro Um Vento Sagrado que fala da trajetória de Agenor Miranda Rocha, professor e líder do Candomblé. A obra sobre o Pai Agenor foi adaptada para um filme de 1h30min, com o mesmo nome.
CABRAL, M. S. A.. As estratégias sensíveis - afeto, mídia e política. Petrópolis: Vozes, 2006. v. 1. 230 p.
CABRAL, M. S. A.; CAPPARELLI, Sergio; SQUIRRA, Sebastião (orgs.). A Comunicação Revisitada - Livro da XIII Compós 2004. Porto Alegre: Sulinas, 2005. v. 1. 245 p.
SOARES, Raquel Paiva de Araújo; CABRAL, M.S.A.. Cidade dos Artistas - Cartografia da Televisão e da Fama do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2004. 171 p.
CABRAL, M. S. A.; SOARES, Raquel Paiva de Araújo. O Império do Grotesco. Mauad, 2002. v. 1. 148 p.
CABRAL, M. S. A.. Sociedade, Mídia e Violência. Porto Alegre: Sulina/Edipucrs, 2002. v. 1. 110 p.
CABRAL, M. S. A.. Corpo de Mandinga. Manati, 2002. v. 1. 105 p.
CABRAL, M. S. A.. Antropológica do Espelho. Petrópolis: Vozes, 2002. v. 1. 268 p.
CABRAL, M. S. A.. Multiculturalismo. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. v. 1. 105 p.
CABRAL, M. S. A.. Claros e Escuros. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. v. 1. 270 p.
CABRAL, M. S. A.. Samba - O dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998. v. 1. 110 p.
CABRAL, M. S. A.. Reinventando la Cultura. Barcelona: Gedisa, 1998. v. 1. 187 p.
CABRAL, M. S. A.. La Città e il Tempi. Roma: Settimo Sigillo, 1998. v. 1. 186 p.
CABRAL, M. S. A.. Direitos Humanos no Cotidiano. São Paulo: SNDH-USP, 1998. v. 1. 89 p.
CABRAL, M. S. A.. Anatomia da Crise. Rio de Janeiro: Revan, 1998. v. 1. 107 p.
CABRAL, M. S. A.. Reinventando a Cultura. Rio de Janeiro: Vozes, 1997. v. 1. 180 p.
CABRAL, M. S. A.. Um Vento Sagrado. Rio de Janeiro: Mauad, 1996. 150 p.
CABRAL, M. S. A.. Rio, Rio. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995. v. 1. 170 p.
CABRAL, M. S. A.. Bola da Vez. Rio de Janeiro: Notrya, 1993. 110 p.
CABRAL, M. S. A.. O Social Irradiado - Violência Urbana, Neogrotesco e Mídia. Rio de Janeiro: Cortez, 1992. 125 p.
CABRAL, M. S. A.. A Máquina de Narciso. Rio de Janeiro: Cortez, 1992. 130 p.
CABRAL, M. S. A.. O Brasil Simulado e o Real. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1991. 99 p.
CABRAL, M. S. A.. O Bicho que chegou à Feira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991. 145 p.
CABRAL, M. S. A.. Rede Imaginária: Televisão e Democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. 315 p.
CABRAL, M. S. A.; FERRARI, Maria Helena. O Texto nos Meios de Comunicação. Rio de Janeiro: FRANCISCO ALVES, 1990. 130 p.
CABRAL, M. S. A.. A Verdade Seduzida. Rio de Janeiro:Codecri (1983)/Francisco Alves (1988), 1988. 215 p.
CABRAL, M. S. A.. Televisão e Psicanálise. São Paulo:Ática, 1987. 085 p.
CABRAL, M. S. A.. A Reportagem como Gênero Jornalístico. Rio de Janeiro: Summus, 1986. 130 p.
CABRAL, M. S. A.. Best-Seller - A Literatura de Mercado. São Paulo:Ática, 1985. 83 p.
CABRAL, M. S. A.. A Comunicação do Grotesco: Introdução à Cultura de Massa no Brasil. Rio de Janeiro:Vozes, 1983. 83p
CABRAL, M. S. A.. O Monopólio da Fala. Rio de Janeiro: Vozes, 1982. 125 p.
CABRAL, M. S. A.. O Dono do Corpo. Rio de Janeiro: Codecri, 1979. 80 p.
CABRAL, M. S. A.. A Ficção do Tempo: Análise da Narrativa de Ficção Científica. Rio de Janeiro: Vozes, 1973. 120 p.
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