sábado, 5 de maio de 2018

LÍDER DEMOCRATA AFONSO DHLAKAMA MORRE EM MOÇAMBIQUE

Afonso Dhlakama, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), morreu, aos 65 anos, disse fonte partidária à Televisão Independente de Moçambique e à Lusa.


Ainda não há confirmação oficial para as causas da morte, mas uma crise relacionada com a diabetes é a causa mais apontada.

O líder histórico da Renamo estava nas matas da Gorongosa onde se refugiou desde que se iniciaram os conflitos político-militares em 2012.

A Frelimo, partido no poder em Moçambique, considera Afonso Dhlakama um parceiro estratégico para a paz e estabilidade, lamentando a morte do líder do principal partido da oposição.


BIOGRAFIA


Afonso Macacho Marceta Dhlakama (Mangunde, Sofala, 1 de Janeiro de 1953), foi um político e militar revolucionário e líder da RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), o principal partido político da oposição em Moçambique. 

Afonso Dhlakama  foi vice-presidente da Internacional Democrata Centrista, uma associação internacional, fundada em 1961 e sediada em Bruxelas, da qual a RENAMO é membro. 

Afonso Dhlakama foi casado com Rosária Xavier Mbiriakwira Dhlakama e deixa oito filhos.

Início da vida e carreira militar
 
Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal e, consequentemente, o fim da guerra colonial, o jovem Dhlakama ingressou na FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique). 

No entanto, pouco tempo depois abandonou esse movimento para se tornar, em 1976, um dos fundadores da RNM (Resistência Nacional de Moçambique), um movimento armado. Após a morte do primeiro presidente, André Matsangaíssa em combate, e depois de uma luta pela sucessão, Dhlakama tornou-se presidente deste movimento de oposição ao regime, que se começou a designar RENAMO. 

A guerra civil em Moçambique, que envolvia a FRELIMO (no Governo), e a RENAMO (na oposição), durou 16 anos, durante os quais Dhlakama se manteve a liderar a guerrilha. 

Em 1984 a República Popular de Moçambique, sob o governo da FRELIMO, e a República da África do Sul, sob o regime minoritário da Apartheid, assinaram o Acordo de Nkomati que previa que cada país acabasse com o apoio aos movimentos armados de oposição do outro e assim eventualmente terminar com a guerra, mas o acordo fracassou.

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