sábado, 30 de setembro de 2017

MPB PERDE CANTORA CÉLIA

A cantora Célia morreu aos 70 anos na noite desta sexta-feira (29) em São Paulo. Ela estava internada há cerca de um mês no Hospital Sancta Maggiore para o tratamento de um câncer.

 Segundo sua assessoria de imprensa, o velório será de 9h às 15h no Cemitério do Araçá, e depois o corpo seguirá para a cremação no Cemitério da Vila Alpina.


Nascida em 8 de setembro de 1947, a cantora foi revelada no programa de TV Um instante, maestro!, comandado pelo controvertido apresentador Flávio Cavalcanti (1923 – 1986). 

No embalo da projeção nacional pela TV, Célia iniciou promissora carreira fonográfica na primeira metade dos anos 1970, década em que lançou quatro álbuns pela extinta gravadora Continental, todos batizados com o nome da cantora. 

Os três primeiros, de 1971, 1972 e 1975, são especialmente relevantes. O primeiro trouxe regravação de Adeus, batucada (Synval Silva, 1935) que mostrou que Célia sabia pisar com firmeza no terreirão do samba. Habilidade confirmada em 1975 quando a cantora deu voz a outro samba antigo que seria, a partir de então, associado à voz de Célia: Onde estão os tamborins? (Pedro Caetano, 1946).
Cantora Célia foi revelada no programa de TV Um instante, maestro! (Foto: Divulgação/Jair de Assis) Cantora Célia foi revelada no programa de TV Um instante, maestro! (Foto: Divulgação/Jair de Assis)

 
Assim como a voz de Célia, os tamborins ficaram mais escondidos nos anos 1980 e 1990, década refratária a cantoras associadas a uma MPB que já começava a ficar à margem do mercado. Retomou a carreira fonográfica com regularidade, na última década, sob a batuta do produtor Thiago Marques Luiz. 

A partir do álbum Faço no tempo soar minha sílaba (2007), gravado em duo com o violonista Dino Barioni e lançado há dez anos, a discografia de Célia entrou novamente no tom.

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