terça-feira, 12 de setembro de 2017

MEMÓRIA: OS 250 ANOS DO MAESTRO NEGRO, O PADRE JOSÉ MAURÍCIO NUNES GARCIA

José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) foi padre brasileiro. Compositor sacro, foi mestre de capela da antiga Catedral da Sé do Rio de janeiro. Nomeado, pelo imperador D. João VI, mestre da música sacra da Capela Real.

José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de setembro de 1767. Filho de um escravo alforriado e uma mestiça, ficou órfão de pai aos seis anos de idade. Ainda jovem demonstrou vocação pela música, estudando teoria musical com o mestre Salvador José. Tocava vários instrumentos e se apresentava em festas familiares.

Em 1792 ordenou-se padre, depois de superar os "problemas" da cor. Em 1798 foi nomeado mestre de capela da antiga Catedral da Sé do Rio de Janeiro, na época, o mais elevado posto de um músico brasileiro. Logo revelou sua inclinação para compor músicas sacras. Com a instalação da corte de D. João VI no Rio de Janeiro, José Maurício foi apresentado ao rei e este entusiasmado o nomeou mestre da Capela Real, tornando-se o músico mais importante do reino de Portugal.

Ao chegar ao Brasil o compositor português Marcos Portugal, logo entusiasmou-se com a obra do compositor brasileiro. Foi designado diretor do Teatro São João, onde representou várias óperas. Mas, não demorou muito a promover séria perseguição ao músico brasileiro, vendo nele um grande competidor. José Maurício recebeu de D. João VI, durante anos, uma pensão, que foi suspensa em 1822, após a Proclamação da Independência.

Padre José Maurício fundou um curso de música na rua das Marreca, que funcionou durante vinte e oito anos. Seu aluno mais ilustre foi D. Pedro I e Francisco Manuel da Silva, autor da melodia do Hino Nacional Brasileiro.

José Maurício Nunes Garcia morreu no Rio de janeiro, no dia 18 de abril de 1830.

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