terça-feira, 16 de maio de 2017

CONHEÇA LULU BENENCASE, UM PIONEIRO DA MÚSICA DE RAIZ


Amálio Benicacio, o Lulu Benencase, nasceu em Americana, no interior do estado de São Paulo, em 22 de agosto de 1913. 

Ainda jovem, precisando trabalhar, foi ser carteiro. Mas sua paixão era a arte e, principalmente o humorismo. 

Começou então como humorista na Rádio Cultura de São Paulo, no dia 6 de junho de 1934. Passou por várias emissoras, como Rádio Difusora, Rádio São Paulo, Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, a Rádio Farroupilha de Porto Alegre, Rádio Clube do Paraná, e nas Emissoras Associadas de São Paulo: Tupi e Difusora e na TV Tupi.

Na Rádio Difusora de São Paulo, em 1939, Lulu Benencase, ao lado do Capitão Furtado, apresentava o programa "Arraial da Curva Torta". 

Lulu Benencase foi um dos comunicadores mais populares de seu tempo, ao ser pioneiro na divulgação da cultura caipira.

Apresentou por mais de 20 anos o programa "Festa na Roça", onde surgiram nomes importantes da história do rádio e da TV. 

Hebe Camargo, que no início de sua carreira era cantora e fazia dupla com a irmã, o cineasta Amázio Mazzaropi, a dupla Tonico e Tinoco, entre muitos outros nomes, iniciaram seus trabalhos ao lado de Lulu Benencase. 

Esteve presente nos bastidores da inauguração da TV Tupi, a primeira emissora do país, em 18 de setembro de 1950. Foi o primeiro a criar um programa de comédia no formato de uma escola, a "Escolhinha de Piramboia", idéia que em seguida foi seguida pelo humorista Chico Anysio.

Na TV Tupi, começou a atuar logo no dia da inauguração da emissora, mas salientou-se no teleteatro "Máscara de Ferro", em 1958, ao lado dos atores Henrique Martins, João Monteiro, Lolita Rodrigues, Turíbio Ruiz e outros. Além de ator e diretor de programas, Lulu Benencase era autor de músicas que faziam sucesso. É autor de várias músicas, como "Vamos Tirar o Brasil da Gaveta", "Brinquedo de Escondê", "O Pedido do Caipirinha", "O Ültimo Presente", entre outras. 

Além do talento para a comunicação, Lulu também declamava suas poesias no ar, inspiradas na cultura caipira do interior. 

O artista morreu em sua cidade natal aos 51 anos, em 1965, e deixou como herança sua vasta experiência no segmento cultural. A importância de Lulu Benencase é tanta para Americana que seu nome foi usado para batismo do único Teatro Municipal, inaugurado em 1988.

Texto: Sandra Cristina Peripato

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