sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

MYLENA JARDIM VENCE QUINTO THE VOICE BRASIL


A única mulher na final da competição da quinta temporada do The Voice BrasilMylena Jardim, foi a vencedora do reality show musical da TV Globo. Além dela, estavam na disputa nesta quinta-feira à noite Afonso Cappelo, Dan Costa e Danilo Franco.
Mylena representava o time dMichel Teló. Nas Audições às cegas, a cantora entrou no reality no grupo de Claudia Leitte, mas acabou sendo “roubada” pelo cantor sertanejo. Com a vitória, a garota de apenas 17 anos leva o prêmio de 500 mil reais.
o jurado
Além dos candidatos, o programa recebeu ex-participantes da temporada e alguns cantores que fizeram parte da primeira edição do The Voice Kids.

CÁSSIA ELLER ETERNA!!!


Ela interpretou como ninguém clássicos do rock nacional anos 80, temas inéditos e imortalizou canções escritas especialmente para sua voz rasgada, afinada e rouca.

Quanta falta faz Cássia Eller!

Os 15 anos sem essa grande artista nos levam também a refletir sobre o momento musical no Brasil de hoje.

Cássia elegeu a vida como forma de canto e o fez com técnica e absoluta entrega.

Dedicou álbum a Cazuza e estreou canções de Nando Reis, com quem estabeleceu parceria musical e grande amizade.

Seus shows, concorridíssimos, eram algo único e a cada noite o público assistia uma cantora inovadora em cena.

Suas entrevistas e presença na TV nunca ocuparam lugar-comum.

Sua voz e performance eram disputadas pelos maiores compositores e cantores da MPB, do rock e do pop nacional.

Ela se foi cedo demais (como Clara, Elis, Cazuza, Renato, Agostinho e Noel), cedo demais para um país que precisa se olhar e se identificar.

Como “todos os bons”, ela se foi cedo demais e deixou uma obra madura e uma imensa saudade...


Salve Cássia!!!

(Aldo Moraes
composermoraes@hotmail.com)

LISTA DE PROJETOS ESTRATÉGICOS É DIVULGADA EM LONDRINA


A Secretaria Municipal de Cultura divulga, nesta sexta-feira(30), a convocação dos Projetos Estratégicos selecionados que vão receber recursos do Programa Municipal de Incentivo à Cultura(Promic) em 2017. O edital completo estará disponível no Jornal Oficial do Município, edição 3.159, que poderá ser acessado no portal da Prefeitura – www.londrina.pr.gov.br

Os  projetos selecionados terão 30 dias corridos e improrrogáveis, a contar desta sexta-feira, para apresentação da documentação necessária à celebração do Termo de Cooperação Cultural. 

Os pareceres e as orientações, necessárias à celebração  dos Termos de Cooperação Cultural e Financeira, devem ser retirados  a partir de 4 de janeiro, das 12 às 18 horas, na sede da Secretaria Municipal de Cultura, na Praça 1º de Maio, nº 110.  

REVISTA PROMOVENDO A IGUALDADE RACIAL EM LONDRINA É LANÇADA

revistaLJP


Foi lançada a revista “Promovendo Igualdade Racial em Londrina”, produzida pela Prefeitura de Londrina, por meio do Núcleo de Comunicação, em parceria com o Governo Federal, através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e do Ministério da Justiça e Cidadania. A revista foi coordenada pela gestora municipal de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Rocha, e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Recursos Humanos.

O objetivo é divulgar as ações do Município, em prol da igualdade racial em Londrina e das populações indígenas. As publicações mostram um pouco do trabalho feito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), entidades e conselhos e personalidades londrinenses.

Entre as pessoas citadas na revista estão a líder Yá Mukumby, o artista plástico Agenor Evangelista, o advogado Oscar do Nascimento e a  modelo Edimara Alves. As publicações contam também como é o sistema de cotas nos concursos públicos da Prefeitura de Londrina e sobre o coletivo de mulheres negras que incentiva protagonismo feminino, o Black Divas.

Dividida em dois volumes, a revista tem uma tiragem de 6 mil exemplares, que serão distribuídos em bibliotecas municipais, escolas, entidades do movimento negro e também para  a Comissão Universidade para os Índios (CUIA) e Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UEL

ENCONTRO NACIONAL DE ESCRITORES

ENCONTRO NACIONAL DE ESCRITORES
- Sarau com apresentação ao microfone na Tenda de eventos;
- varal literário com a exposição de trabalhos dos autores;
- visita monitorada ao Museu da Madeira no Horto Florestal;
- visita monitorada ao ex-Palácio de Verão dos Govrenadores;
- piquenique com área especialmente reservada aos participantes;
- plantio de uma árvore que levará o nome dos escritores;
- troca e doação de livros ao público em geral;
- recebimento de uma camiseta alusiva ao evento;
- recebimento de certificado de participação.

Local - Horto Florestal de São Paulo
data - 11/02

INSCRIÇÕES ABERTAS
Taxa única - R$ 150,00

Informações:

dellicatta@terra.com.br 

PROJETOS INDEPENDENTES TEM LISTA DE APROVADOS DIVULGADA EM LONDRINA

Ver através do link:

http://www2.londrina.pr.gov.br/jornaloficial/images/stories/jornalOficial/jornal_3158_assinado.pdf

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ATRIZ DEBBIE REYNOLDS MORRE UM DIA APÓS A MORTE DA FILHA CARRIE FISCHER


Debbie Reynolds, para sempre a voz de Cantando na Chuva, morreu aos 84 anos, apenas um dia depois da morte de sua filha, a também atriz e estrela de Star WarsCarrie Fisher. Todd Fisher, seu filho e irmão de Carrie, confirmou a notícia. “Está com Carrie”, afirmou em um comunicado o também ator e diretor. 
A candidata ao Oscar em 1965 por A Inconquistável Molly foi internada no hospital Cedars-Sinai de Los Angeles depois de apresentar sintomas de uma possível embolia. A atriz se encontrava na casa do filho organizando o funeral de Fisher quando se sentiu mal e seus familiares chamaram os serviços de emergência. Depois da internação à 1 hora (horário local) desta quarta-feira, Todd disse que a mãe “não estava bem”. A morte foi confirmada horas mais tarde.
Estreou no cinema com o musical Três Palavrinhas (1950), com o qual conseguiu uma indicação ao Globo de Ouro como “a nova estrela do ano”. Sua verdadeira estrela chegaria somente um ano mais tarde quando atuou ao lado de Gene Kelly e Donald O’Connor neste clássico do cinema que é Cantando na Chuva. Reynolds tinha somente 19 anos quando interpretou o papel de Kathy Selden nesta produção musical de Hollywood no momento em que as estrelas do cinema mudo tinham de se adaptar ao sonoro. Seu talento como atriz e cantora, como também dançarina nesta comédia musical sob a batuta de Kelly fizeram de Reynolds uma lenda.
A carreira de Reynolds nunca conseguiu superar a popularidUma Esperança Nasceu em Minha VidaA Festa do CasamentoA Flor do PântanoSerá Que Ele É?MotherDominique e A Inconquistável Molly, filme pelo qual foi indicada ao Oscar e Globo de Ouro como melhor atriz. Reynolds também teve sua própria série de televisão, The Debbie Reynolds Show (1969), além de participar mais recentemente em séries como Will & Grace (2000), o filme infantil Halloweentown - A Cidade do Halloween e numerosas dublagens animadas. 
ade desse sucesso. Outros títulos de sua filmografia foram
Seu último papel foi o de mãe do Liberace de Michael Douglas em Behind the Candelabra (2013). No último festival de Cannes estreou o documentário Bright Lights – que será exibido pela HBO em 2017 – no qual Reynolds trabalhou com sua filha Carrie mostrando a relação que as uniu – e as separou – durante anos e o legado que ambas deixaram nessa indústria.

CRÔNICA PARA 2017


Chegamos a mais um fim de ano e as energias se renovam para novas etapas, desafios e esperanças para 2017.

O ano que vai acabando foi histórico e único para o Brasil: impeachment;  a tragédia da Chapecoense;  a morte do ator nas águas do Rio São Francisco; eleições e o turbilhão que tem sido a operação lava jato. Muitos querem esquecer 2016, mas é um ano que fica como lição e a possibilidade de renovação para nosso país.

Vivemos os ciclos de superação e desafios desde que nascemos e o inicio de um novo calendário é importante para a retomada dos nossos sonhos. A passagem do tempo pode ser um importante aliado para aperfeiçoar nosso afeto, nossos talentos profissionais e, sobretudo a experiência da vida.

Lembramos também que assim como as fases da vida nos levam ao mistério do novo, o ano que vai surgindo pode refazer nosso olhar para transformar o cotidiano: a atenção para os detalhes e as belezas presentes ao redor; o contato com amigos e familiares; o perdão e o tempo dedicado ao nosso próprio lazer e em ajudar o próximo. Tudo isso fundamenta um forte alicerce para a paz e solidariedade humana.

É provado que ações como o voluntariado promovem benefícios não só para os assistidos, mas também para quem se doa. Em nossa região, conheço atitudes de pessoas e organizações civis que atuam nas áreas sociais, esportivas, culturais e humanitárias e que acalentam o coração sofrido de muitas pessoas. Gestos de bondade e doação aproximam raças, classes sociais, credos e pessoas de diferentes países. Vejam o caso de refugiados que dependem da ajuda alheia e que constituem hoje um dos grandes dramas mundiais.
 Cada vez que um voluntário dispõe de seu tempo e experiência para ajudar alguém, um exemplo de amor está sendo dado. Uma resposta positiva é compartilhada e imitada.  A corrente do bem ultrapassa fronteiras e supera distâncias.

Os exemplos de luta e de doação voluntária seguem como forças que podem nos inspirar para o novo ano que chega. O fim de um ciclo sempre nos remete a metas e avaliação do que foi projetado. Mas iniciar o ano abrindo os braços para o próximo e pontuando como objetivo prosseguir com atitudes de doação é realmente inspirador!

Por isso, não deixe que os dias percam-se na rotina! Inspire-se, siga em frente e descubra-se! Toda transformação começa em cada um de nós!

2017 pode ser o ano de um novo tempo e de aproveitar a vida em sua essência! Felicidade e sucesso a todos!

Aldo Moraes

*Este e outros textos do músico, escritor e jornalista Aldo Moraes escritos para sua coluna no Jornal Nossa Terra podem ser lidos em:

ATRIZ CARRIE FISCHER MORRE AOS 60 ANOS

Carrie Fisher, atriz que interpretou a Princesa Leia na saga "Star Wars", morreu aos 60 anos. 

Fisher repetiu sua atuação como Leia recentemente em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015), e estava escalada para aparecer no oitavo episódio da série, ainda sem nome oficial, com estreia prevista no Brasil para 15 de dezembro de 2017.
A atriz estava em Londres para a gravação de sua participação na série "Catastrophe". Ela atualmente também atravessa uma turnê de divulgação de seu oitavo livro, "Memórias da princesa: Os diários de Carrie Fisher".
Filha de um casal famoso em Hollywood formado pelo cantor Eddie Fisher e pela atriz Debbie Reynolds, Carrie escreveu sobre sua relação complicada com a mãe no livro "Postcards from the edge". A obra foi adaptada para o cinema em 1990, com o título "Lembranças de Hollywood", estrelado por Meryl Streep.
Ela também ficou conhecida por debater publicamente seu transtorno bipolar e seu alcoolismo na forma da peça/livro/especial da HBO "Wishful drinking" (que chegou a receber duas indicações ao Emmy de 2011).
Carrie Fisher posa para fotos durante estreia europeia de 'Star Wars: O despertar da Força' (Foto: Paul Hackett/Reuters)Carrie Fisher posa para fotos durante estreia europeia de 'Star Wars: O despertar da Força' (Foto: Paul Hackett/Reuters)
Carrie Fisher posa para fotos durante estreia europeia de 'Star Wars: O despertar da Força' (Foto: Paul Hackett/Reuters)
Carrie Fisher interpreta Leia mais uma vez em 'Star Wars: O Despertar da Força' (Foto: Divulgação)Carrie Fisher interpreta Leia mais uma vez em 'Star Wars: O Despertar da Força' (Foto: Divulgação)
Carrie Fisher interpreta Leia mais uma vez em 'Star Wars: O Despertar da Força' (Foto: Divulgação)

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

RICK HARRIS, ATOR DE TODO MUNDO ODEIA O CHRIS, MORRE AOS 54 ANOS

O cinema perdeu na segunda-feira (26), aos 54 anos, Ricky Harris. 

O ator, famoso no Brasil por sua interpretação de Malvo, em "Todo Mundo Odeia o Chris" - exibido pela Record -, foi vítima de um infarto.

Além de "Todo Mundo Odeia o Chris", o ator também trabalhou nas séries "O Povo Contra OJ Simpson", "CSI: NY" e "CSI: Miami".


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

GEORGE MICHAEL MORRE AOS 53 ANOS

O cantor britânico George Michael, que ficou famoso nos anos 1980 como integrante do duo Wham! e, mais tarde, manteve o sucesso na carreira solo, morreu aos 53 anos, informou um representante do artista citado por agências de notícias.


Nascido Georgios Kyriacos Panayiotou em 1963, Michael criou o Wham! com o amigo Andrew Ridgeley em 1982. O duo lançou seu álbum de estreia, "Fantastic", no ano seguinte e, a partir de então, popularizou hits como "Careless whisper", "Last Christmas", "Wake me up before you go-go" e "Everything she wants". O sucesso levou os artistas a fazerem, em 1985, o primeiro show de música pop ocidental na China.
A dupla se separou em 1986, quan
do Michael iniciou uma bem-sucedida carreira solo, em um dueto com Aretha Franklin na música "I knew you were waiting". Ele lançou "Faith", seu primeiro álbum solo, em 1987. Entre os hits mais conhecidos da fase solitária da carreira, estão "Freedom! '90", "One more try" e "Father figure".

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

MÚSICA BRASILEIRA DE 1986: LANÇAMENTOS NACIONAIS DE 30 ANOS

Há 30 anos, foram lançados álbuns musicais que entraram para a história da música brasileira. Long Plays românticos, infantis, de samba, MPB e rock fizeram tremer as ondas AM e FM e os celebrados programas de TV como Chacrinha, Silvio Santos, Bolinha, Raul Gil, Globo de Ouro e Perdidos na noite além de temas que viraram trilhas de filmes:

A Turma do Balão Mágico
Alma de Borracha/Beto Guedes
Almir Guineto
Alô Malandragem, Maloca o Flagrante/Bezerra da Silva
As Marcianas (álbum de 1986)
Cabeça Dinossauro/Titãs
Cabeça de Nego
Chrystian & Ralf
O Concreto Já Rachou/Plebe Rude
Correndo o Risco/Camisa de Venus
Declare Guerra/Barão Vermelho

Dois/Legião Urbana
Dominó
Fagner - Lua do Leblon
Só Vive 2 Vezes/Banda Fellini
Garotos da Rua
Heróis da Resistência
Isto É... Os Serranos
João Mineiro & Marciano - Volume 11
José Augusto
Kid Abelha - Ao Vivo
Liberdade para Marylou/Ultraje a Rigor

Lulu/Lulu Santos
Melhores Momentos de Chico & Caetano
Opereta Irmã Clara e Pai Francisco
Pânico em SP
Parasitas Obrigatórios
Quadro Vivo/Kiko Zambianchi
Rádio Pirata - O Show/RPM
Roberto Carlos
O Rock Errou/Lobão
Sandra Sá

Selvagem? Para lamas do Sucesso


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MORRE EM LONDRINA EX VEREADOR JOÃO SCAFF

Morreu na manhã desta quarta-feira (21) o empresário, radialista e ex-vereador João Scaff, 79 anos. O corpo de João Scaff será velado no saguão principal da Câmara de Vereadores a partir das 17h30 e o sepultamento será na quinta (22), às 10h, no Cemitério São Pedro. João Scaff deixa a esposa Vera Lúcia Scaff, três filhos e duas netas.
Natural da cidade de Campo Grande (MS), João Scaff mudou-se com a família para Londrina em 1945. O ex-veredor começou a sua carreira profissional na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou durante 12 anos. Em Londrina foi  fundador e professor da antiga Faculdade de Educação Física do Norte do Paraná (FEFI). Trabalhou na antiga TV Tibagi e atuou como microempresário do setor de eletrônica.
Durante a 8ª Legislatura (1977 a 1983), foi eleito suplente pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e substituiu os vereadores Renato Silvestre de Araújo e Daniel Gonçalves. Na Legislatura seguinte (1983 a 1988) e já no Partido Democrático Social (PDS) ocupou uma cadeira no Legislativo no lugar de Cléber Tóffoli e depois Deolino Bassetto. 
E na 14ª Legislatura (2005 a 2008), desta vez no Pasrtido Trabalhista Brasileiro (PTB), substituiu o ex-veredor Luiz Carlos Tamarozzi.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

CULTURA DA COLÔMBIA


O apoio e apreço que os colombianos deram aos brasileiros durante o acidente com o voo da Chapecoense, comoveu a nós e ao mundo todo.

Prestigiando nossos vizinhos, contamos um pouco da cultura Colombiana:



cultura da Colômbia resulta essencialmente da mestiçagem cultural dos povos nativos com a influência colonizadora espanhola. A religião toma um aspecto muito importante na definição da identidade cultural do país: 95% da população é católica. Muito do que pode ser dito sobre os hábitos culturais deste país é também aplicável a outros países da América Latina.

Museu Botero em Bogotá
Uma grande diversidade cultural habitou no território Colombiano antes da chegada dos espanhóis. Algumas muito avançadas e sofisticadas como as que produziram estátuas tumbas e outras obras de arte.
Assim como o Brasil, o país é rico em diversidade. Os europeus vieram explorar a América Latina com os escravos vindos da áfrica e aqui encontraram os índios, ocorrendo uma mistura entre esses três povos.
Esta complexa mestiçagem encontra sua expressão não só nas tradições, artesanatos e gastronomia colombianas, mas também em suas artes desde a arquitetura, a pintura e a escultura até a literatura, o cinema e a fotografia, passando pela música, a dança e o teatro.

OS 80 ANOS DE IGNÁCIO LOYOLA BRANDÃO


"Ela é fundamental. Ser máquina, despida de emoções.
Arrancar de dentro sentimentos e atirá-los ao lixo.
Liberar-se dos empecilhos.
Não se comover com o choro, a dor e a tristeza alheias
A dor do outro é do outro, não pode penetrar em você, te algemar."
(Impiedade)

Ignácio de Loyola 
Lopes Brandão nasceu em Araraquara - SP, no dia 31 de julho de 1936, dia de Santo Ignácio de Loyola, filho de Antônio Maria Brandão, contador, funcionário da Estrada de Ferro Araraquarense, e de Maria do Rosário Lopes Brandão. Foram, ao todo, cinco irmãos: Luiz Gonzaga (1933), Francisco de Assis (1934 - já falecido), Ignácio, José Maria (1946 - já falecido) e João Bosco (1953).

Inicia seus estudos na escola primária de D. Cristina Machado, em 1944, onde cursa o primeiro ano. No ano seguinte transfere-se para a escola da professora D. Lourdes de Carvalho.  Seu pai, que chegou a publicar histórias em jornais locais e que conseguiu formar uma biblioteca com mais de 500 volumes, o incentivou a ler desde que foi alfabetizado.  Fascinado por dicionários, chegou a trocar com seus colegas de classe palavras por bolinhas de gude e figurinhas. Mais tarde, esse fato acabou se transformando no conto "O menino que vendia palavras", primeiro a ser publicado pelo autor.

Em 1946, passa a estudar no Colégio Progresso de Araraquara. Participa de concurso de desenho patrocinado pelo Consulado da França com o tema "Como você vê a Paris libertada", sendo agraciado com os livros "Pinóquio" e "O barba azul".

Para cursar o ginásio, em 1948 ingressa no Colégio Estadual e Escola Normal Bento de Abreu, hoje Escola Estadual Bento de Abreu.  Nesse período escreve seu primeiro romance num caderno, com o título de "Dias de Glória", policial cuja ação se passa em Veneza.

Em 1955, inicia o curso científico, muito embora admita hoje que foi por engano. "Deveria ter me inscrito no clássico, mais apropriado para quem pretendia se dedicar a Humanas".

A Folha Ferroviária, semanário da cidade de Araraquara, publica no dia 16 de agosto de 1952 uma crítica do filme "Rodolfo Valentino", primeiro texto de Ignácio. Dias depois, o jornal Correio Popular daquela cidade a reproduz.

Dado o primeiro passo, o precoce escritor passa a escrever reportagens, críticas de cinema e entrevistas em outro diário de Araraquara, O Imparcial.  Nele aprende a arte da tipografia, lidando com composição com linotipo, clichê em zinco e paginação em chumbo. Em 1955 inaugura a primeira coluna social da cidade.

Se apaixona pelo cinema e participa, em 1953, das filmagens de "Aurora de uma cidade", semidocumentário dirigido por Wallace Leal. No ano seguinte funda o Clube de Cinema de Araraquara.

Concluído o curso científico, em 1956, muda-se para São Paulo e vai trabalhar no jornal Última Hora, tendo ali permanecido por nove anos.  Um fato interessante marca sua admissão.  Aguardando para ser entrevistado, ouve o chefe de reportagem perguntar quem sabia falar inglês, pois precisava de uma entrevista com o irmão do presidente do Estados Unidos, General Eisenhower, que se encontrava na cidade. Sem pestanejar o biografado disse "Eu sei". Fez a entrevista, com seu inglês capenga aprendido no ginásio e nos filmes que assistiu em Araraquara. Sua entrevista teve chamada de primeira página.  Como seu francês, também aprendido no ginásio, era bem melhor que o inglês, ganhou status de entrevistador de personalidades  internacionais.

Seu gosto pelo cinema permanece e, em 1961, participa como figurante de O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte, baseado em peça homônima de Dias Gomes, vencedor no Festival de Cannes em 1962.

No ano seguinte parte para a Itália, onde pretendia trabalhar como roteirista em Cinecittà. Para poder viver por lá, enquanto seu sonho não se realiza, manda reportagens para a Ultima Hora, faz sinopses de roteiros e faz coberturas — como a da morte do Papa João XXIII — para a TV Excelsior. Nessa época afirma que assistiu 53 vezes ao filme "Oito e meio" de Federico Fellini, o que, segundo admitiu, o influenciou na feitura do seu romance "Zero".

Na sua volta ao Brasil, começa a escrever o romance "Os imigrantes", com seu amigo araraquarense José Celso Martinez Correa. Nessa época Zé Celso dirigia a peça de grande sucesso, "Os pequenos burgueses", que Ignácioafirma ter assistido mais de 100 vezes. O romance, por não haver acordo quanto ao nome do personagem principal, não chegou a ser concluído.

Em 1965, usando de uma divulgação inovadora, lança seu primeiro livro: "Depois do sol" (contos).

No ano seguinte começa a trabalhar na revista Cláudia, como redator, chegando a redator chefe dois anos depois.

Em 1968, ocorre o lançamento de "Bebel que a cidade comeu", seu primeiro romance. O livro é adaptado para o cinema por Maurice Capovilla, com Rossana Ghessa no papel-título e roteiro do próprio Ignácio, Capovilla e Mário Chamie. O filme recebe o Prêmio Governador do Estado de São Paulo de "Melhor Roteiro Cinematográfico". Ainda nesse ano, o escritor recebe o Prêmio Especial do I Concurso Nacional de Contos do Paraná por "Pega ele, Silêncio", publicado posteriormente em "Os melhores contos do Brasil". Sua mãe falece, aos 60 anos.

Baseado em seu conto "Ascensão ao mundo de Annuska", publicado em "Depois do sol", Francisco Ramalho filma "Anuska, manequim e mulher", em 1969.

No ano seguinte, casa-se com a Maria Beatriz Braga, psicóloga, ligação que duraria até 1978. Trabalha nas revistas "Realidade" e em "Setenta".

Contratado para editar a versão brasileira de "Planeta", a primeira revista esotérica do Brasil, em 1972. Nasce seu primeiro filho, Daniel.

Desde 1960 Ignácio tinha na cabeça uma idéia surgida de um conto — sobre um grupo de amigos que vai a uma vila em busca de um garoto que teria música na barriga —  escrito para uma antologia de histórias urbanas organizada por Plínio Marcos para a Editora Senzala e que não chegaria a ser lançada. Escreveu, depois, diversas novelas paralelas a ela, ao mesmo tempo em que colecionava recortes de jornais, prospectos e anúncios.  Com isso, reuniu material que lhe permitia ter um retrato sem retoques do homem comum, vivendo numa cidade violenta e num clima ditatorial. Em 1974, escreve o romance, com 800 páginas iniciais, sob o título "A inauguração da morte".
Feita a primeira revisão, são cortadas 150 páginas. Entrega, então, o texto ao amigo e escritor Jorge de Andrade, que sugeriu novos cortes — acatados pelo autor. Jorge comenta o romance com Luciana Stegagno Picchio, que lecionava Literaturas Portuguesa e Brasileira na Universidade de Roma.  Luciana se interessa pelo texto, já com o título de "Zero" e, após lê-lo, encaminha o livro para a editora Feltrinelli, de Milão, que o publica em uma série intitulada "I Narratori", onde Ignácio fica na companhia do ilustre João Guimarães Rosa, único brasileiro até então publicado.

Em 1975, após o lançamento de "Zero" no Brasil, Ignácio participa de inúmeros encontros com seus leitores, debatendo sua obra e a situação do país. No primeiro encontro, realizado no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, ele contou com a presença de João Antônio, Wander Priolli, José Louzeiro, Antônio Torres e Juarez Barroso.

Em julho de 1976 "Zero" recebe o prêmio de "Melhor Ficção", concedido pela Fundação Cultural do Distrito Federal. Em novembro o livro é censurado pelo Ministério da Justiça e sua venda é proibida. Lança "Dentes ao sol" (romance) e "Cadeiras proibidas" (contos) e, em 1977, o infanto-juvenil "Cães danados".

Escreve "Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida" (livro-reportagem), após participar, em 1978, do júri do Prêmio Casa de Las Américas.

"Zero" é liberado pela censura em 1979. Passa a viver com a jornalista Angela Rodrigues Alves, união que duraria até 1982. Deixa o jornalismo para se dedicar integralmente à literatura.

Nova York, Flórida, Georgetown, Albuquerque, Tucson, San Diego foram as cidades em cujas universidades o autor fez conferências, em 1980, a convide da Fundação Fullbright, dos EUA.

Em 1981, sai o romance "Não verás país nenhum".  Visita a Nicarágua por ocasião das comemorações do segundo aniversário da Revolução Sandinista.

"É gol" (narrativa-homenagem ao futebol) é lançado em 1982. A convite da Fundação Alemã de Intercâmbio Cultural, viaja em março para Berlim, onde permanece por dezesseis meses. Lá, publica "Oh-ja-ja-ja", uma seleta de seu diário berlinense, ainda inédito em português.

Voltando ao Brasil, em 1983, publica "Cabeças de segunda-feira" (contos).

Em 1984, lança "O verde violentou o muro", onde narra sua experiência alemã. O senador italiano Amintore Fanfani lhe entrega o Prêmio IILA, do Instituto Ítalo-Latino-Americano, pelo romance "Não verás país nenhum", publicado na Itália no ano anterior. Assume a vice-presidência da União Brasileira de Escritores, onde permanecerá até 1986.

Participa das Jornadas Literárias na cidade de Passo Fundo (RS), em 1985. Desde então, lá comparece a cada dois anos para participar do evento.  Lança o romance "O beijo não vem da boca".

Em 1986, volta a Berlim, como convidado especial, para participar dos festejos dos 750 anos da cidade. Participa de encontro sobre literatura brasileira promovido pela Universidade de Colônia, na Alemanha, ao lado de João Ubaldo Ribeiro e Haroldo de Campos. Casa-se com a arquiteta Márcia Gullo e participa, como figurante, de "No país dos tenentes", filme de João Batista de Andrade.

"O ganhador" (romance) e "O homem do furo na mão" (contos) são lançados em 1987. O primeiro receberia, no ano seguinte, os Prêmios Pedro Nava (da Academia Brasileira de Letras) e Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria "Melhor Romance". "Não verás país nenhum" é encenado no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, sob a direção de Júlio Maciel.

Em 1988, lança o volume de contos e crônicas "A rua de nomes no ar". No ano seguinte, "Manifesto verde", que havia sido publicado em 1985 como brinde do Círculo do Livro, é lançado comercialmente.  Publica o álbum infanto-juvenil "O homem que espalhou o deserto".

Como diretor de redação da revista Vogue, Ignácio volta ao jornalismo, em 1990. Passa a escrever crônicas para o jornal Folha da Tarde.

"Zero", um espetáculo de dança realizado pelo Balé da Cidade, inspirado em seu romance homônimo, é apresentado no Teatro Municipal de São Paulo no ano de 1992. Vai à Zurique, na Suíça, onde participa de leituras de sua obra.

Em 1993, começa a escrever uma crônica no caderno "Cidades" de "O Estado de São Paulo" que, a partir de 2000, seria transferida para o "Caderno 2". Seu pai falece, aos 88 anos.

No ano de 1995 realiza três lançamentos: "O anjo do adeus" (romance), "Strip-tease de Gilda" (crônicas) e "O menino que não teve medo do medo" (infanto-juvenil).

Afligido por fortes tonturas, descobre existir um aneurisma cerebral. Submete-se, em maio de 1996, a uma bem-sucedida cirurgia, que dura onze horas.

Publica "Veia bailarina", em 1997, onde conta sua experiência como aneurisma. Em 15 de abril inaugura, no Instituto Moreira Salles de São Paulo, a série "O escritor por ele mesmo".

Em 1998, publica "Sonhando com o demônio", seu terceiro livro de crônicas. No ano seguinte é lançado "O homem que odiava a segunda-feira (contos).

Recebe o Prêmio Jabuti de "Melhor Livro de Contos", em 2000, por "O homem que odiava a segunda-feira".

Obras do autor:

Contos:
Depois do sol, Brasiliense, 1965
Pega ele, Silêncio, Símbolo, 1976
Cadeiras proibidas, Símbolo, 1976
Cabeças de segunda-feira, Codecri, 1983
O homem do furo na mão, Ática, 1987
O homem que odiava segunda-feira, Global, 1999
Romances:
Bebel que a cidade comeu, Brasiliense, 1968
Zero, Brasília/Rio, 1975
Dentes ao sol, Brasília/Rio, 1976
Não verás país nenhum, Codecri, 1981
O beijo não vem da boca, Global, 1985
O ganhador, Glogal, 1987
O anjo do adeus, Global, 1995
Infanto-juvenis:
Cães danados, Belo Horizonte Comunicações, 1977. Reescrito e publicado com o título "O menino que não teve medo do medo", Global, 1995.

O homem que espalhou o deserto, Ground, 1989
Viagens:
Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida, Livraria Cultura, 1978
O verde violentou o muro, Global, 1984
Relatos autobiográficos:
Oh-ja-ja-ja (Diário de Berlim, inédito em português). Tradução de Henry Thorau. LCB, 1982

Veia bailarina, Global, 1997
Cartilha:
Manifesto verde, Círculo do Livro, 1985 e Ground, 1989
Crônicas:
A rua de nomes no ar, Círculo do Livro, 1988
Strip-tease de Gilda, Fundação Memorial da América Latina, 1995
Sonhando com o demônio, Mercado Aberto, 1998
Biografias:
Fleming, descobridor da penicilina, Ed. Três, 1973
Edison, o inventor da lâmpada, Ed. Três, 1973
Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, Ed. Três, 1974
Antologia:
Os melhores contos de Ignácio de Loyola Brandão, organização de Deonísio da Silva, Global, 1994
Traduções:

Para o alemão:

Null (Zero), Suhrkamp, 1979
Kein land wie dieses (Não verás país nenhum), Suhrkamp, 1984
Para o coreano:
(Zero), Seto, 1990
Para o espanhol:
Cero (Zero), Galba, 1976

El hombre que espandió el desierto (O homem que espalhou o deserto), Global - México, 2000
Para o húngaro:
(Zero), JAK, 1990
Para o inglês:
Zero, Avon Books, 1983
And still the earth (Não verás país nenhum), Avon Books, 1984
Teeth under the sun (Dentes ao sol), Dalkey Archive Press, 2007
Para o italiano:
Zero, Feltrinelli, 1974
Non vedrai paese alcuno (Não verás país nenhum), Mondadori, 1983
Vietat le sedie (Cadeiras proibidas), Marietti, 1983
Adaptações:

Para o teatro:

Não verás país nenhum. Direção de Júlio Maciel, Fortaleza, Teatro José de Alencar, 1987 (baseado no romance homônimo)
Para o cinema:
Bebel, a garota-propaganda. Direção de Maurice Capovilla, 1986 (baseado no romance Bebel que a cidade comeu)

Anuska, manequim e mulher. Direção de Francisco Ramalho, 1969 (baseado no conto Ascensão ao mundo de Annuska").

Dados extraídos de livros do autor, da Internet e dos Cadernos de Literatura Brasileira, Instituto Moreira Salles, São Paulo

CONHEÇA OS CADERNOS NEGROS

A 39ª edição do Cadernos Negros, importante revista afro-brasileira, tem três textos do autor curitibano, Candiero.
Na última sexta-feira, dia 16, foi lançado no Itaú Cultural, em São Paulo, a 39ª edição dos Cadernos Negros. A publicação é organizada pelo maior coletivo de escritores do país, o QuilombHoje. Notável pela longevidade e continuidade, o Cadernos Negros é leitura obrigatória para os vestibulandos da UFBA. Esta edição 39ª edição conta com 36 escritores de vários estados do Brasil.
O escritor curitibano Candiero, abre a 39ª edição dos Cadernos Negros, a mais importante revista afro-brasileira desde a década de 70, com o texto Resistência Afroparanaense, sobre o sesquicentenário da maior revolta negra do Brasil colonial, ocorrida na Fazenda Capão Alto, em Castro-PR. Além de outros dois poemas curtos, Coffea Arábica e Adega Periférica.
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O livro pode ser adquirido a 30 reais. Maiores informações pelo email cn39@quilombhoje.com.br
Adegmar Candiero é mais conhecido como Zelador Cultural Candiero, atual presidente do Centro Cultural Humaita, Conselheiro Estadual de Promoção da Igualdade Racial e Conselheiro Nacional de Políticas Culturais – Setorial de Culturas Afrobrasileiras.
A sua missão à frente do Centro Cultural Humaita é a valorização e a visibilidade da presença negra e da herança cultural afrodescendente no Paraná. Este objetivo está prestes a ser concretizado, graças à permissão de uso do Viaduto Capanema, da prefeitura de Curitiba para o Centro Cultural Humaita construir o Centro de referência da Cultura Afro. Antes da construção do Viaduto, o local abrigava os ensaios da primeira escola de samba de Curitiba,a Colorado, importante reduto afrocuritibano das décadas de 40, 50 e 60.
Uma campanha de arrecadação de recursos para a instalação de portões e gradil no local está online na plataforma da Kickante: REVITALIZE! VIADUTO CULTURAL CAPANEMA.
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Entre na página da campanha e doe! A sua solidariedade vai te levar para dentro das Oralidades Afroparanaenses, revelar fragmentos inusitados da presença negra na história do Paraná e, além de conhecer mais sobre personalidades e curiosidades negras do Paraná, você estará dando um grande presente para a cidade de Curitiba!
Mil livros a 50 reais garantem os recursos necessários! Contribua!
https://www.kickante.com.br/campanhas/revitalize-viaduto-cultural-capanema-0

MAIS: https://informativocentroculturalhumaita.wordpress.com/2016/12/19/cadernos-negros/