sexta-feira, 3 de junho de 2016

SAM 2016: ARTIGO DE NATHALIE LOPES



Educação: direito de todos

Apesar dos significativos avanços alcançados nos últimos anos pela educação brasileira, esta área da politica ainda apresenta grandes desafios a serem enfrentados pelo Estado. Mesmo que tenhamos atingido praticamente a universalidade na cobertura da população em idade escolar do nível fundamental, a qualidade do ensino, a gestão escolar e as desigualdades nas condições de acesso e permanência das crianças e jovens na escola e universidades ainda são problemas graves.

A inscrição da educação como “direito de todos” já constava na Constituição Federal de 1934, porém foi apenas na Constituição Federal de 1988 que ela tornou-se um dever do Estado, devendo ser provida de forma universal. 

No país caótico em que vivemos, ouvimos falar que a educação é o caminho para a resolução de muitos problemas. No entanto, vivenciamos inúmeros casos e descasos na educação brasileira. Crianças sendo alfabetizadas em ambientes inadequados, sem direito à merenda diária, sem direito a uma educação digna, com professores mal remunerados, com escolas caindo aos pedaços e ainda, com equipes diretivas omissas, pois não cobram do poder público as responsabilidades a que lhes são competentes. 

Outro fator importante e que deve ser mencionado, é a inclusão. Presenciamos o discurso de professores que dizem não estar preparados para receber alunos com qualquer necessidade de educação especial, ora, pois, se a Constituição Federal traz que a educação é um direito de todos e para todos, então o não estar preparado nada significa, pois não existe inclusão, existe sim, uma escola para todos, que inclui todos, cada um com sua etnia, sua crença, raça, e suas individualidades e necessidades.                          
         
Pregamos que a educação é um direito de todos. Devemos refletir: está sendo exercido esse direito? O que seria e quem seria esse “todos”? No sentido de resumir o “todos”, todos somos nós:  que vivemos nesse país, que pagamos nossos impostos, que precisamos de uma educação de qualidade, digna e igualitária.





Nathalie Lopes Martins
Conselheira Tutelar de Londrina-Pr
Bacharel em Direito, Especialista em Gestão Pública com ênfase no Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

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