domingo, 13 de julho de 2014

POESIA BRASILEIRA PERDE IVAN JUNQUEIRA

O Acadêmico, poeta e tradutor Ivan Junqueira, sexto ocupante da Cadeira nº 37, da Academia Brasileira de Letras, faleceu aos 79 anos, no dia 3 de julho de 2014, de insuficiência respiratória, no Hospital Pró-Cardiaco, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava internado há mais de um mês.

Ivan Junqueira nasceu no dia 3 de novembro de 1934, no Rio de Janeiro. Cursou seus primeiros estudos na cidade natal e ingressou nas faculdades de Medicina e de Filosofia da então Universidade do Brasil, onde foi professor de História da Filosofia e de Filosofia da Natureza.

Em 1963, começou a trabalhar também como jornalista nas funções de redator e de subeditor dos principais jornais do Rio de Janeiro, entre eles Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, além de ter sido editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 23 de junho de 2005, participou em Paris da sessão conjunta da Academia Brasileira de Letras e da Académie Française, ocasião em que lhe foi concedida a Medalha de Richelieu, a mais alta condecoração daquela instituição. Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, alemão, francês, inglês, italiano, dinamarquês, russo, turco, búlgaro, esloveno, provençal, croata e chinês.

O Acadêmico, ex-Presidente da Academia Brasileira de Letras, completaria 80 anos em 3 de novembro. Em comemoração, a Editora Rocco estabeleceu o lançamento de dois de seus livros inéditos: Essa música, poemas, ainda este mês; e Reflexos do sol-posto, coletânea de ensaios, em outubro. Eles também são parte da celebração dos 50 anos da estreia na de Ivan Junqueira na literatura. A Editora Nova Fronteira programou a edição de bolso da premiada tradução dos poemas de T. S. Eliot, de 1981, que mereceu dez edições. Outras obras do Acadêmico, como O outro lado (poesia, Record) e Testamento de Pasárgada (Global), antologia crítica sobre Manuel Bandeira, também estão no prelo para ganhar novas edições.

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