quinta-feira, 29 de agosto de 2013

OBAMA COMEMORA OS 50 ANOS DO FAMOSO DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING

No discurso que fez para comemorar os 50 anos da Marcha de Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira (28) que houve muitos avanços no país desde o célebre discurso "Eu tenho um sonho", de Martin Luther King, pedindo o fim da segregação racial no país.

"Os objetivos dos afroamericanos são idênticos aos de pessoas de todas as raças. O que King descreveu foi o sonho de todo americano", afirmou Obama das escadarias do Memorial Lincoln, mesmo lugar de onde King falou para milhares de pessoas em 28 de agosto de 1963.

Em meia hora de discurso, Obama, o primeiro presidente negro na história dos Estados Unidos, relembrou como King "deu força às pessoas sem esperança e ofereceu um caminho para os oprimidos", e como aqueles que marcharam contra a discriminação racial puderam "orar por seus carrascos" mesmo diante do ódio.

"Esse era o espírito que eles trouxeram aqui aquele dia. (...) Porque eles continuaram marchando a América mudou. (...) O Congresso mudou e, eventualmente, a Casa Branca", disse o presidente norte-americano, aplaudido pelo público, fazendo clara referência a sua eleição.

Ao falar sobre as conquistas que vieram após a marcha, Obama disse que o país ficou "mais livre e mais justo" não apenas para os afroamericanos, como também para "mulheres e latinos, asiáticos e americanos nativos, para católicos, judeus e muçulmanos, para os gays, para os americanos com deficiências".

"A América mudou para mim e para você", disse o presidente. E defendeu que descartar a magnitude desse progresso, sugerindo que pouco mudou, como alguns chegaram a fazer, "é desonrar a coragem e o sacrifício daqueles que pagaram o preço de marchar naqueles dias".

Ao falar sobre os desafios atuais, 50 anos depois do que foi desejado por King, o presidente afirmou que continua um "negócio inacabado" o acesso a todos, não apenas dos negros, a um sistema econômico que promova oportunidades iguais.

"Precisamos nos lembrar que a medida de progresso para aqueles que marcharam 50 anos atrás não era meramente quantos negros tinham entrado para a classe dos milionários; era se esse país admitiria todas as pessoas que estavam tentando trabalhar, independentemente de raça, nas categorias da vida de classe média."

Na parte final de seu discurso, Obama definiu como um ensinamento deixado pela marcha que os objetivos da nação só serão alcançados quando "todos trabalharem juntos".

"Eu vejo isso quando uma mãe branca reconhece sua própria filha no rosto de uma criança negra pobre. (...) Quando um casal inter-racial se conecta à dor de um casal gay que foi discriminado e a entende como sua. É daí que vem a coragem, quando não nos viramos uns contra os outros, mas uns pelos outros, e descobrimos que não caminhamos sozinhos."

O presidente disse ainda que "continuam marchando" para conseguir emprego, salários justos e assistência médica na "nação mais rica do mundo" aqueles que têm coragem, como "o empresário de sucesso, que paga um salário decente a seus empregados", "o pai que percebe que o trabalho mais importante que ele terá é criar seu filho do jeito certo", "cada um que percebe o que aqueles gloriosos patriotas sabiam naquele, que a mudança não vem de Washington, mas para Washington".

Cerca de 100 mil pessoas acompanharam à comemoração dos 50 anos da Marcha de Washington, que teve a participação ainda dos ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter e da família de Martin Luther King.

Na foto, o presidente dos EUA, Barack Obama, o ex-presidente Jimmy Carter, a primeira-dama, Michelle Obama, e Bill Clinton participam da comemoração dos 50 anos da Marcha de Washington

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