quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MORRE GORE VIDAL



O escritor, romancista, ensaísta e roteirista de cinema norte-americano Gore Vidal, morreu aos 86 anos no dia 31/7 na casa onde residia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, em razão de complicações geradas por uma pneumonia.

Autor de 25 romances, dois livros de memórias, oito peças de teatro e centenas de ensaios, Vidal alimentou com gosto a persona do intelectual público, midiático e controversista. É autor de "Juliano, Apóstata" e "Hollywood", entre outras obras e se consagrou como roteirista de cinema, com textos de "Calígula" (1979) e "Paris Está em Chamas?" (1966), e também teve muito sucesso como autor de peças de teatro.

Candidato eterno ao Nobel da Literatura, Vidal era primo de Al Gore e meio-irmão de Jacqueline Kennedy

O norte-americano era considerado um dos intelectuais mais críticos à política oficial de seu país, junto a Susan Sontag, Noam Chomsky e Norman Mailer. Ao lado de Mailer e Truman Capote, também era tido como um dos melhores escritores e pensadores dos Estados Unidos. Vidal foi um ávido escritor e frustrado político cuja produção literária girou em torno do romance histórico, da sátira sobre o estilo de vida dos americanos e da ficção científica.

Em 1993, obteve o Prêmio Nacional do Livro dos Estados Unidos por seu ensaio "United States Essays, 1952-1992". No campo da política, Vidal não conseguiu o mesmo sucesso. Nos anos 60, teve um papel muito ativo dentro das fileiras mais liberais do Partido Democrata e se apresentou sem sucesso para o posto de congressista pelo Estado de Nova York. Entre 1970 e 1972, presidiu o People's Party (de tendência liberal), e em 1982 se apresentou como senador pela Califórnia e ficou perto de conquistar uma cadeira no Congresso ao obter mais de 500 mil votos.

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