segunda-feira, 23 de abril de 2012

ROTEIRO TURÍSTICO: PÃO E VINHO, HISTÓRIA E CULTURA



Um roteiro turístico que una o pão e o vinho e conte um pouco mais da história da imigração italiana no Brasil. Para concretizá-lo, seis prefeitos do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, estiveram nesta quarta-feira (18) com o secretário executivo e ministro interino da Cultura, Vitor Ortiz. Uma vez constituído oficialmente, o chamado Caminho dos Moinhos será formado por moinhos quase centenários, erguidos pelos primeiros moradores da região. Essa rota futuramente se agregaria ao Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha.

O ponto de partida para a formação do Caminho seria a recuperação do moinho Castaman, em Arvorezinha, já tombado em nível municipal e cujo processo (061102/210) está cadastrado no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). Embora não haja recursos previstos no orçamento do Ministério para a restauração desse e de outros complexos – Dallé e Vicenzi, em Anta Gorda; e Marca, em Putinga –, Vitor Ortiz se comprometeu a trabalhar para que o projeto possa ser contemplado brevemente.

“Vamos ver se conseguimos coordenar as agendas, que pode ser em maio, para marcarmos uma reunião em que vai o Luiz Fernando (de Almeida, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [Iphan], que participou da reunião com os prefeitos), nossa assessoria parlamentar e o pessoal da Secretaria da Articulação Institucional para ficar um dia lá (na região). Temos que levar o governo do Estado. Vamos sentar e fazer um pacto, combinar um movimento que envolva a bancada (federal) do Rio Grande do Sul”, disse o ministro interino.

Os moinhos Colognese, em Ilópolis, e o Fachinetto, em Arvorezinha – que completariam o circuito – já passaram por revitalização. Dos seis, o único que não está funcionando é o Castaman. Vitor Ortiz deixou claro aos prefeitos que não existe nenhuma garantia de liberação de recursos : “não podemos prometer dinheiro. Podemos nos comprometer a defender o projeto do moinho Castaman, para ver se liberamos os recursos de recuperação esse ano”.

O custo estimado de recuperação é de cerca de R$ 2 milhões por unidade. Para tanto, Claudir Fachinetto, presidente da Associação dos Amigos dos Moinhos do Vale do Taquari, adiantou que já há projeto de restauração de três deles – Marca, Dallé e Castaman. O projeto foi apresentado por Manuel Touguinha, idealizador e diretor do Museu do Pão e do Caminho dos Moinhos.

Durante o encontro, a comitiva de prefeitos salientou que a região tem alto potencial turístico e cultural, e que a concretização da Rota do Pão e do Vinho, agregando os moinhos ao Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, movimentaria a economia de mais de 80 municipios da região.

(Texto: Fabio Grecchi, Ascom/MinC)
(Fotos: Roberto Nociti, Ascom/Minc)

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