segunda-feira, 21 de março de 2011


Ilusão do signo


Hoje é o dia da poesia iniciar-se em seu contemporâneo.
Anuncio-me com ela no perdão das águas.
Esfera das artes sobre mim.

Á luz do livro dos corações da alma,o sábio pronuncia os dons que a lua guarda.
Os duendes ofertam a saga da maravilha nas rochas a rio.
Sinto a tua presença
O corpo em teu colo e minh’alma, esta alma em teu fogo.

A poesia rompe-se os laços e há de ver e viver como poucos saciarão-se, no longo mensageiro dos astros perto de um anjo.
A poesia surpreende a velha estrada sozinha e ama-te no carinho das boas novas e traz o pó dos cantos desta casa.

Primavera nos rios e nas serras da cidade
Ouro no fundo do arco-íris dos magos e alquimia, e o sol deixando, livre, beija-flor no encontro aos lábios de uma orquídea.

A poesia inicia-se um dia num tom dramático ou cômico.
Verbal ou criança
Singular ou aceso
E os caminhos irão descobrir a verdade duns homens.
E há por haver de querer luta e sacrifício

O sonho perdido procurando algum horizonte
Além dos vendavais
Ele vai compor uma canção de fé
Sobre a maré
Nos braços.
Poesia aventurando-se nas paredes e no tratado das ordens.
Mas não há estações
E não há poesia
O homem é um só
E a poesia não se inicia
Não se conclui.
Pois eis que vive!


" Poema de Aldo Moraes"
Postado em homenagem ao Dia Nacional da Poesia, 14 de março

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