segunda-feira, 29 de março de 2010

CONCURSO NELSON FREIRE OSB JOVENS SOLISTAS 2010


Está de volta o concurso destinado a abrir portas e dar oportunidade a jovens instrumentistas de piano, cordas, madeiras e metais de todo o Brasil, com a chancela de Nelson Freire



Inscrições até 20 de abril; finalíssima, dia 5 de junho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro



Os finalistas de fora do Rio terão transporte, estadia e diária de alimentação bancados pela Orquestra

AS PEÇAS SÃO DE LIVRE ESCOLHA DENTRO DOS CRITÉRIOS DO EDITAL

Tradição na história da Orquestra Sinfônica Brasileira, os Concursos para Jovens Solistas começaram nos anos 50 e ganharam enorme projeção pelas mãos de Eleazar de Carvalho. As muitas edições revelaram grandes músicos como Cristina Ortiz, Antonio Guedes Barbosa, Fany Solter, Arnaldo Cohen e, naturalmente, Nelson Freire – que chancela pela terceira vez a iniciativa. Em 2010, dentro das celebrações dos seus 70 anos, a Orquestra Sinfônica Brasileira realiza seu Concurso Nelson Freire OSB Jovens Solistas com final no dia 5 de junho, em que serão premiados concorrentes em duas categorias: 1) piano e 2) cordas, madeiras e metais. Todas as provas serão com peças de livre escolha dos candidatos dentro dos critérios do edital e todos os candidatos aprovados para vir ao Rio terão transporte, estada e diária de alimentação pagas pela OSB.

As inscrições estão abertas até 20 de abril (veja o edital completo abaixo). Serão selecionados até doze candidatos através de material enviado pelo correio, incluindo um CD e cartas de recomendação. A idade limite dos participantes é 26 anos (completados em 2010). O juri será presidido pelo próprio Nelson Freire (confira o texto do pianista sobre o Concurso no Box) e a coordenação artística do concurso é de Rosana Martins – ela mesma, outra das revelações musicais precoces do concurso, que mais tarde abandonou o piano.

“É uma missão essencial de uma grande orquestra incentivar a descoberta de novos talentos”, diz o maestro Minczuk. “A OSB foi pioneira nesta iniciativa no País e vem cumprindo essa missão há mais de 50 anos”. O titular lembra também que nos dias de hoje há pouquíssimos - ou talvez nenhum concurso nacional abrangendo instrumentistas variados. “Nós estamos muito felizes pela chancela de Nelson Freire, que reforça o fato de que é fundamental para um jovem músico participar de uma competição, experimentar um parâmetro de qualidade que balizará sua vida profissional e encarar uma disputa para consolidar seu amadurecimento artístico e pessoal”.



Os Prêmios

Cada categoria premiará três concorrentes. O primeiro colocado receberá R$ 8 mil, o segundo R$ 5 mil e o terceiro, R$ 3 mil. O primeiro colocado de cada categoria também será solista de um concerto com a Sinfônica Brasileira. Outras Orquestras do país já ofereceram também premiação adicional em forma de concerto – são elas as de Santos (regente titular, Luis Gustavo Petri), Ribeirão Preto (regente titular, Cláudio Cruz) e a Filarmônica de Minas Gerais (regente titular, Fábio Mechetti).



A Orquestra Sinfônica Brasileira é mantida pela Vale e pela Prefeitura do Rio de Janeiro com apoio do BNDES.

Mais informações sobre a Orquestra Sinfônica Brasileira: www.osb.com.br
Jim Marshall, o fotógrafo do Rock


Morreu, na semana passada, em um quarto de hotel, em Nova Iorque, enquanto se preparava para ir até uma exposição em sua homenagem, Jim Marshall, que registrou em fotos, boa parte da história do rock and roll, principalmente nas emblemáticas décadas de 60 e 70.

Emblemática também foi a morte de Marshall, pois muitos de seus fotografados também se foram em quartos de hotel, como Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison.

Marshall também registrou momentos privados e públicos de três lendas do Jazz: John Coltrane, Thelonius Monk e a cultuada personalidade que foi Miles Davis e fez a cobertura do Festival Woodstock, em 1969.


Conservatório de Tatuí inscreve para Concurso Nacional de Luteria


Construtores dos três melhores violões receberão R$ 18 mil em prêmios



O Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, instituição cultural do Governo de São Paulo, inscreve até o dia 3 de maio para a terceira edição do Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli”. Após duas edições destacando luthiers de violino, neste ano o concurso premiará os melhores luthiers de violão. Os três premiados receberão um total de R$ 18 mil.



O concurso tem como objetivo dar continuidade ao estímulo e divulgação da criatividade e vocação de artistas que se dedicam à construção do violão como forma de expressão artística, e colocar à prova a capacidade construtiva de cada participante, num confronto de conhecimentos que levem à evolução do luthier e da luteria no Brasil, incentivando ao mesmo tempo o gosto do público pela arte da fabricação artesanal do violão.



Podem disputar o III Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” – Modalidade Violão todos aqueles que exercem a luteria em caráter autônomo, empregado, profissional ou amador. As inscrições podem ser feitas até o dia 3 de maio. Para se inscrever, é preciso acessar a ficha de inscrição no site www.conservatoriodetatui.org.br, preenchê-la e encaminhá-la com os documentos necessários ao Conservatório de Tatuí, à rua São Bento, 415 – Centro – Tatuí-SP – CEP 18270-000. A taxa de inscrição é de R$ 52,00 e deve ser depositada no Banco Nossa Caixa, agência n.° 0005-1, conta corrente n.° 04-000516-3.



A inscrição garante a participação do candidato, que pode participar com até dois violões do concurso. Os instrumentos podem ser enviados ao Conservatório de Tatuí até o dia 24 de maio. Uma comissão julgadora avaliará critérios construtivos e acústicos. Entre os critérios construtivos, estão o nível técnico, funcionalidade, qualidade do acabamento e acabamento interno. Entre as características acústicas a serem avaliadas estão itens como timbre, volume e projeção sonora, equilíbrio entre as cordas e facilidade de execução.



O autor do violão premiado em primeiro lugar receberá R$ 8 mil. O que ficar em segundo lugar receberá R$ 6 mil e, o terceiro, R$ 4 mil. Todos os premiados também receberão medalhas. O quarto colocado receberá uma menção honrosa. A solenidade de premiação acontecerá no dia 6 de junho, no Teatro Procópio Ferreira, com uma apresentação musical utilizando-se os instrumentos vencedores.



O concurso integra a programação do III Encontro Internacional de Violonistas, que será realizado de 3 a 6 de junho.





SERVIÇO

Concurso Nacional de Luteria “Enzo Bertelli” – Modalidade Violão

Inscrições até 26 de maio de 2010

Taxa de inscrição: R$ 52,00

Informações: www.conservatoriodetatui.org.br/eviolonistas - f: 15 32058444

Marcelo Fagerlande e Ana Cecilia Tavares lançam o CD "A Arte da Fuga"

A obra-prima de J.S. Bach foi gravada em CD pelos cravistas Ana Cecilia Tavares & Marcelo Fagerlande. O CD será distribuído a partir de 2010 pelo Selo Clássicos (Clássicos Editorial Ltda., São Paulo).
Composta por Bach, o ciclo de quatorze Fugas e quatro Cânones não foi finalizado, ficando a última fuga inacabada e criando um véu de mistério a respeito da obra.
A versão apresentada no CD traz as Fugas para quatro vozes executadas por dois cravos. Os Cânones, sempre a duas vozes, são executados por apenas um cravo, e a única Fuga a três vozes executada por um cravo. Trata-se da primeira gravação da Arte da Fuga no Brasil e é o primeiro CD de dois cravos realizado no país.

Sobre o CD "A Arte da Fuga":

"Arte da Fuga" é considerada uma das maiores obras musicais da História da Música, representando a culminância do pensamento polifônico, em que várias vozes, ou melodias, se entrelaçam sem perder sua identidade dentro da trama musical assim construída.

Composta por um dos maiores gênios da Música Ocidental, Johann Sebastian Bach (1685-1750), a obra consiste em um ciclo de quatorze Fugas e quatro Cânones. A "Arte da Fuga", além de suas inegáveis qualidades musicais, está envolta em alguns mistérios, como: para que instrumento ou grupo de instrumentos teria sido composta (já que Bach não publicou esta informação como é de praxe)? Ou ainda, por que motivo Bach não finalizou a obra, deixando a última Fuga inacabada?

Este ciclo magistral, uma das últimas composições da autoria de Bach, tem sido alvo de muitos estudos e especulações, até mesmo de caráter místico. Uma das relações presentes na música do gênio alemão é aquela que relaciona letras e números. Assim, a soma das letras do nome do compositor, segundo a notação alfabética alemã (B+A+C+H = 2 + 1 + 3 + 8 = 14), equivale ao número de Fugas da obra, fato considerado por muitos como proposital.

Muitos intérpretes têm preferido executar a "Arte da Fuga" em instrumentos de teclado, como o cravo ou órgão, prediletos do compositor. Apesar disso, inúmeras transcrições têm sido feitas, permitindo sua execução por orquestras sinfônicas, quartetos de cordas, conjunto de metais, quarteto de saxofones, e outras formações.

A versão apresentada neste CD traz as Fugas para quatro vozes executadas por dois cravos, os Cânones, sempre a duas vozes, executados por apenas um cravo, e a única Fuga a três vozes executada por um cravo.

Os intérpretes:

Ana Cecilia Tavares, natural do Rio de Janeiro, é radicada em Brasília. Mestre em cravo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro fez especialização em Paris com a cravista Huguette Dreyfus no ciclo de Perfectionement em cravo, obtendo os prêmios: Prix d’Excellence e Prix de Virtuosité.

Estudou baixo cifrado com Olivier Baumont, participou de eventos internacionais de cravo e música de câmara, master classes com Christophe Rousset, Kenneth Gilbert, Pierre Hantaï e apresentou-se em diferentes cidades francesas.

Foi vencedora do VI Prêmio Eldorado de Música em São Paulo, gravando disco solo pelo selo Eldorado. Gravou um CD para cravo solo com obras de Bach e Froberger e ainda CDs camerísticos com o Estúdio Barroco e com o Trio Barroco de Brasília. Apresenta-se regularmente em recitais solo, música de câmera e orquestral em Brasília e em diferentes teatros no país.

É professora de cravo no CEP- Escola de Música de Brasília exercendo também atividades didáticas nos 28º e o 31º Cursos Internacionais de Verão da Escola de Música de Brasília e na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde ministrou um curso de extensão. Publicou um trabalho na Revue de Musicologie (França).

Marcelo Fagerlande, natural do Rio de Janeiro, é graduado em cravo com grau máximo pela Escola Superior de Música de Stuttgart (em 1986, na classe de Kenneth Gilbert), e Doutor em Musicologia pela Uni-Rio (2002). Realizou em 2004/2005 um estágio pós-doutoral no Institut de recherche sur le patrimoine musical en France (IRPMF/CNRS), Paris. É professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1995.

Realizou concertos por todo o Brasil e nos Estados Unidos, México, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Hungria e Uruguai. Dirigiu óperas de Monteverdi, Telemann, Boismortier e Purcell e espetáculos musicais de sua criação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Sala Cecilia Meireles, no Teatro Amazonas, no Teatro de Santa Isabel (Recife) e nos Centros Culturais Banco do Brasil no Rio, São Paulo e Brasília.

Gravou diversos CDs no Brasil e na Alemanha – com destaque para Marcelo Fagerlande no Museu Imperial, Bach e Pixinguinha (Núcleo Contemporâneo) e Modinhas Cariocas (Biscoito Fino). Publicou O Método de Pianoforte de José Maurício (Relume-Dumará). Site: www.marcelofagerlande.com.br

Revista CONCERTO
Tel. (11) 5535-4345
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sexta-feira, 26 de março de 2010


Um passeio pelo Choro Brasileiro



A palavra passeio traz na sua sonoridade uma alegria, uma magia, haverá quem há de dizer que talvez magia sim, mas que alegria não condiz com a palavra choro, mas o passeio e o choro são a chave para abrir os portões que levam a nossa música primeira.



Esse passeio nos levará ao entrar a um espaço peculiar onde passado e presente se juntam em um segredo sussurrado pelo pontilhar de violões sorridentes amparados pelo pulsar de um pandeiro menino e uma harmonia penetrante de um cavaquinho seresteiro, e sobre esse cenário desabrocham trilos de uma flauta chorosa, e risos de um bandolim, e conduzidos pôr tão solene anfitrião adentramos em mágicas praças, alamedas, ruas, onde se deslumbra o choro brasileiro.



Domingo, dia 28 de Março, apresentaremos no Teatro Juca Chaves o recital “Um Passeio pelo Choro Brasileiro”, um passeio musical pela história deste gênero com histórias e curiosidades dos compositores e de suas composições.



Dia 28 de Março (Domingo) às 11h00min

Teatro Juca Chaves – Um passeio pelo Choro Brasileiro

Rua João Cachoeira 899 – Itaim Bibi – Dentro do Extra Itaim

350 Lugares - Duração: 90 minutos

Informações e Bilheteria (11) 3073-0044



Ingressos:

R$ 20,00 (inteira) - R$ 10,00 (meia-entrada) - R$ 15,00 com a apresentação do flyer ou este convite impresso.



Participe, contamos com a sua presença e se possível repasse o convite aos amigos!!



Atenciosamente,



Conjunto Retratos
www.conjuntoretratos.com.br

Paulo Gilberto (Flauta), César Ricardo (Violão 7 Cordas), Alex Mendes (Bandolim), Alexander Procópio (Violão 6 Cordas), Fernando Henrique (Cavaquinho) e Marcelo Souza (Pandeiro).

quinta-feira, 25 de março de 2010



KUROSAWA 100 ANOS

Os 100 anos de nascimento ( 23 de março) do mestre japonês, o cineasta Akira Kurosawa me remeteu à memória a instigante obra do compositor norte-americano John Cage, a quem estudo e visualizo o grande renovador da música contemporânea nos EUA, na segunda metade do século XX. Obra e compositor tão improvável quanto provocador numa sociedade tantas vezes superficial e consumista.

Mas o fato é que me lembrei de Cage, porque comecei a ter contato com a obra dos mestres simultâneamente, no início dos anos 80. E devo isto às madrugadas de cinema e televisão, ao crítico Carlos Eduardo Lourenço Jorge e a musicista Janete El Haouli, estimuladores de um novo pensar em nossa formação cultural.

Voltando aos tempos de menino, sinto que as imagens e as fábulas do onírico e do inconsciente me marcaram e me atraíram profundamente ao ter os primeiros contatos com o cinema de Kurosawa. Revi muitas vezes seus filmes e sempre os recomendo. São atitudes de coragem e beleza perante as possibilidades do cinema>

Alguns filmes do mestre: SONHOS, RASHOMON, RAN, KAGEMUSHA e SETE SAMURAIS.


( Aldo Moraes
composermoraes@hotmail.com )

quarta-feira, 24 de março de 2010


O disco Ednardo - O Romance do Pavão Mysteriozo, gravado originalmente em 1974 pela RCA, é relançado em CD em março de 2010 pela Sony Music.


A masterização do original do LP de 1974 para o CD em 2010 está muito boa, parabéns ao Charles Gavin (ex-baterista dos Titãs) que realizou a reedição deste disco.

Este CD traz as obras emblemáticas inaugurais de Ednardo, que faz deste seu primeiro disco solo gravado em 1974 um belíssimo painel no cordel urbano e humano com 12 faixas com músicas e letras atualíssimas e arranjos primorosos, junto com vários parceiros como Augusto Pontes, Fausto Nilo, Brandão, Tânia Cabral.



MÚSICAS

Carneiro - Ednardo e Augusto Pontes
Avião de Papel - Ednardo
Mais um Frevinho Danado - Ednardo
Ausência - Ednardo
Varal - Ednardo e Tânia Cabral
Dorothy L'Amour - Petrúcio Maia e Fausto Nilo
Desembarque - Ednardo
Trem do Interior - Ednardo e Fausto Nilo
Alazão (Clarões) - Ednardo e Brandão
A Palo Seco - Belchior
Águagrande - Ednardo e Augusto Pontes
Pavão Mysteriozo - Ednardo



FICHA TÉCNICA

Supervisão Geral - Osmar Zandomenigui
Coordenação Geral - Antonio de Lima
Coordenação Artística e Direção de Estúdio - Walter Silva
Técnicos de Som - Stelio Carlini / G. João Kibelkstis (Joãozinho) / Edgardo Alberto Rapetti
Técnicos de Mixagem - Walter Lima / Edgardo Alberto Rapetti
Fotos - Gerardo Barbosa Filho
Direção de Arte das Capas - Tebaldo
Desenhos - Ednardo
Gravação e Mixagem - Estúdio A da RCA em São Paulo - 16 Canais


MÚSICOS
Arranjos e Regências - Hareton Salvanini / Heraldo do Monte / Isidoro Longano
Sobre idéias de arranjos musicais de Ednardo
Violão e Percussões - Ednardo
Viola e Guitarra - Heraldo do Monte
Flauta e Sax Tenor - Isidoro Longano (Bolão)
Banjo - Luiz de Andrade
Contra Baixo (Acústico e Elétrico) - Gabriel J. Bahlis
Bateria - Antonio de Almeida (Toniquinho)
Tímpanos - Ernesto de Lucca
Tumbadoras - Rubens de S. Soares
Percussões - José Eduardo P. Nazário / Jorge H. Silva / Dirceu S. de Medeiros (Xuxu)
Piano Cravo (elétrico) - José Hareton Salvanini
Flauta / Pícolo - Demétrio S. de Lima
Flauta / Sax Alto - Eduardo Pecci
Clarinete - Franco Paioletti
Oboé - Benito S. Sanchez
Baixo Tuba - Drausio Chagas
Pistons - Sebastião J. Gilberto (Botina) / Settimo Paioletti
Trombones -Roberto J. Galhardo / Antônio Secato
Violoncelos - Ezio Dal Pino / Flabio Antonio Russo
Violinos - Jorge G. Izquierdo / Oswaldo J. Sbarro / Caetano D. Finelli / Dorisa Soares Antonio F. Ferrer / German Wajnrot / Alfredo P. Lataro / Joel Tavares
Participação Especial - Amelinha no Vocal da faixa "Ausência"







CORDEL COMO VERTENTE E RECRIAÇÃO





"O Romance do Pavão Mysteriozo" é proposta de cordel reinventado a partir de códigos urbanos. O ponto de partida é o clássico, o lado fantástico da literatura popular, num discurso que reforça a crônica da chegada, para voltar ao mesmo tempo.
Agora nosso interesse maior se concentra na recriação da faixa que dá título ao disco. O Pavão Mysteriozo é dos romances mais vendidos nas feiras nordestinas. É a interferência do "aeroplano pavão / ou cavalo do espaço / que imita o avião" do texto de cordel. Ou o "Pássaro formoso / tudo é mistério nesse teu voar / ah se eu corresse assim / tantos céus assim / muita história eu tinha pra contar" da canção de Ednardo.


O que seria um problema de impossibilidade amorosa, a libertação da condessa Creusa da torre de um castelo grego, ganha uma amplitude maior. Impotente, o homem sonha. Acossado, o artista transpõe o real e abre um leque de possibilidades - "Me guarda moleque / de eterno brincar / me poupa do vexame / de morrer tão moço / muita coisa ainda quero olhar"- tão rico e diversificado quanto a cauda dos mil sóis da pena do pavão na capa do disco.


Mas o Pavão é também metáfora para driblar o índex da repressão, em plena vigência do AI-5: "No escuro dessa noite / me ajuda a cantar / derrama essas faíscas / despeja esse trovão / desmancha isso tudo / que não é certo não,". "Um conde orgulhoso / mais soberbo do que Nero" de que fala o poeta popular, seria o mesmo, "Um conde raivoso / não tarda a chegar" da canção de Ednardo.


Só que a consciência deixa aberta a possibilidade de luta ao afirmar que "Nossa sorte nessa guerra / eles são muitos / mas não podem voar". O vôo não como fuga, mas como busca de transposição de barreiras, de saídas enquanto povo, tudo isso dito pelo poeta popular e reinventado por Ednardo que tomou o cordel como ponto de partida para esta canção, uma das vertentes de sua proposta musical.



Mais que a utilização, o recurso a uma forma de expressão popular para a transmissão de uma mensagem, o cordel entra nesta proposta como uma estrutura de gesta nordestina, arraigada ao coletivo e que vem à tona com toda uma proposta de pontuação, secura, contundência. É este material que Ednardo recria com sua vivência urbana, consciência crítica e formação universitária, com seu talento múltiplo e facetado, difícil de ser rotulado, rebelde aos encaixes na engrenagem da máquina.

Gilmar de Carvalho



Trecho do Livro - Referenciais Cearenses na Comunicação Musical de Ednardo
Gilmar de Carvalho - Professor de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará
Revista de Comunicação Social da UFC - 1983




Uma capa é uma EMBALAGEM um ENVO-LUCRO. Que não traduz satisfatoriamente o que está dentro dela, e mesmo porque nem precisa ser assim.
O Pavão é uma coisa bonita que "voa". "Voa" assim como eu enxerguei que ele voasse. Quando li o romance tudo estava daquele jeito -> escrito.
Todas as piruetas que o rapaz fez para livrar a moça do castelo do conde, resultaram num sentimento final anti-repressivo, livremente bonito, sem preocupações, porque o começo de cada coisa já contêm o seu fim.
E eu topei fazer este disco assim, como uma estória, para que ele se impregnasse e fosse irmão desse mesmo sentimento final: O Vôo, o Rapaz, a Moça, o Pavão, (e eu), sem assumir nenhuma pose * "fox-lórica" e/ou ** "folclórica".
O desenho do pavão foi um jogo de paciência, minha atividade lúdica enquanto o disco não vinha, enquanto não dava o carneiro.

Ednardo.

Texto de Ednardo no Livreto de Cordel que acompanhava o disco original com as letras de músicas e ficha técnica do disco.

Adam Makowicz - crédito Michel Sadowski

O Ano Chopin no Brasil apresenta o recital Chopin em dose dupla no SESC Vila Mariana

Dia 26 de março, sexta-feira, às 21h, acontece o recital Chopin em Dose Dupla com dois pianistas poloneses no palco, Adam Makowicz e Krzysztof Jablonsky, no SESC Vila Mariana, dentro das comemorações do Ano Chopin no Brasil. Realização: SESC São Paulo. Apoio Institucional do Consulado Geral da Polônia em São Paulo e da Embaixada da Polônia e Sociedade Chopin do Brasil. Ingressos entre R$ 16,00 e R$ 4,00.

Dois pianos no palco. Duas diferentes interpretações. Dois artistas excepcionais. Esta é a brilhante performance de Adam Makowicz e Krzysztof Jablonski, juntos tocando “Chopin”.” Adam Makowicz e Krzysztof Jablonski criaram este espetáculo inspirando-se nas composições de Chopin. O atrativo deste concerto não é ter no palco dois pianistas distintos, um de música clássica e outro de jazz, mas levar ao público a transição da música clássica que segue as partituras, para o improviso do jazz. A ideia é mostrar os dois gêneros de música e a harmonia de ambas.

As comemorações do Ano Chopin no Brasil começaram no dia 13 de março em um concerto com o grande solista Nelson Freire na Sala São Paulo. No dia 5 de abril acontece o recital de outra grande pianista, a portuguesa Maria João Pires que tocará em duo com o violoncelista russo Pavel Gomziakov, também na Sala São Paulo.

Programa:

KJ – Krzysztof Jablonski

AM - Adam Makowicz

F. CHOPIN

Preludio Op. 28 Nº 24 (KJ)

Preludio Op. 28 Nº 24 (AM)

Preludio em mi menor Op. 28 Nº4 (KJ)

Preludio em mi menor Op. 28 Nº 4 (AM)

Preludio em sol maior Op. 28 Nº 3 (KJ)

Preludio em sol maior Op. 28 Nº 3 (AM)

Balada em sol menor Op. 23 (KJ)

Balada em sol menor Op. 23 (AM)

Preludio em lá bemol maior Op. 28 Nº17 (KJ)

Preludio em lá bemol maior Op. 28 Nº17 (AM)

ADAM MAKOWICZ

Latino Nº2 para dois pianos (AM/JK)

*************Intervalo***************

F. CHOPIN

Scherzo em si bemol menor Op. 31 (KJ)

Polonaise em lá bemol maior Op. 53 (KJ)

ADAM MAKOWICZ

Living high in Manhattan (AM)

Sunset over the Hudson (AM)

Interface (AM)

F. CHOPIN

Preludio em lá maior Op. 28 Nº 7 (KJ)

Preludio em lá maior Op. 28 Nº 7 (AM)

ADAM MAKOWICZ

Mazurka Op. 17 Nº 4 para dois pianos (AM/KJ)

Ano Chopin - Na Polônia o ano foi aberto oficialmente no dia 31 de dezembro pelo ministro da Cultura, Bogdan Zdrojewski, na noite de Ano Novo em Zelazowa Wola, a casa onde nasceu Chopin, a 80 quilômetros a oeste de Varsóvia. No dia 01 de março será realizado um concerto de gala em comemoração ao aniversário de Chopin com Martha Argerich, com o pianista Dang Thai Son com a Filarmônica de Varsóvia e a Orquestra do Século XVIII. Eles interpretarão os concertos para piano e orquestra de Chopin. Martha tocará o concerto n.º 1 e Dang Thai Son o nº 2.

Em 2010 comemoram-se os 200 anos de nascimento de Frédéric Chopin (1810-1849) e ao longo do ano haverá por todo o mundo 2000 iniciativas, 1200 das quais na Polônia. Entre eles os de maior importância: A reabertura em março do Museu Chopin no Castelo Ostrogski em Varsóvia, o festival internacional “Chopin e a sua Europa” que vai reunir os maiores pianista do mundo, e em Outubro, o XVI Concurso Internacional Frédéric Chopin. Site com todos os eventos: http://chopin2010.pl/

Depois de ter vivido na Polônia até aos 20 anos, Frédéric Chopin deixou o país natal em novembro de 1830, antes da insurreição polaca contra a Rússia, e instalou-se primeiro em Viena e depois em Paris, onde morreu aos 39 anos, a 17 de Outubro de 1849.

Adam Makowicz , durante seis anos consecutivos, foi votado pela revista especializada “Jazz Forum,” como o “Pianista número um do jazz” Makowicz nasceu na Silesia ( Tcheca), de pais poloneses e em 1946 sua família fixou-se na Polonia Estudou com sua mãe tambem pianista e cantora e fez seus estudos nas escolas de música de Rybnik, Katowice e Krakowia. Aos 15 anos de idade, já demonstrava seu fascínio pelo jazz. Na Polonia comunista, o jazz era proibido, por ser considerado um produto do mundo ocidental decadente , porem cada vez mais fascinado pelo o que considerava o mundo da liberdade e improvisação, aos 18 anos abandonou a escola , a família , e seguiu o seu caminho de pianista de jazz. Na época era frequentador do lendário jazz club polonês "Helicon" na cidade de Krakowia.
Anos mais tarde, fundou com Tomasz Stańko the "Jazz Daring's" o primeiro duo europeu de jazz na Europa. Em 1977 por recomendação de
Benny Goodman e do promotor de jazz, Willis Conover, foi convidado para uma turnê de 10 semanas nos Estados Unidos. Durante este período, gravou seu primeiro album solo: "Adam" pela CBS Columbia.
No ano seguinte Adam voltou aos Estados Unidos aí se fixando e tocou nos mais importantes festivais e casas de jazz tais como : Greenwich Village Cookery Club, Newport Jazz Festival em Rhode Island e outros. Sua primeira apresentação no Carnegie Hall teve lugar durante o famoso concerto em memória a Errol Garner.
Nos Estados Unidos, tocou com Benny Goodman, Herbie Hancock, Earl Hines, Freddie Hubbard, Sarah Vaughan, George Mraz, Al Foster, Jack DeJohnette, Teddy Wilson, Charlie Haden e George Shearing. Apresentou-se com importantes orquestras tais como a National Symphony of Washington, a London Royal Philharmonic Orchestra, a Moscow Symphony Orchestra, e a Warsaw Philharmonic. Ao lado da carreira de pianista jazzístico Adam Makovicz tem em seu repertório, concertos com orquestra, recitais solo ou em duo. Com a música de Chopin, gravou vários Cds.Adam Makowicz recebeu do governo da Polonia a condecoração de “Oficial da Cruz do Mérito”

Krzysztof Jablonsky nasceu em Wroclaw, na Polônia. Começou seus estudos de piano aos 06 anos de idade com a professora Janina Butor e graduou- se na Academia de Música de Katowice . Foi aluno de Andrzej Jasinski e e deu seu primeiro concerto com orquestra aos 12 anosde idade.

Entre inúmeros prêmios recebidos durante a sua carreira de pianista estão : O terceiro prêmio no prestigioso Concurso Internacional de Piano Frédéric Chopin em Varsóvia, a medalha de ouro do Concurso A. Rubisntein em Tel A viv, Israel e o Prêmio "Jorge Bolet" da Walter Naumburg Foundation International Piano Competition in Nova York.

Krzysztof Jablonski se apresenta nas principais salas de concerto da Europa, America do Norte e do Sul e em Israel. Em 1999, formou com o celista Tomasz Strahl, o “Chopin duo”. Desde 2004, faz parte do”The Warsaw Piano Quintet” que foi fundado por Wladyslav Szpilman em 1962

De 1999 a 2006 Jablonski colaborou com o Teatro Wielki – Teatro Nacional de Ópera em Varsóvia tocando para o ballet "Fortepianissimo", cuja coreografia, foi inspirada na música de Chopin

Em 2005 - Jablonski se apresentou no National Philharmonic Hall in Varsóvia com a Orquestra do Século XVIII sob a direção de Frans Brüggen num histórico piano Erard, construido em 1849. Nesta especial série de concertos foi apresentado pela primera vez na Polonia a obra de Chopin em piano de época.

Com a Orquestra Filarmônica Nacional, tocou sob a regência de Andrey Boreyko, "Prometeu de Scriabin e com e com a Orquestra do Festival Grand Teton Music Festival. o concerto de Shostakovich n.1 para piano e orquestra. Krzysztof Jablonski fez várias gravações na Alemanha, Polonia e Japão. Na Polonia, gravou tres Cds com os Estudos, Preludios e Improvisos, para a a Edição Nacional das obras de Chopin projeto, dirigido pelo Prof. Jan Ekier Works for Piano and Orquestra.

Desde 1994 , Jablonski dá aulas de piano. Inicialmente na Academia de Música em Wroclaw, e depois na Academia de Música de Katowice, ambas na Polonia. Atualmente é professor da Academia de Música F. Chopin em Varsóvia ,desde 2004.

Em 2005, Jablonski foi membro do juri do XV Concurso Internacional F. Chopin em Varsóvia , do Concurso Internacional F. Chopin na Ásia e do Sétimo Concurso Chopin nos Estados Unidos.

A Sociedade Chopin do Brasil é uma Sociedade sem fins lucrativos filiada à International Federation of Chopin Societies - Varsóvia / Polônia. Fundada em 1994, seu concerto de inauguração no Theatro Municipal de São Paulo teve como convidado o pianista Nelson Freire. Oficializada em 1999, a Sociedade Chopin vem realizando eventos de alto nível artístico junto a prestigiosos espaços culturais do Brasil e tem como objetivo, divulgar a música erudita, formar platéias através de eventos voltados para comunidade, promover intercâmbios culturais, elaborar e executar projetos. Durante estes 11 anos de existência vem realizando eventos dando ênfase sobretudo a divulgação de Chopin e de seus maiores intérpretes tais como: Apresentação dos pianistas Nelson Freire e Martha Argerich na Sala São Paulo e em Porto Alegre, solistas no “Festival de Campos de Jordão,” “Recital do pianista Nelson Freire no Theatro Municipal do Rio de Janeiro”, Concertos da OSESP no Rio, e as séries de concertos : “Chopin por seus intérpretes ” em Porto Alegre em comemoração dos 150 anos da morte de Chopin,“Festival Chopin” em Pernambuco e o Ciclo Chopin ” em São Paulo .

Foi responsável pelo “Concerto de inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo” onde apresentou o 1o prêmio Chopin de Varsóvia – Dang Thai Son e neste mesmo espaço realizou as séries : “Piano em nove terças”, “Viagem musical a terra dos czares ” projeto de divulgação dos compositores e intérpretes russos e como incentivo a novos talentos, a série “Estrelas do Amanhã ” no CCBB de Brasilia. Com algumas escolas de São Paulo, realizou o projeto educacional “Conheça São Paulo pela música”. Atualmente em parceria com a pianista Maria João Pires, desenvolve projeto educacional na Bahia .

Serviço:

Recital Chopin em Dose Dupla

Pianistas Adam Makowicz e Krzysztof Jablonsky

Dia 26 de março, sexta-feira, às 21h,

Ano Chopin no Brasil

Local: SESC Vila Mariana

Rua Pelotas, 141

Telefone: 5080-3000

Ingressos R$ 16,00 (inteira)

R$ 8,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)

R$ 4,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)

Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC

Indicação: Não recomendado para menores de 12 anos

Mais informações com a assessoria de imprensa, a Bemelmans Comunicações, Miriam Bemelmans (MTB 26.374) pelos telefones (11) 3034-4997 e (11) 9969-0416, pelo e-mail miriam@bemelmans.com.br ou pelo site www.bemelmans.com.br

Miriam Bemelmans
(11) 3034-4997
(11) 9969-0416
miriam@bemelmans.com.br
http://www.bemelmans.com.br

DANILO MORAES e os Criados Mudos no Café Piu Piu

Apresentando novas composições, nesta quarta-feira, 24/03, às 21:30



Ao lado dos Criados Mudos (os músicos Zé Nigro no baixo e nos teclados e Guilherme Kastrup na bateria e percussão), Danilo Moraes apresenta o repertório de seu novo disco. Com lançamento no segundo semestre de 2010, o novo álbum de Danilo Moraes e os Criados Mudos trará composições inéditas e parcerias com Céu, Chico César, Rodrigo Campos, Zeca Baleiro, Giba Nascimento, Anelis Assumpção,Thalma de Freitas, entre outros. No Café Piu Piu, o trio apresenta parte deste novo reperório e outras canções de autoria de Danilo.

Serviço:
Danilo Moraes e os Criados Mudos
Quarta, 24/03/2010 às 21:30
R$ 10,00
Café Piu Piu - Rua 13 de Maio, 134
Bixiga - São Paulo - SP
fone: 11 3258-8066




NOTAS CULTURAIS :


Anúncio do Festival de Música de Londrina prevê para o mês de julho: Fafá de Belém, Concerto Vivaldi-Piazzola ( as quatros estações ), Concerto Carmina Burana e o Maestro japonês Daiseku Soga. O FML completa 30 anos em 2010.
www.fml.com.br



Prossegue até o fim de março o Festival de Teatro de Curitiba com grandes espetáculos, num dos maiores eventos do gênero na América Latina. As peças Macbeth, com Renata Sorah e Daniel Dantas e Canções para ninar dinossauros, de Mário Bortolotto são dois grandes destaques do Festival, que recebeu ampla critica na Folha de São Paulo.
www.festivaldecuritiba.com.br




O livro de partituras A obra coral de Henrique de Curitiba, organizado por Glacy Antunes, será lançado em 26 de março, as 21 hs, na Capela Santa Maria, em Curitiba, Paraná. A obra reúne a produção mais representativa do compositor, pianista e professor , que faleceu em 2008 e era irmão do flautista Norton Morozowicz.




O informativo de literatura Arte Brasil, distribuído gratuitamente para os 27 Estados Brasileiros, tem reunido os maiores poetas e escritores brasileiros, que fazem parceria com o mantenedor do periódico, o Instituto Cultural Arte Brasil.
Veja alguns destes autores e seus trabalhos neste blog.




Exposição de Dmitri Fuganti
O jovem pintor e que já vem planejando e trilhando uma trajetória interessante expõe seu trabalho em arte digital, óleo sobre tela e nanquim sobre papel na Casa de Cultura José Gonzaga Vieira, até 29 de março
Avenida Higienópolis, 1910 Londrina PR



A Folha de São Paulo publicará até março de 2011, uma retrospectiva
de quadrinhos do cartunista Glauco, perfazendo sua carreira, desde
a década de 1970, no mesmo espaço em que o famoso cartunista,
falecido recentemente publicava seu personagem Geraldão.
www.folha.uol.com.br



A coreógrafa Roseli Rodrigues faleceu este mês, em São Paulo, vitima de câncer. Em 2009, ela conquistou o Premio Teatro de Dança pelo espetáculo “ Tango sob dois olhares” e era membro do Conselho Artístico do Festival de Dança de Joinville.

segunda-feira, 22 de março de 2010




Edelton Gloeden faz recital solo no SESC Ipiranga



Dia 25 de março, quinta-feira, às 21h, acontece o recital solo do grande violonista Edelton Gloeden no SESC Ipiranga, em São Paulo, no projeto Movimento Violão 2010. Um dos mais importantes músicos brasileiros, com destacadas atuações por todo o Brasil e exterior, Edelton Gloeden apresenta um repertório com obras dos compositores Alonso Mudarra, Manuel de Falla, Frederic Mompou, Abel Carvelaro, Julián Orbón e dos brasileiros Camargo Guarnieri, Ronaldo Miranda e Heitor Villa-Lobos. Grátis!




Programa:



Alonso Mudarra - Libro de musica en cifras para vihuela

- Pavana de Alexandre

- Gallarda

- Diferencias sobre Conde Claros

- Fantasia X que contrase la harpa en la manera de Ludovico





Manuel de Falla - Homenaje, pour le Tombeau de Claude Debussy





Frederic Mompou - Cançó i dansa nº. 13

1 - El cant dels ocells

2 - El bon caçador





Abel Carlevaro - Campo (Prelúdios americanos)





Julián Orbón - Preludio y danza (1950)





Camargo Guarnieri - Valsa-chôro n.º 1 (1954)

Ponteio (1944)





Ronaldo Miranda - Appassionata (1984)





Heitor Villa-Lobos - Estudo nº 11 (1929)

Prelúdio nº 3 (1940)

Estudo nº 10 (manuscrito de 1928)



Edelton Gloeden teve entre seus mestres Eduardo Fernandez, Henrique Pinto, Guido Santórsola e Abel Carlevaro.

Apresenta-se em recitais solo, com grupos de câmara, e em concertos com orquestra em todo o Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa. Tem se dedicado intensamente ao repertório brasileiro, realizando inúmeras primeiras audições de obras de compositores como Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Cláudio Santoro, Mário Ficarelli, Paulo Costa Lima e Gilberto Mendes.

Edelton Gloeden é Doutor em Artes pela Universidade de São Paulo, onde é professor no Departamento de Música. É presença constante nos mais importantes festivais de música em todo o Brasil, entre eles os de Campos do Jordão, Brasília, Londrina, Porto Alegre, Ouro Preto, Poços de Caldas, Guaratinguetá e João Pessoa.

De 1994 a 2008, foi o produtor e apresentador do programa Violão em Tempo de Concerto, transmitido semanalmente pela Rádio USP-FM da Universidade de São Paulo, e de séries especiais sobre o repertório violonístico realizadas para a Rádio Cultura FM de São Paulo.

Em sua discografia, destacam-se os CDs Uma Festa Brasileira, com violão e flauta (Paulus), Os Anos 20 (EGTA) e, com o Quarteto Brasileiro de Violões, Encantamento, Essência do Brasil e Four Bach Suites for Orchestra (Delos International - EUA).

Recebeu, em 2001, uma das mais importantes premiações da música de concerto no Brasil, o Prêmio Carlos Gomes, na categoria Solista Instrumental.

Em 2008 e 2009, foi diretor artístico do “Festival Leo Brouwer” em São Paulo, com a presença do artista cubano, evento patrocinado e organizado pela USP, SESC e Instituto Cervantes.



Serviço:

Dia 25 de março, quinta-feira, às 21h

Edelton Gloeden - Violão

Local: SESC Ipiranga

Rua Bom Pastor, 822

Tel: (11) 3340-2000

Grátis!

Retirar os ingressos com uma hora de antecedência na Bilheteria

Mais informações com a assessoria de imprensa, a Bemelmans Comunicações, Miriam Bemelmans (MTB 26.374) pelos telefones (11) 3034-4997 e (11) 9969-0416, pelo e-mail miriam@bemelmans.com.br ou pelo site www.bemelmans.com.br



Miriam Bemelmans
(11) 3034-4997
(11) 9969-0416
miriam@bemelmans.com.br
http://www.bemelmans.com.br

Canção sobre Rimbaud

"Enivré à la pisotiére
à la pisotiére
à la pisotiére
de l'auberge amoureux de la bourrache
et que dissout,un rayon !"
( Les délires- Arthur Rimbaud )


Escrevi uma angustiante canção para tenor ( recitativo e canto ) e violão quando conheci o texto do poeta francês Arthur Rimbaud e me empolguei com suas possibilidades e as da língua francesa.

Ao mesmo tempo que o tema,dava margens para alusões óbvias ( de imagens e sons )procurei ressaltar, também sutilezas outras que o mundo da loucura proporciona : novas funções musicais, que até certo ponto podem soar banais, mas que revelam a vontade extremada do encontro consigo mesmo.

Do aspecto musical, o violão é lembrado como o instrumento mais íntimo, mais sutil e reservado. E por outro lado, o instrumento, que dá voz aos seresteiros noturnos, aos bêbados, aos desesperados e aos revolucionários. O tenor ; voz masculina mais popular no repertório lírico; é contrariada, por que imposta à um recitativo violento e desvairado. A idéia do delírio começa com a proposta de um compasso menos comum em música ( 3/8 ), o recitativo do tenor ( rítmico, sem indicação de notas ) e um violão sutilmente melódico-harmônico-atonal ( que se guia pelos trastes do violão em movimento ascendente, mantendo uma montagem de dedos ; e cuja proposta é a do termo aleatório : jogo de azar determinado pelo acaso ).

Como os acordes ascendem as casas do violão sem uma conexão tonal entre um e outro, o instrumento presta-se ao atonalismo. Um solo no violão, antecipa um momento de lucidez, que o tenor entoa em 13 notas dós repetidos. Retorna a liberdade tonal da voz e, um violão, grave e indeciso ( oscilando entre batidas forte/fraca ) encerra a composição.

Aldo Moraes
Publicado em 1997 no Jornal Aliança Francesa

ARTES PLÁSTICAS ( VIK MUNIZ )

Vik Muniz (1961), artista plástico brasileiro, radicado em Nova York, que faz experimentos com novas mídias e materiais e sobre o qual tenho lido e acompanhado a trajetória.

Nos trabalhos interessantes de Muniz, há duas réplicas detalhadas da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci: uma feita com geléia e outra com manteiga de amendoim.

Também trabalhou com açúcar, fios, arame, e xarope de chocolate, com o qual produziu uma recriação da Última Ceia de Leonardo.

Reinterpretou várias pinturas de Monet, incluindo pinturas da Catedral de Rouen, que Muniz produziu com pequenas porções de pigmento aspergidas sobre uma superfície plana. Ele fez as imagens com açúcar mascavo.

Em seu quadro de Sigmund Freud, usou calda de chocolate para criar a imagem.

Para sua série Sugar Children (Crianças do Açúcar), Muniz foi para uma plantação de açúcar em St. Kitts para fotografar filhos de operários que trabalham lá. Após voltar para Nova York, ele comprou papel preto e vários tipos de açúcar, e copiou os instantâneos das crianças espalhando os diferentes tipos de açúcar sobre o papel e fotografando-o.

Mais recentemente, tem criado obras em maior escala, tais como imagens esculpidas na terra (geoglifos) ou feitas de enormes pilhas de lixo. Para sua série "Imagens das Nuvens" série, ele fez com que um avião de publicidade desenhasse com fumaça contornos de nuvens no céu.

Muniz fez uma exposição individual no University of South Florida Contemporary Art Museum, em Tampa, Flórida, atualmente denominada "Vik Muniz: Reflex".
Esta exposição, organizada pelo Museu de Arte de Miami, esteve em exposição no Seattle Art Museum e no PS1 Contemporary Art Museum em Nova York. Até janeiro de 2008, a exposição esteve em exibição no Musée d'Art Compemporain em Montreal, Quebec (Canadá).
Muniz também publicou um livro, "Reflex - A Vik Muniz Primer" (2005: Aperture Foundation, Nova York), que contém uma compilação do seu trabalho e seus comentários sobre ele.
Seu trabalho também foi destaque no "The Hours-Visual Art of Contemporary Latin America" (2007), mostra apresentada no Museu de Arte Contemporânea de Sydney, New South Wales, Austrália.

AMARAL VIEIRA

O compositor Amaral Vieira tem feito uma brilhante carreira no Brasil e no exterior. Tendo participado de programas populares ( como o Jô Soares, na Globo) e gravado pela Paulinas, Vieira tem realmente divulgado a música brasileira e tem um público fiel no Japão, que o fez atingir a marca de mais de 200 cidades que já receberam seus concertos.

No Japão, Amaral Vieira é artista exclusivo da The Min-On Concert Association, uma das maiores agências de concertos de todo o Oriente.


Amaral Vieira tornou-se, no Japão, o mais conhecido artista brasileiro dentro de sua área. O público acorre sempre com incomum entusiasmo aos seus recitais, cujos ingressos se esgotam de dois a três meses antes de cada tournée. É importante ressaltar que os teatros japoneses são geralmente de grandes dimensões, chegando a comportar até 5.000 pessoas num único evento.

O artista, nascido em 1952, é muito aplaudido no Japão tanto na qualidade de intérprete como de compositor. Suas obras têm sido executadas e gravadas naquele país com grande freqüência. Kazuko Kobayashi tem divulgado suas obras para piano solo em seus recitais e gravou pelo selo Denon, em 2003, o CD “The Snow Country Prince – Amaral Vieira Piano Pieces”, inteiramente dedicado aos trabalhos de Amaral Vieira.


A grande popularidade e o respeito alcançados no Japão por este versátil artista são atestados pelo recebimento de inúmeros prêmios naquele país, destacando-se:


1992 - Prêmio Min-On da Honra Suprema - pelo conjunto de seu trabalho cultural, pela primeira vez outorgado a um artista latino americano;

1993 - Prêmio SGI de Cultura do Japão - pelo seu trabalho artístico em prol da Cultura e da Paz Mundial;

1997 - Prêmio "Soka University Award of Highest Honor" - Professor Emeritus;

1997 - "Certificado da Amizade Soka", pela Congregação Estudantil da Universidade Soka.

2003 - Prêmio Arte da Soka Gakkai, pelo conjunto de seu trabalho como compositor, pianista e divulgador da arte musical em todos os seus segmentos (Tóquio – Japão)

2005 - Prêmio “Honorary Ambassador of Music” da Soka University of América” recebido em Tóquio – Japão.

quinta-feira, 18 de março de 2010

MARLUI MIRANDA

Ricardo Guilherme compartilha história de vida e trajetória artística no programa Nomes do Nordeste



Além de entrevista aberta ao vivo no referido programa, o ator, dramaturgo e diretor cearense encenará o espetáculo solo "Bravíssimo!", baseado em crônicas de Nelson Rodrigues; as duas atividades acontecem dentro da programação do IV Festival BNB das Artes Cênicas, gratuita ao público



FORTALEZA, 18.03.2010 - Com 40 anos de dedicação ao Teatro, o ator, dramaturgo e diretor cearense Ricardo Guilherme será a figura central do programa Nomes do Nordeste, a realizar-se no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - 2º andar - Centro - fone: (85) 3464.3108), dentro da programação do IV Festival BNB das Artes Cênicas, na próxima terça-feira, 23, às 19 horas.

No programa, Ricardo Guilherme concederá entrevista aberta, ao vivo, ao ator, diretor, produtor teatral e gestor cultural Fernando Piancó, compartilhando com o público presente ao CCBNB sua história de vida e trajetória artística. Durante a conversa, a plateia poderá formular perguntas por escrito ao artista entrevistado.

Ainda dentro da programação do Festival, Ricardo Guilherme encenará o espetáculo solo "Bravíssimo!", no Dia Mundial do Teatro (sábado, 27 de março), às 17 horas. O texto deste monólogo compila e reelabora crônicas de Nelson Rodrigues - publicadas entre 1950 e 1970 - nas quais o escritor analisa arquétipos de identidade do povo brasileiro.

A concepção cênica configura o discurso em duas personagens emblemáticas que encarnam maneiras diametralmente opostas de encarar o Brasil: a grã-fina das narinas de cadáver e a vizinha gorda e cheia de varizes. A primeira representa aqueles que menosprezam o Brasil e a segunda, os que acreditam na transfiguração do País. Atuação, direção e dramaturgia: Ricardo Guilherme, a partir de crônicas de Nelson Rodrigues. Classificação Indicativa: 14 anos.

Tanto a entrevista aberta no programa Nomes do Nordeste como a apresentação do espetáculo "Bravíssimo!" têm entrada franca.



História de vida e trajetória artística

Com uma teatrografia de mais de cem espetáculos realizados, Ricardo Guilherme está completando quatro décadas de atividade neste ano, numa trajetória nacional e internacional. Ele é o formulador da teoria e do método do Teatro Radical Brasileiro (em 1988), objeto de pesquisa de alguns trabalhos acadêmicos.

Professor, vice-coordenador e um dos criadores do curso superior de Artes Cênicas da Universidade Federal do Ceará, com experiência em diversas universidades da Europa, África, América Central e América do Norte, Ricardo Guilherme já representou o Brasil em inúmeros festivais mundiais de teatro e congressos internacionais de encenação e dramaturgia.

Especialista em Comunicação Social, reconhecido como Notório Saber em curso de pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Guilherme é também historiador, autor de livros sobre a História do Teatro, e premiado pelo Ministério da Cultura por seu trabalho de pesquisador das artes cênicas.

Jornalista colaborador, contista, cronista, poeta e roteirista de cinema e TV, Ricardo Guilherme é fundador do Grupo Pesquisa (1978) e um dos fundadores da Televisão Educativa do Ceará (hoje TVC) e da rádio Universitária FM.





ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

* Ricardo Guilherme - (85) 9159.6022 - ricardo-guilherme@uol.com.br

* Fernando Piancó - (85) 9181.3595 - fernando.pianco@gmail.com

* Carolina Teixeira / Viviane Queiroz (coordenação do IV Festival BNB das Artes Cênicas) - (85) 3464.3178 / 9629.1777 (Carolina) / 8843.3957 (Viviane)

* Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) - (85) 3464.3196 / 8736.9232 - lucianoms@bnb.gov.br

segunda-feira, 15 de março de 2010



Pianista Eudóxia de Barros

Entrevista para o blog Arte Brasil


“ É com imensa satisfação que realizei , por email, esta entrevista com a renomada pianista Eudóxia de Barros, a quem devemos tanto a divulgação da música brasileira de concerto” Aldo Moraes


1) Prezada Eudóxia de Barros, é um prazer tê-la falando com o público que acompanha nosso blog. Poderia nos contar um pouco sobre sua infância e primeiros contatos com a música ?

Havia um piano na família, que era tocado diariamente por minha avó paterna; eu tinha uma irmã e era muito gostoso, passar algumas horas na sala, ouvindo o estudo de nossa vovó. Depois, íamos ao teclado, para reproduzir de ouvido, algumas melodias que ouvíamos no rádio, e claro, era música popular , que naquela época, era muito boa, não só a música, mas principalmente a letra. Tanto interesse de nossa parte foi observado por nossos Pais, que resolveram que iríamos estudar piano, apenas como complemento de cultura.



2) Tenho acompanhado muitas noticias sobre você nos últimos anos. Pode nos falar como foi seu inicio com o piano ?

Procura daqui, procura dali, ouvimos falar de uma professora no bairro, que era muito boa, a Sra. Mathilde Frediani; ela vinha em nossa casa uma vez por semana e foi um deslumbramento descobrir aquele novo mundo, o da Música. E aí tudo começou . Meu primeiro dia de aula de piano, foi em 3 de Março de 1944 . Jamais esquecerei !



3 ) Em sua história profissional, quais concertos e recitais foram memoráveis para você ? Cite alguns discos que você lançou e considera essenciais em sua trajetória.

Cada apresentação é sempre importante para mim; entretanto, há aqueles dias em que a gente está em estado de graça, e tudo decorre da melhor forma possível; houve vários: quase todos esses concertos de encerramento de ano, que dou aqui em São Paulo, no Teatro Municipal antigamente, e nestes últimos anos, estão sendo no Theatro São Pedro . lembro-me tambem como foi agradável tocar no Town hall, em Nova York. No Palácio São Clemente, em 2007, no Rio, dentro daquele Projeto Música no Museu. Houve uma experiência fantástica que foi a de solar com a Orquestra Petrobrás, no Rio de Janeiro, em 2003, sob a incrível regência de Henrique Morelenbaum, executando uma obra dificílima, os “Cromos para piano e orquestra” de Osvaldo Lacerda. E o disco que foi fundamental para mim, que me deu muita sorte mesmo, foi o OURO SOBRE AZUL,LP, em 1963, pela gravadora CHANTECLER, quando gravei Ernesto Nazareth, exatamente como ele escrevera e portanto sem arranjos, o que constituiu um marco na história da Música Brasileira . Nessa gravadora, gravei o que quis, de maneira que foi muito dificil, mais tarde, na era do CD, aceitar que teria de investir gravando um CD independente; relutei, de forma que demorei a lançar meu primeiro CD, o que aconteceu somente em 1995, quando a gravadora COMEP, me convidou a lançar o primeiro CD: ESTE BRASIL QUE TANTO AMO !



4 ) De que maneira sua proximidade com um compositor ( nosso grande Osvaldo Lacerda ) contribuiu para sua visão musical ?

tendo a sorte de conviver tão proximamente com ele, até hoje me é enriquecedor tocar para ele o meu repertório que acabei de preparar ( a cada ano faço um programa diferente ), bem como de ouvi-lo falar sobre qualquer assunto de Musica, de História, que ele gosta muito, e vários outros assuntos do conhecimento humano, pois ele é um leitor feroz, passa a vida lendo e se informando.

Tem uma enorme cultura geral . A respeito de até hoje ainda tocar o repertório para grandes músicos, falo sem temer críticas depreciativas, que toco também, sempre os meus programas do ano, para o Maestro Henrique Morelenbaum, no Rio de Janeiro; conforme dissera acima, toquei com ele em 2003 e ficara encantada com a sua visão perante a Música, sua seriedade, e maneira de burilar um determinado trecho, estudando sem piedade, se doando inteiramente. Assim lhe pedi para me ouvir esporadicamente, o que tem acontecido desde 2005. Não vejo por que não tocar para alguém, desde que sejam Músicos verdadeiramente, como Osvaldo Lacerda e Henrique Morelenbaum. Se a gente tem a sorte de progredir ainda mais, por que não?



Entrevista ( Parte II) Eudóxia de Barros



5 ) Como pianista e educadora, você acompanha a música contemporânea ? E caso acompanhe, como a situa em seu repertório e em relação à sua estética musical ?

Tenho tocado alguma música contemporânea, que me enche de satisfação, principalmente por poder ter vencido a memorização. Em geral são peças muito difíceis para se decorar e é um excelente treinamento. E há muita coisa boa .




6 ) Quais os principais prêmios que você já recebeu como pianista ?

Prêmio FUNARTE, como INTÉRPRETE, em 1997, se não me engano; Prêmio MELHOR RECITALISTA do ANO, outorgado pela ASSOCIAÇÃO PAULISTA de CRÍTICOS de ARTE, de São Paulo; mais recentemente, recebi a Medalha ANHANGUERA, do governo de Goiás; fui uma das solistas da ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA, quando tinha 16 anos, vencendo Concurso para solista; toquei então por 2 vezes com Eleazar de Carvalho, no Rio e em São Paulo, o “Concerto n* 1” de Villa Lobos. Nos Estados Unidos, obtive num Concurso, o 1* lugar, por unanimidade, para ser a solista da temporada 1966/1967, da NORTH CAROLINA SYMPHONY, tendo excursionado com a referida orquestra , tocando a “Rapsódia sobre um tema de Paganini”, de Rachmaninoff. Houve alguns outros prêmios, mas teria de me recordar olhando o meu site: www.eudoxiadebarros.com.br




7 ) Fale-nos um pouco do Centro de Música Brasileira :

é uma Sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 18 de Dezembro de 1984, portanto com 25 anos de existência, que visa a difusão e divulgação de nossa Música Erudita. Vivemos de anuidades dos sócios: R$ 100,00 para sócio individual e R$ 150,00 para sócio casal. Eventualmente conseguimos patrocínios para realizarmos Concursos, como aconteceu em 2008 e 2009, com um grande patrocínio da SECRETARIA de ESTADO da CULTURA de SÃO PAULO. Organizamos também uma temporada de 8 concertos por ano, que são realizados no Auditório da CULTURA INGLESA / HIGIENÓPOLIS, gentilmente cedido para esses eventos. Quem quiser nos ajudar ( gostaríamos de pagar um bom “cachet” aos artistas contratados ), deverá enviar a sua anuidade em cheque nominal cruzado em favor do CENTRO de MÚSICA BRASILEIRA , sito na Rua Santarém, 269, Bairro Perdizes, CEP 01251-040 SÃO PAULO – SP.



8) Abro o espaço para você falar com nosso público e agradeço imensamente o tempo que você nos reservou para conceder esta entrevista. Envio um grande abraço a você , ao Lacerda e a todos que contribuem com o Centro de Música Brasileira. E pode sempre contar conosco na divulgação dos seus eventos.

Agradeço profundamente este espaço que me foi concedido para agradecer ao Maestro Aldo Moraes por esta oportunidade ! agradeço também, aproveitando-me deste momento, para agradecer a todo o público que nestes anos todos, têm me prestigiado com sua presença em meus concertos, e também a todos aqueles que compram meus CDs , livro e DVD. A maior parte dos CDs e o DVD também, pertencem à gravadora COMEP ( Comunicação Edições Paulinas ) e o livro, “TÉCNICA PIANÍSTICA – APONTAMENTOS SUGERIDOS PELA PRÁTICA do MAGISTÉRIO e CONCERTOS “, é vendido pela CASA RICORDI: tel. 11 3331-6766 ( em 2006, houve uma nova edição, revisada e ampliada ).



Nome: - EUDÓXIA de BARROS
Contato para concertos: Rua Santarém, 269 Bairro Perdizes – CEP 01251-040 SÃO PAULO - SP
Fone/Fax : - 11 – 3865-0624 ou 11 – 3739-3096 com secretária Rosana de Carvalho
Email : eudoxia@eudoxiadebarros.com.br rosana@eudoxiadebarros.com.br
Site: - www.eudoxiadebarros.com.br
(Arabella Steinbacher )

NOTAS CULTURAIS




1) Divulgação de interessantes blogs de música erudita :

www.audicoesbrasileiras.blogspot.com
www.classicosdoeric.blogspot.com
www.oglobo.globo.com/blogs/clubedomaestro
www.deoperaeconcertos.blogspot.com
www.jblog.com.br/harmonia.php
www.blog.estadao.com.br/blog/joaoluizsampaio
www.alteramusica.blogspot.com

Indico ainda o excelente site: www.movimento.com



2) Lançamento do CD " Berg and Beethoven " da violinista alemã Arabella Steinbacher, pela Gravadora Orfeo e muito elogiado pela crítica especializada.



3) Lançamento no Brasil da autobiografia" Uma vida além das expectativas", do ator Sidney Poitier, nascido em 1927 e que entrou para a história como o primeiro negro a ganhar o Oscar, em 1963, com o filme" Uma Voz nas sombras" e também pela cena ( que fez questão de inserir ) no fime " No calor da noite" ( de 1967 ) em que faz um policial que investiga um poderoso fazendeiro branco acusado de assassinatos no campo. O fazendeiro sente-se desrespeitado ao ver um negro o interrogando e lhe dá um tapa. Para perplexidadade das platéias de cinema, o personagem de Poitier, responde o tapa com mais força ainda.



4) Há 30 anos, o Brasil recebia seu primeiro grande show internacional pelas mãos do empresário Roberto Medina : Frank Sinatra para 175.000 pessoas no Estádio do Maracanã, em 26 de janeiro de 1980.



5) Lançamento do Cd " Amanhã" de Sá e Guarabyra, com canções inéditas da dupla em parceria com Zé Rodrix e do Cd " Edvaldo Santana ao vivo", gravado no Teatro FECAP ( SP ), e que comemora os 35 anos de carreira do cantor e compositor.



6) Exposição Matta-Clark ( Desfazer o espaço ) no MAM
Até 4 de abril
Endereço: Parque Ibirapuera, Portão 3 Tel: 0xx11 5085-1300


7) Mostra CIRCUMSTANCES, do video-artista coreano Nam June Paik ( 1932-2006) no MIS ( SP )
Até 21 de março
Endereço: Avenida Europa, 158 Tel: 0xx11 2117-4777


8) Lançamento do Cd " Eu menti prá você", de Karina Buhr
Independente

sexta-feira, 12 de março de 2010




Morte de Glauco

O cartunista Glauco faleceu aos 53 anos, em São Paulo/SP, vítima de assalto. O artista foi vitimado junto com o filho Raoni, que tinha 25 anos.


Glauco é conhecido por suas charges publicadas desde 1977 no jornal Folha de S.Paulo. Criador de personagens como Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Geraldinho e Geraldão, seu ingresso no jornalismo se deu nos anos 70, graças ao jornalista Hamilton Ribeiro, que dirigia o "Diário da Manhã", em Ribeirão Preto, e tirou o paranaense da fila do vestibular para Engenharia.


Alguns anos mais tarde, em 1976, a premiação no Salão de Humor de Piracicaba abriu as portas do jovem cartunista para a grande imprensa. Em 1977, Glauco começou a publicar suas tiras esporadicamente na Folha de S. Paulo.


A partir de 1984, quando a Folha dedicou espaço diário à nova geração de cartunistas brasileiros, Glauco passou a publicar suas charges periodicamente.




A vida da Liberdade




" Trago versos do novo cantar.
De um estar em paz em que o
rouxinol nem voa.




E não sente os olhos de Isis sob o meu retrato.




Finda o céu, e abre o coração dos anjos que moram na ilha secreta de Deus "




( Para Nelson Mandela )